Na última semana, foram publicadas novas descobertas sobre a Covid – 19 no JAMA Network Open. O
estudo que envolveu mais de 3.700 adultos hospitalizados, de 28 centros
médicos em todo o mundo, representando 13 países em quatro continentes,
é o maior até o momento em problemas neurológicos associados ao
coronavírus.
Pesquisadores
relatam que cerca de quatro a cada cinco pacientes hospitalizados por
Covid-19, desenvolvem algum tipo de problema neurológico, e quem possui
uma condição pré-existente, tem duas vezes mais chances de ter seus
sintomas agravados. Cerca de 17% de todos os pacientes entraram em coma e
entre 3% e 6% sofreram acidente vascular cerebral (AVC).
“O
Sistema Nervoso é extremamente delicado e a sua recuperação na idade
adulta é muito difícil. Mesmo que por uma bênção, o paciente que sofreu
com sintomas neurológicos graves durante a internação sobreviva, pode-se
esperar que as sequelas que esta pessoa carregará pela vida, terão
impacto duradouro e prejudicial ao seu bem estar. Vale lembrar, que
estes processos inflamatórios associados a infecções virais, também
aumentam o risco de doenças neurodegenerativas, muitos anos depois que
as contraíram. Doenças para as quais não há cura, e que constituem já
hoje, um enorme desafio para a ciência e à saúde pública”, diz Nicolas Cesar, neurocientista.
Os
sintomas mais comuns relatados pelos pacientes foram cefaleia (37%) e
perda do olfato ou paladar (26%), e 50% dos hospitalizados foram
diagnosticados com alguma encefalopatia - confusão mental, delírio ou
muito agitadas.
Segundo
Nicolas, o coronavírus pode infectar e matar os astrócitos, células que
ajudam os neurônios a se manterem vivos, com isso a infecção pode
atingir também os neurônios, causando ao paciente, ansiedade, depressão,
dificuldade de raciocínio, perda de memória, falta de equilíbrio,
problemas com compreensão, mudanças comportamentais e emocionais,
dependendo da severidade e das regiões específicas do cérebro que forem
acometidas.
Em
alguns casos, quando as perdas neuronais são leves há possibilidade dos
traumas serem revertidos com o tempo, por outro lado em casos graves,
quando há necessidade de internação, os sintomas neurológicos podem
indicar uma maior dificuldade de recuperação.
Para saber mais sobre o neurocientista Nicolas Cesar, acesse o Instagram: @nicaolasneuro.
Sobre Nicolas Cesar
Formado
em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro
“Neurociente - Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”,
professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e
“Neuroeducação”. Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em
Neurolearning. Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em
percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC.Na última semana, foram publicadas novas descobertas sobre a Covid – 19 no JAMA Network Open. O
estudo que envolveu mais de 3.700 adultos hospitalizados, de 28 centros
médicos em todo o mundo, representando 13 países em quatro continentes,
é o maior até o momento em problemas neurológicos associados ao
coronavírus.
Pesquisadores
relatam que cerca de quatro a cada cinco pacientes hospitalizados por
Covid-19, desenvolvem algum tipo de problema neurológico, e quem possui
uma condição pré-existente, tem duas vezes mais chances de ter seus
sintomas agravados. Cerca de 17% de todos os pacientes entraram em coma e
entre 3% e 6% sofreram acidente vascular cerebral (AVC).
“O
Sistema Nervoso é extremamente delicado e a sua recuperação na idade
adulta é muito difícil. Mesmo que por uma bênção, o paciente que sofreu
com sintomas neurológicos graves durante a internação sobreviva, pode-se
esperar que as sequelas que esta pessoa carregará pela vida, terão
impacto duradouro e prejudicial ao seu bem estar. Vale lembrar, que
estes processos inflamatórios associados a infecções virais, também
aumentam o risco de doenças neurodegenerativas, muitos anos depois que
as contraíram. Doenças para as quais não há cura, e que constituem já
hoje, um enorme desafio para a ciência e à saúde pública”, diz Nicolas Cesar, neurocientista.
Os
sintomas mais comuns relatados pelos pacientes foram cefaleia (37%) e
perda do olfato ou paladar (26%), e 50% dos hospitalizados foram
diagnosticados com alguma encefalopatia - confusão mental, delírio ou
muito agitadas.
Segundo
Nicolas, o coronavírus pode infectar e matar os astrócitos, células que
ajudam os neurônios a se manterem vivos, com isso a infecção pode
atingir também os neurônios, causando ao paciente, ansiedade, depressão,
dificuldade de raciocínio, perda de memória, falta de equilíbrio,
problemas com compreensão, mudanças comportamentais e emocionais,
dependendo da severidade e das regiões específicas do cérebro que forem
acometidas.
Em
alguns casos, quando as perdas neuronais são leves há possibilidade dos
traumas serem revertidos com o tempo, por outro lado em casos graves,
quando há necessidade de internação, os sintomas neurológicos podem
indicar uma maior dificuldade de recuperação.
Para saber mais sobre o neurocientista Nicolas Cesar, acesse o Instagram: @nicaolasneuro.
Sobre Nicolas Cesar
Formado
em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro
“Neurociente - Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”,
professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e
“Neuroeducação”. Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em
Neurolearning. Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em
percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC.