terça-feira, 13 de abril de 2021

Araxá recebeu 2.405 doses de vacina contra Covid esta semana

 


Araxá recebeu, na terça-feira (13), mais uma remessa com 2.405 doses de vacinas contra a Covid-19. Destas, 950 doses serão para a realização da primeira etapa da vacinação no grupo da faixa etária de 68 anos e outras 15 para a aplicação de primeira dose em profissionais das Forças da Segurança, conforme determinado pelo Ministério da Saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, é considerado grupo prioritário das Forças de Segurança nesta etapa da vacinação os trabalhadores envolvidos em atendimento e transporte de pacientes, resgates e atendimento pré-hospitalar, ações de vacinação contra a Covid-19 e de vigilância das medidas de distanciamento social, com contato direto e constante com o público, independentemente da categoria. Outras 1.440 doses que chegam no município nesta terça-feira serão para a aplicação da segunda dose, sendo 630 doses destinadas ao grupo da faixa etária de 70 a 74 anos e 810 doses para os profissionais de saúde.

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Mulheres têm o dobro de chances de morrer por infarto

 


A atipicidade dos sintomas que a doença apresenta no corpo feminino é um dos fatores que contribui para essa estatística

As doenças cardiovasculares estão entre as que mais matam mulheres ao redor do mundo. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que essas enfermidades são responsáveis por 1/3 dos óbitos femininos, o que significa 8,5 milhões de mortes ao ano ou 23 mil por dia.

Um dos fatores que contribui para esse cenário é o fato de mulheres poderem apresentar sintomas atípicos com relação a essas doenças, conforme explica o médico cardiologista Dr. Roberto Yano. Enquanto os sintomas comuns do infarto são dor no peito em forma de aperto e queimação, que pode irradiar para queixo, mandíbula e epigástrio, com duração maior de vinte minutos, mulheres prestes a sofrem um infarto do miocárdio podem chegar ao pronto-socorro com manifestações atípicas como dor nas costas ou no estômago, por exemplo.

“Não é incomum que elas cheguem apenas com falta de ar, sudorese ou sensação de desmaio. Devido aos sintomas atípicos, a mulher costuma demorar mais a procurar ajuda médica. Acha que está com uma gastrite e acaba tomando um antiácido. Acredita que a dor nas costas é da coluna e acaba tomando um anti-inflamatório. Essa demora no reconhecimento de sintomas retarda a sua ida ao hospital, o que piora o prognóstico da doença”, alerta Dr. Yano.

O médico elucida que quanto mais se demora para abrir uma artéria que está entupida, maiores os riscos de complicações e morte. “Muitas vezes se conseguimos abrir a artéria da paciente em até 3 horas, seja através de angioplastia ou por meio de medicamentos trombolíticos, existes grandes chances das sequelas serem menores ou até mesmo nem existirem”, diz.

Além de possuírem manifestações atípicas e protelarem a ida ao pronto atendimento, a mulher tem as coronárias mais finas, mais difíceis no geral de serem tratadas. “O processo de aterosclerose e rompimento do endotélio do vaso é mais complicado nas artérias das mulheres, por elas serem menos calibrosas. Então, mesmo chegando ao cateterismo e a angioplastia, no geral, o tratamento de mulheres, principalmente se forem diabéticas, é bem difícil”, comenta.

 

Fatores externos influenciam as estatísticas

A mudança no estilo de vida e no comportamento das mulheres nos últimos anos também vêm contribuindo para o aumento da incidência de infarto. O estilo de vida delas está cada vez mais estressante, tendo esta que vivenciar uma jornada tripla que envolve o trabalho para sustentar a família, a jornada para cuidar dos filhos e ainda a responsabilidade de zelar pela casa.

“A mulher também está cada vez mais obesa, sedentária, estressada, nervosa, ansiosa e cuidando pouco da sua saúde física e mental. É cada vez mais comum encontrar no consultório mulheres com esse perfil. É preciso considerar ainda que com o passar da idade, os níveis de colesterol e triglicérides vão piorando; a pressão arterial tende a se elevar; a glicose tende a aumentar e o envelhecimento leva as pessoas a ficarem paradas. Tudo isso vai levar ao aumento do risco de infarto na mulher”, alerta Dr. Roberto Yano.

Até a menopausa da mulher influencia nesta estatística, visto que quando ela ocorre, o fator protetor do infarto que é o estrógeno diminui. “Esse hormônio que a mulher produz ajuda a reduzir o LDL colesterol (ruim) e aumentar o HDL colesterol (bom). Além disso, o estrógeno atua como um vasodilatador arterial, ajudando a controlar a pressão arterial. Após a menopausa, devido a perda desse fator protetor, o estrógeno, o risco de infarto na mulher aumenta gradativamente. A partir dos 65 anos, passa a se igualar ao risco dos homens”.

 

Sobre Dr. Yano

Dr. Roberto Yano é formado em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto, com especialização em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, portador do registro CRM-MG 59454

Especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB, o médico é responsável pelo setor de Marca-Passo, Arritmias Cardíacas, Teste Ergométrico e Métodos Gráficos da Clínica Yano em Ituiutaba, em Minas Gerais. 

Sucesso nas redes sociais, Dr. Roberto Yano leva conteúdos relacionados à saúde do coração para cerca de 600 mil seguidores entre Instagram, Facebook e YouTube. 

O impacto da COVID na fertilidade feminina

 


O Covid pode interferir na minha fertilidade? Estou grávida, devo ser vacinada? Meus óvulos podem ser infectados pela Covid? A vacina causa algum efeito durante o processo de aplicação dos hormônios para estimulação dos óvulos?


São perguntas como essas que rondam os consultórios de especialistas de reprodução assistida. Com o crescimento exacerbado de mulheres que passaram a congelar seus óvulos no período da pandemia, cresceu também os questionamentos das mesmas referente a ação da Covid-19 na fertilidade, no óvulo e na segurança do procedimento. Dois especialistas que estão presentes no dia a dia de estudos de renomadas instituições nacionais e internacionais sobre o tema, Dr Emerson Barchi Cordts (Ginecologista especializado em cirurgia vídeo-endoscópica, Mestre e Doutor em Medicina Reprodutiva pela FMABC), e Ivan Henrique Yoshida (Embriologista, Especialista em Reprodução Humana, Mestre em Genética Reprodutiva pela FMABC), buscam esclarecer algumas dessas dúvidas.

 

As respostas para algumas perguntas não podem ser trazidas com absoluta precisão pela sociedade médica, mas algumas evidências já foram apontadas por estudos recentes divulgados por publicações de grande impacto como, por exemplo, a existência de uma taxa de complicação um pouco maior nas gestantes infectadas pelo vírus, bem como o sêmen do homem infectado acusar a presença de COVID-19. Esses dados norteiam a decisão da mulher e/ou casal em planejar um pouco mais a gravidez, sendo uma das alternativas mais seguras nesse momento a criopreservação de óvulos.

 

O Covid pode interferir na fertilidade feminina?

Segundo Dr. Emerson Barchi Cordts, a Covid-19 parece não interferir na fertilidade feminina. O Sars Cov 2, que é o vírus causador da Covid 19, é um vírus gripal da família coronaviridae que causa um quadro sintomático autolimitado de gripe num primeiro momento. O grande problema está no quadro inflamatório exagerado ocorrido em alguns pacientes gerados por essa doença. Conhecido como tempestade inflamatória ou tempestade imunológica, essa reação em algumas pessoas ocorre de forma atípica e muito intensa, criando um cenário de inflamação desordenada no organismo. É essa resposta inflamatória que leva as complicações, tanto pulmonares, quanto intestinal, cerebral, cardíaca, pele, dentre outras. A base disso, ainda pouco compreendida, pode ser um problema no vaso, chamado de vasculite.

 

Do ponto de vista da fertilidade, até onde os estudos mostram, não existe uma relação de efeito negativo. Em relação a gestante, a meta análise publicada em março desse ano no Canadian Medical Association Journal (cruzando os dados de 42 estudos, com destaque para o norte-americano publicado no Journal of American Medical Association em janeiro de 2021), com aproximadamente 440 mil gestantes, mostra que existe uma taxa de complicação um pouco maior nas gestantes infectadas com o vírus versus as gestantes sem COVID-19, destacando a hipertensão, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e pré-termo.

 

 A mulher grávida deve ser vacinada?

Toda gestante é considerada paciente de risco, porque a mulher grávida tem a sua imunidade diminuída, o que a deixa mais propensa a pegar qualquer tipo de infecção, inclusive o coronavírus. Não foram detectados casos significativos de transmissão vertical: de mãe para feto.

 

O que explica essa não transmissão é a ausência do vírus no feto, placenta e a ausência de sinais dos sintomas no feto. De acordo com o Caderno Digital: Covid-19 e Vacinas na Gestação, elaborado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e publicado em seu site (sbra.com.br) a vacina estimula a produção de anticorpos passados da mãe para o feto, sendo assim é recomendada a vacinação para a gestante.

 

Os casos de transmissão da grávida para o bebê são extremamente raros, a mãe atua como um escudo protetor para o feto ao ser infectada, já que ocorrerá a produção de anticorpos absorvidos pelo pequeno durante o período de gestação por meio do cordão umbilical.

 

Já as crianças recém-nascidas que adquiriram a Covid-19 logo depois do nascimento mostraram um quadro evolutivo muito bom. Apesar do bebê ser extremamente frágil, o fato de seu sistema imunológico não ter começado a trabalhar ainda e não ter sido exposto a patógenos poderia explicar essa reação positiva no combate ao vírus. Conclui-se então que os riscos são muito pequenos em relação a fertilidade, em relação a gravidez e em relação a criança.

 

O vírus pode chegar no sistema reprodutor da mulher?

Segundo Emerson Barchi Cordts, essa chegada do vírus ao sistema reprodutor da mulher pode ocorrer. Como qualquer vírus, o Corona passeia por todos os órgãos do corpo. O que as evidências mostram é a baixa probabilidade da passagem placentária. No caso da gestante a placenta funciona como um grande filtro. O vírus gripal, não só a Covid-19, mas também o H1N1 por exemplo, não exerce uma transmissão vertical significativa, dessa forma por estar dentro da placenta a idoneidade do líquido amniótico é preservada.

 

Os óvulos podem ser infectados pela Covid?

De acordo com Ivan Henrique Yoshida, não existem dados na literatura de que a infecção causada pelo SARS-COV-2 possa afetar diretamente os gametas (óvulos e espermatozóides).

 

No entanto, alguns estudos já demonstraram que a infecção pelo coronavírus pode levar à diminuição da qualidade seminal. Isso ocorre, provavelmente, pela dinâmica da produção espermática, que leva 72 dias e ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos. Após esse período, eles ficam armazenados no epidídimo (órgão adjacente aos testículos). Por ser um processo longo e pelos testículos estarem mais vulneráveis a infecções, o impacto nos homens pode ser maior.

 

Já os óvulos, se encontram nos ovários, protegidos em estruturas denominadas folículos. O ciclo ovulatório de um folículo recrutado dura 14 dias. O período de exposição é menor, e após a ovulação, o gameta feminino é imediatamente captado pela trompa uterina e fertilizado pelo espermatozoide. As mulheres que desejam criopreservar os seus óvulos, deverão testar negativo para o vírus e, caso se contaminem no período do tratamento, ou seja, durante os 10 dias que utilizarão hormônios para estimular a produção dos óvulos, o procedimento deverá ser adiado.

 

Todas essas medidas garantem que o processo de tratamento em reprodução assistida, quer seja a Fertilização In Vitro (FIV) ou a Vitrificação de Óvulos (Congelamento), ocorram com o máximo de segurança, tanto para as pacientes, quanto para as amostras manipuladas no laboratório; impossibilitando a contaminação cruzada.

 

A vacina causa algum efeito na mulher durante o processo de aplicação dos hormônios para estimulação dos óvulos?

Segundo Dr. Emerson Barchi Cordts, não existe nenhum efeito da vacina na aplicação dos hormônios. A vacina, qualquer uma delas, estimula o sistema imunológico a reconhecer uma proteína viral e a desenvolver uma resposta imunológica contra o vírus. Isso não tem como prejudicar a evolução de um tratamento, nem concomitantemente e tampouco a futuro. Os estudos com as vacinas estão em andamento, sendo assim não se pode afirmar qualquer provável efeito.  

 

Congelar óvulos durante a pandemia em home office é seguro? Qual o protocolo indicado as pacientes e o adotado pelas clínicas de congelamento de óvulos?

Quando começou a pandemia no ano passado, até agosto de 2020, o mundo viveu momentos bem restritivos em relação as clínicas de reprodução assistida, ninguém sabia ao certo o impacto que ela tinha, tanto na mulher, na grávida, no feto, nos óvulos e no espermatozoide, então sempre que uma doença nova se apresenta e não se sabe qual o impacto causador numa sociedade, a primeira ação é a cautela. “Quando essa situação passou a ser tratada como pandemia a orientação das sociedades médicas do mundo todo foi de não transferir embrião, congelar os óvulos das pacientes que já tinham iniciado o tratamento e, não iniciar outros tratamentos, ou seja, ainda que estivéssemos em um período de crise, quem já havia começado o tratamento poderia finalizar e/ou congelar. Como o impacto nos óvulos sempre se mostrou muito pouco provável, até por se tratar de um vírus gripal, não houve a restrição ao congelamento, houve uma restrição em transferir embrião”, relata Dr. Emerson Barchi Cordts.

      

O Mestre e Doutor em Medicina Reprodutiva pela FMABC, diz que fazer o tratamento durante essa fase de pandemia tem as suas vantagens, uma vez que boa parte das mulheres estão trabalhando em regime de "home-office", o que lhes garante menor risco de infecção e maior comodidade e disponibilidade para as visitas médicas que se façam necessárias. Por outro lado, as clínicas e laboratórios de reprodução assistida estão seguindo rigorosos protocolos e aplicam todos os que são exigidos pela ANVISA, os chamados POPs (Protocolo operacional de funcionamento de cada procedimento).

 

·        A realização do PCR nas pacientes que entrarão na clínica e funcionários, evitando a contaminação cruzada;

·        A solicitação do paciente comparecer desacompanhado na clínica, evitando assim o aumento de fluxo dentro do local;

·        O espaçamento de consultas tanto em tempo quanto em espaço físico para evitar aglomeração na sala de espera;

·        O controle de temperatura dos pacientes e funcionários toda vez que adentram a clínica;

·        A utilização de propé (protetores de sapatos) a todos os pacientes, oferecidos por nós, evitando assim a contaminação trazida da rua para dentro do consultório;

·        Se a máscara da paciente não é adequada lhe é oferecido o mesmo modelo utilizado pela equipe médica e de saúde, comprovadamente eficazes;

·        Estimulamos a higienização das mãos o tempo todo, disponibilizando álcool gel, que estão espalhados por todo o espaço, em todos os setores: recepção, consultório, banheiro, cozinha e sala de espera;

·        Os funcionários, médicos e staff trabalham com todos os EPIs necessários e exigidos pelos órgãos regulamentadores;

·        E atualmente a vacinação de todos os colaboradores.

 

No caso das pacientes pede-se que evitem a exposição desnecessária com outras pessoas, ou caso seja impossível, utilizar a máscara de filtro e realizar a todo momento a assepsia das mãos.

 

Então para a mulher que deseja engravidar e não está vendo uma luz no fim do túnel nesse atual cenário, a criopreservação de óvulos nesse momento cai como uma luva, pois ela estará segura em todos os âmbitos e tranquila quanto a idade de seu óvulo.

 

Sobre os especialistas

 

Dr. Emerson Barchi Cordts

 

Médico, formado em 1994 na Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), com residência médica em Ginecologia, Obstetrícia e Cirurgia Vídeo-Endoscópica pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e especializado pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Entre 1998 e 2001 foi fellow em Ginecologia e Obstetrícia pelo Monmouth Medical Center at Long Branch – Hahnemman University, Philadelphia, USA; fellow em Medicina Reprodutiva pela Profert Reprodução Humana, São Paulo, Brasil e pela University of Alabama at Birmingham (UAB – Georgia, USA). Entre 2001 e 2002 coordenou a Unidade de Reprodução Assistida (URA) do Hospital e Maternidade São Luiz em São Paulo. Em 2003 fundou a Embryo Genesis Reprodução Humana.

 

Em 2005 coordenou o projeto inédito de lançamento da Gene Medicina Reprodutiva, primeiro laboratório de Reprodução Assistida com qualidade de ar certificado sala 100 de São Paulo. Em 2007 se tornou Coordenador Clínico do Centro de Reprodução Humana da FMABC; em 2011 defendeu o mestrado em Medicina Reprodutiva pela FMABC; em 2017 ganhou o prêmio GFI – Grant for Fertility Innovation em Geneve, Switzerland. Desde 2018 é diretor clínico do Instituto Ideia Fértil de Saúde Reprodutiva – FMABC e Professor Associado da Disciplina de Saúde Sexual, Reprodutiva e Genética Populacional da FMABC. Em 2020 defendeu o doutorado em Medicina Reprodutiva pela FMABC e ingressou no Comitê de Educação Médica Continuada da Red Latinoamericana de Reproduccion Asistida (REDLARA) e no Comitê de Ética Médica da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).

 

É membro das sociedades Paulista de Medicina Reprodutiva (SPMR); Brasileira de Reprodução Humana (SBRH); Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA); Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e Européia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE). Autor de inúmeros trabalhos em revistas internacionais e capítulos de livros no Brasil. Atualmente, é palestrante nacional e internacional em Reprodução Humana para os laboratórios Merck Group e Ferring Pharmaceuticals. Foi diretor científico dos Simpósios Internacionais de Reprodução Humana e Genética do Instituto Ideia Fértil (FMABC) nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2020.

 

Ivan Henrique Yoshida

 

Biomédico, com habilitação em Reprodução Humana Assistida (2010) pela Universidade de Santo Amaro (UNISA). Pós-Graduado em Infertilidade Conjugal e Reprodução Assistida pela Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva – SPMR (2011) e Mestre em Genética Reprodutiva pela FMABC (2016).

 

Atuou como embriologista na clínica Projeto ALFA (2010 – 2016) e gerente de laboratório na clínica Santo António – MATER, em Luanda/ Angola (2015 – 2016). Atualmente, é diretor de Laboratório de Reprodução Assistida do Instituto Ideia Fértil de Saúde Reprodutiva – FMABC, Coordenador da Pós-Graduação em Laboratório de Reprodução Humana na FMABC e consultor técnico de laboratórios de Fertilização In Vitro no Brasil e no exterior. Realizou estágios observacionais em diversas clínicas renomadas como G.EN.E.R.A. (Itália), IVI (Espanha), The Fertility Partnership (Inglaterra), IVFMD (EUA), dentre outros. Membro do Comitê Nacional de Embriologia da SBRH e do Comitê Científico dos Simpósios Internacionais de Reprodução Humana e Genética do Instituto Ideia Fértil (FMABC) nos anos de 2018 e 2020.

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Prefeitura de Araxá divulga resultado da primeira etapa de Processo Seletivo para contratação de vigilantes

 


Já está disponível no site da Prefeitura Municipal o resultado da primeira fase do Processo Seletivo para a contratação de vigilantes. Na primeira etapa, a classificação se deu a partir de análise curricular, com avaliação da escolaridade, titulação acadêmica, formação técnica e experiência na área. Os 150 primeiros candidatos com maior pontuação passam agora para segunda etapa, de avaliação psicológica.

Os recursos do resultado preliminar de análise curricular devem ser apresentados na Secretaria Municipal de Segurança Pública nesta terça-feira (13), conforme modelo anexo ao edital. Nos dias 14 e 15, a Comissão Municipal Organizadora do Processo Seletivo faz a análise dos recursos e no dia 16, sexta-feira, será divulgado o resultado final da primeira fase, também no site da Prefeitura de Araxá e no Diário Oficial do Município.

A Secretaria Municipal de Segurança Pública fica no Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de Araxá, na avenida Rosália Isaura Araújo, nº 275, bairro Guilhermina Vieira Chaer.

A lista está disponível pelo link: https://www.araxa.mg.gov.br/temp/12042021180033arquivo_0001-2021.pdf

Saúde mental de adolescentes gera preocupação em tempos de Covid-19

 



Pais estressados, mudanças na rotina, afastamento dos amigos e do convívio social. A pandemia de Covid-19 jogou luz em situações que, até então, eram pouco ou sequer discutidas no âmbito familiar. Além de tirar vidas, o novo coronavírus também limita as alternativas de refúgio em busca do equilíbrio e da saúde mental. Este contexto, já tão deteriorado após um ano de medidas de controle do vírus, atinge em cheio uma população bastante vulnerável: os adolescentes1.


Enquanto as crianças pequenas costumam refletir os medos e anseios manifestados pelos pais, os adolescentes são impactados de outra forma pela pandemia de Covid-19. “Os adolescentes, de uma forma geral, têm no convívio social e nos amigos a fonte do desenvolvimento da própria identidade e de questões emocionais”, explica Guilherme Polanczyk, professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).


Sem o encontro com os colegas, a rotina escolar e as atividades sociais, resta aos adolescentes a sensação de que a vida está parada. “Pelas alterações de percepção de tempo que os adolescentes muitas vezes têm, a ideia é de que é algo irreparável, algo que será assim para sempre e que terá um efeito muito ruim ao longo do tempo e da vida”, afirma o médico. De acordo com Polanczyk, uma das consequências desse comportamento é o distanciamento e a recusa de contato com pessoas queridas. 

 

O caminho parece difícil, mas há algumas alternativas para manter os jovens conectados com seus laços afetivos. Para o psiquiatra, jogos on-line e redes sociais são boas estratégias para manter a mente ativa e aproximar os adolescentes da vida que tinham antes da pandemia.

 

Como lidar, porém, quando o jovem demonstra apatia e irritabilidade? “Quando há oportunidade de encontrar um amigo e ele não quer, ou fica o tempo todo irritado e não consegue encontrar prazer, mesmo em casa, nas coisas que normalmente gostava de fazer, são sinais de estresse que apontam para a necessidade de uma orientação e, eventualmente, uma intervenção profissional”, orienta Polanczyk.

 

Vale lembrar que adolescentes com fragilidades prévias, como os que já apresentam transtornos mentais, deficiências ou outros problemas de saúde, também merecem atenção especial. Jovens que antes mesmo do Covid-19 já se sentiam sozinhos e isolados, os que vivem em pobreza e em situações de moradia precária, encontram-se também em risco e exigem atenção redobrada tanto da família quanto da sociedade1.

 

Para orientar a população em relação à saúde mental de crianças, adolescentes e adultos, a Upjohn, uma divisão Pfizer, lançou em parceria com o Instituto de Ciências Integradas o Guia de Saúde Mental Pós-Pandemia no Brasil. Disponível gratuitamente no site www.guiasaudemental.com.br, o guia foi desenvolvido por um time de especialistas renomados com o objetivo de trazer informações úteis para profissionais de saúde que não são especialistas em saúde mental e para a comunidade leiga em geral.

REFERÊNCIAS

1. Guia Saúde Mental Pós-Pandemia. Acesso disponível em: https://www.pfizer.com.br/sites/default/files/inline-files/Guia-de-Saude-Menta-%20pos-pandemia-Pfizer-Upjohn.pdf. Acesso em: 09.03.2021.