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sábado, 24 de abril de 2021
Com o nióbio da CBMM na construção civil, prédios aguentam até terremotos
A
receita é simples. Uma pitada de nióbio – sim, uma pitada – adicionada ao aço
convencional durante sua fabricação é capaz de tornar edifícios residenciais,
prédios comerciais, pontes, viadutos e diversos projetos de infraestrutura mais
resistentes, mais leves e, na maioria dos casos, até mais bonitos.
“Vivemos
uma verdadeira revolução”, resume Leonardo Silvestre, head do segmento
estrutural da CBMM, empresa líder na produção e comercialização de produtos de
nióbio. “As transformações são resultado sobretudo de impressionantes avanços
da engenharia de materiais e da tecnologia de construção nos últimos anos.”
A
CBMM é protagonista da nova era. Graças a robustos investimentos em inovação,
desenvolvimento de tecnologias e parcerias com institutos e universidades de
diversos países, a empresa não só contribuiu para a consolidação do nióbio como
teve papel ativo na modernização dos aços para a construção civil.
Principal
segmento de atuação da CBMM, a siderurgia representa mais de 80% do volume de
vendas da companhia. Desse total, 40% das aplicações de nióbio se destinam à
construção.
Afinal,
o que torna o nióbio um metal revolucionário? A CBMM participou ativamente de
diversas iniciativas que demonstram como o produto pode ser aliado de projetos
arquitetônicos contemporâneos.
Inaugurado
em 2017 na Avenida Paulista, no coração de São Paulo, o edifício do Instituto
Moreira Salles (IMS) é um grande exemplo dos extraordinários benefícios trazidos
pelo nióbio.
“O
desafio da obra era muito grande”, diz Silvestre. “Ela seria executada numa
região congestionada, entre dois edifícios altos, e com o metrô passando muito
próximo”. Além disso, deveria ser capaz de receber milhares de pessoas e abrigar
trabalhos artísticos de todos os portes, o que sugeria pés-direitos altos,
amplos espaços abertos e imensos vãos livres.
Junte-se
a isso o desejo dos arquitetos de deixar um marco para cidade, ao mesmo tempo
bonito e funcional – e com a leveza típica das obras modernas. Isso tudo foi
possível graças ao nióbio. “Ele proporcionou a resistência e tenacidade que os
arquitetos buscavam”, afirma Silvestre.
O
aço convencional tem uma resistência típica de 250 MPa (Mega Pascal), unidade
amplamente adotada na construção civil. Graças ao nióbio, o aço utilizado no
Instituto Moreira Sales atingiu a marca de 420 MPa – sendo 68% mais resistente.
No total, a estrutura do IMS utilizou 556 toneladas de aço microligado de
nióbio.
O
acréscimo de 0,01% de nióbio no aço é suficiente para tornar as estruturas de
edifícios mais resistentes. A conta é simples: para cada 100 toneladas de aço
utilizados na obra, são necessários apenas 10 quilos de nióbio – e isso já
proporciona mudanças profundas na qualidade do projeto.
Não
à toa, o uso do metal é uma tendência na indústria siderúrgica. Em 1975, apenas
1.000 toneladas de ferronióbio (principal produto de nióbio contendo 65% deste
elemento) foram utilizadas no mercado de construção e infraestrutura. No ano
passado, o volume chegou a 48.000 toneladas.
No
Brasil, outro projeto emblemático que contou de forma decisiva com o uso de
aços modernos, foi o edifício Aqwa Corporate, no Rio de Janeiro. Erguido em
2017, ele tem quase 100 metros de altura. Toda a obra cumpriu requisitos
ambientais que o levaram a conquistar a certificação Green Building Gold, uma
das mais importantes na área de sustentabilidade.
“O
nióbio foi parte importante nesse processo”, diz o executivo da CBMM. “O
edifício foi pensado para consumir a menor quantidade possível de materiais, e
esta é exatamente uma das principais qualidades do aço com nióbio.”
Estudos
recentes constataram que o nióbio é um dos responsáveis pela chamada
desmaterialização da construção civil. O conceito consiste na redução drástica
da quantidade do material utilizado nas obras, o que, ressalte-se, contribui
para a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva.
Com
menos materiais, consome-se menos matérias-primas como minério e carvão,
transporta-se menos insumos, a construção é mais rápida, gasta-se menos
energia. O resultado final, portanto, é uma obra que zelou pelas boas práticas
ambientais.
Um
estudo de campo feito pela CBMM confirmou a eficácia do metal. A empresa
construiu na fábrica de Araxá, em Minas Gerais, um edifício industrial que
serviu como laboratório.
Toda
a obra, desde a concepção até a finalização completa, adotou materiais
contemporâneos, em especial o aço com nióbio. O resultado foi surpreendente.
“Reduzimos em 21% o peso total da estrutura e em 17% o seu custo”, diz
Silvestre.
Importância histórica
O
nióbio teve papel importante em diversas inovações industriais. Para entender a
sua importância, contudo, é preciso viajar no tempo.
Ele
contribuiu para maior performance na indústria naval. Produzidos durante a
Segunda Guerra Mundial, os primeiros navios “Liberty Ships” lançados ao mar,
revelaram-se um tremendo fiasco. Eles literalmente rachavam em águas geladas. A
partir daí, houve uma intensa busca por aços mais resistentes e de maior
tenacidade – e o nióbio entrou em ação.
Nas
décadas de 70 e 80, foi a vez da indústria de gasodutos e oleodutos incorporar
o inteligente metal, e com o mesmo objetivo: vitaminar o aço convencional para
torná-lo capaz de transportar gases a altíssima pressão sem o risco de
explosões ou rompimentos.
A
indústria automotiva entrou na onda mais intensamente a partir dos anos 90.
Nessa época, as montadoras procuravam aços com melhor performance, capazes de
absorver a energia no caso de colisões. O nióbio contribuiu para a modernização
da estrutura dos veículos e trouxe outra vantagem: os carros ficaram até 30%
mais leves.
A
construção civil começou a adotar em peso o nióbio a partir do século 21.
Primeiro, em regiões sujeitas a terremotos, pois edifícios que adotassem o
material comprovadamente suportariam mais as forças da natureza. Depois, o
nióbio ganhou o mundo, graças à sua capacidade de reduzir a utilização de
materiais nas obras.
A
CBMM teve papel ativo em toda essa trajetória, seja fornecendo o nióbio para a
aplicação em diversos setores e atividades ou contribuindo com pesquisas
científicas na área.
Todos
os anos, a empresa investe entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões em seu
programa de tecnologia, que tem justamente a missão de trazer inovações para o
mercado. Desse total, cerca de R$ 100 milhões são destinados para a inserção
tecnológica do nióbio na siderurgia.
A
parcerias institucionais também foram vitais. A CBMM mantém sólido intercâmbio
com o Steel Construction Institute, da Inglaterra, que congrega designers,
arquitetos, construtores e siderúrgicas. “Recentemente, publicamos juntos um
amplo estudo sobre os benefícios do aço de alta performance”, diz o líder do
segmento estrutural da CBMM.
Não
é só. A empresa também é associada ao China Academy of Building Research, maior
instituto de pesquisa sobre tecnologia de construção do país asiático, além de
atuar lado a lado com o Beijing Institute of Architectural Design e a
Universidade do Texas, ambos referências na área de novos materiais.
Em
2020, a empresa iniciou uma profícua parceria com o Centro de Inovação em
Construção Sustentável da Universidade de São Paulo para o estudo de novas
aplicações do nióbio nos canteiros de obras. Entre outras iniciativas, a
parceria prevê o desenvolvimento de produtos e estratégias sustentáveis na
construção civil.
Parcerias como
essas são fundamentais não apenas para atender as demandas do presente, mas
para moldar o futuro. “O nióbio terá papel decisivo nas cidades inteligentes”,
diz o head do segmento estrutural da CBMM.
Quando se fala em
cidade inteligente, diz ele, imagina-se alta conectividade de dados,
inteligência artificial e inúmeros recursos digitais. Tudo isso é verdade, mas
as cidades deverão ser remodeladas do ponto de vista de infraestrutura.
E o nióbio ajudará
nesse propósito. As construções deverão ser mais resistentes, leves e bonitas,
exatamente o que o metal é capaz de proporcionar.
Algumas cidades
caminham para esse destino. É o caso de Pequim, na China. A capital chinesa
vive uma verdadeira revolução no uso de materiais, e concentra boa parte das
investidas nesse campo – contando inclusive com o engajamento de empresas como
a CBMM.
A companhia
forneceu o nióbio usado no aço para a construção do edifício Zun Tower, o mais
alto de Pequim, com 528 metros. Em suas chapas para colunas de sustentação, a
medida de resistência típica foi de 390 MPa, enquanto nos vergalhões o índice
está em 500 MPa.
Com a escolha
correta dos materiais em um projeto muito bem executado, o Zun Tower é duas
vezes mais resistente a abalos sísmicos do que um prédio convencional, o que é
providencial em um país suscetível a tremores frequentes. O nióbio já está
mudando o mundo. Agora e cada vez mais.
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Content, CBMM
Araxá está entre as 25 cidades mais seguras do Brasil em 2021
Segurança é um dos temas que mais preocupam os
brasileiros. Afinal, não há qualidade de vida se não nos sentimos tranquilos e
seguros dentro e fora de casa. O Atlas da Violência - Retratos dos Municípios Brasileiros,
realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com
o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, analisou dados de 2017 dos 310
municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Trata-se
do estudo mais recente sobre a violência no Brasil.
A cidade mais segura do Brasil com mais de 100 mil
habitantes, segundo o Atlas da Violência 2019, é Jaú, localizada na
região central do estado de São Paulo, a aproximadamente 300 km da capital. Jaú
tem 146.338 habitantes e, ao longo de 2017, ano em que foram colhidos os dados,
houve 4 homicídios. Isso significa que a taxa de homicídios deste município é
de 2,7, a mais baixa do Brasil.
O ranking é organizado de acordo com as taxas
de mortes violentas por 100 mil habitantes, segundo dados de 2017. Assim,
quanto menor é a taxa, mais seguro é o município.
Vejamos a lista das 25 cidades brasileiras mais
seguras. O número ao lado de cada cidade é a sua taxa de homicídios por 100 mil
habitantes. Neste ranking, a cidade de Araxá aparece em 12º lugar.
1. Jaú
(SP) 2,7
2. Indaiatuba
(SP) 3,5
3. Valinhos
(SP) 4,7
4. Jaraguá
do Sul (SC) 5,5
5. Brusque
(SC) 5,8
6. Jundiaí
(SP) 6,1
7. Passos
(MG) 7,2
8. Limeira
(SP) 7,7
9. Americana
(SP) 7,7
10. Bragança
Paulista (SP) 7,7
11. Santos
(SP) 7,8
12. Araxá
(MG) 7,9
13. Araraquara
(SP) 7,9
14. São
Caetano (SP) 7,9
15. Tubarão
(SC) 8,1
16. Varginha
(MG) 8,3
17. Mogi
das Cruzes (SP) 8,3
18. Itatiba
(SP) 8,3
19. Catanduva
(SP) 8,4
20. Sertãozinho
(SP) 8,5
21. Santa
Bárbara d'Oeste (SP) 8,5
22. Lages
(SC) 8,8
23. Birigui
(SP) 8,9
24. Franca
(SP) 9,1
25. Barbacena
(MG) 9,9
Para se ter uma base de comparação, a média
nacional é 37,6 homicídios por 100 mil habitantes, sendo que a maior
taxa foi a registrada na cidade de Maracanaú, na Região Metropolitana de
Fortaleza: 145,7. Esta, portanto, é a cidade com mais de 100 mil habitantes mais
violenta do país.
Além das taxas de homicídio por cidades, o Atlas da
Violência 2019 traz outros dados importantes para pensarmos sobre a questão da
segurança no Brasil.
Uma das constatações feitas no relatório é a de que
há, em média, mais mortes violentas nos municípios considerados grandes
(aqueles com mais de 500 mil habitantes) do que nos pequenos (com menos de 100
mil). A taxa média de homicídios nas grandes cidades é de 41,1 por 100
mil habitantes, enquanto nas pequenas é de 25,4.
Mas se olharmos os dados dos últimos 20 anos,
veremos que, apesar das cidades grandes serem em média mais violentas do que as
pequenas, essa diferença vem diminuindo. Entre 1997 e 2017, houve um crescimento
de 113% na taxa média de homicídios nas pequenas cidades, ao passo que nas
grandes houve redução de 4,5%. Nos municípios médios (entre 100 e 500 mil
habitantes), o crescimento foi de 12,5%.
Outra informação importante trazida pelo relatório
tem a ver com as desigualdades regionais e estaduais. Norte e
Nordeste são as regiões do Brasil mais violentas. A taxa de homicídios do
Nordeste é a mais alta do Brasil: são 49,8 mortes violentas por 100 mil
habitantes. A mais baixa é do Sul: 23,9. São Paulo é o estado mais seguro do
Brasil, com taxa de mortes violentas de 14,3, ao passo que o Rio Grande do
Norte, o estado mais violento, apresente uma taxa de 67,4.
Mas é claro que essas desigualdades regionais não
são fruto do acaso. É preciso tentar explicar por que elas ocorrem. E há dados
socioeconômicos que nos ajudam a pensar sobre isso.
Segurança e desenvolvimento humano andam sempre de
mãos dadas. Pelo menos é isso que aponta o relatório produzido pelo Ipea. Mais
educação, mais saúde e mais renda/emprego significam menos violência. E o
contrário também é verdadeiro: quanto menores forem os índices de
desenvolvimento humano, maiores serão as taxas de violência.
Quando queremos determinar a qualidade de
vida de uma população, nenhum conceito é mais adequado que o
de desenvolvimento humano. Ele leva em consideração o atendimento das
necessidades básicas, as oportunidades de satisfação das potencialidades
individuais, os direitos humanos, o bem-estar físico e intelectual.
O IDH é um índice que vem sendo utilizado pela
Organização das Nações Unidas (ONU) desde o início dos anos 90 para aferir o
desenvolvimento humano em países.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
é uma adaptação do IDH global para a realidade municipal brasileira. É
sobretudo com base nesse índice que os pesquisadores que trabalharam no Atlas
da Violência 2019 chegaram à conclusão de que existe um abismo de
desenvolvimento humano entre o grupo de cidades mais seguras e o grupo de
cidades mais violentas.
A segunda cidade mais segura do Brasil, Indaiatuba
(SP), tem um IDHM considerado alto: 0,788. Altamira (PA), a
segunda cidade mais violenta do Brasil, tem IDHM de 0,665 (lembrando que o
índice varia de 0 a 1).
Não à toa Valinhos (SP) é a
terceira cidade mais segura do Brasil: seu IDHM, de 0,819, é
considerado muito alto. Jaraguá do Sul (SC), a quarta colocada,
também tem excelente desenvolvimento humano: 0,803.
Estes são alguns dos critérios nos quais o Atlas da
Violência 2019 se baseou para comparar o desenvolvimento humano das cidades
mais seguras e das menos seguras:
·
taxa de atendimento escolar (entre 0 e 3 anos);
·
taxa de atendimento escolar (entre 15 e 17 anos);
·
renda per capita dos 20% mais pobres;
·
porcentagem de crianças pobres;
·
porcentagem de crianças vulneráveis à pobreza;
·
taxa de desocupação dos 18 aos 24 anos;
·
porcentagem de pessoas em domicílios com
abastecimento de água e esgoto sanitário inadequados;
·
porcentagem de mulheres adolescentes (entre os 10 e
os 17 anos) que tiveram filho;
·
porcentagem de jovens (entre os 15 e os 24 anos)
que não estudam nem trabalham e estão vulneráveis à pobreza.
Só para exemplificar, Jaú, a mais segura, tem 5,9%
de crianças pobres. Maracanaú, a mais violenta, 29,1%. Em relação à porcentagem
de jovens que não estudam nem trabalham, a diferença entre as duas cidades
também é bastante significativa: Jaú tem 3,9%, Maracanaú 18,1%.
Mas para se ter uma noção melhor do fosso que
separa os municípios mais pacíficos dos mais violentos em termos de
desenvolvimento humano, é preciso olhar para as médias.
As 20 cidades mais pacíficas têm uma taxa de
desocupação (dos 18 aos 24 anos) de 24,5. Esse número vai para 33,7 entre as 20
cidades mais violentas. Nas 20 cidades mais seguras, 0,4% moram em domicílios
com saneamento básico inadequado. Nas 20 mais violentas, são 8,3%. Quanto aos
que não estudam nem trabalham, e que estão vulneráveis à pobreza, a diferença é
de 3,8 para 15,2%.