O governador Romeu Zema (Novo) confirmou na terça-feira (1°) que deve fazer coligações com outros partidos para disputar a reeleição ao governo de Minas. A declaração foi dada durante entrevista ao programa Pânico na TV, da rádio Jovem Pan. “A minha provável reeleição vai ser uma situação muito diferente da minha eleição. Nós vamos ter coligações”, disse.
Essa possibilidade de alianças representa uma mudança de postura do Partido Novo, que em todas as eleições que disputou desde que foi criado em 2015 optou por não se coligar a nenhuma outra legenda.
Ainda durante a entrevista, Zema disse que na eleição passada seu nome ainda era desconhecido e ele não teve apoio de ninguém. “Na última eleição, meu nome ficou fora do radar até três dias antes”, lembrou. No entanto, acabou eleito com mais de 70% dos votos, em uma disputa contra o senador e ex-governador Antonio Anastasia (PSD).
Por outro lado, o governador afirmou que falta de apoio político na última eleição permitiu que ele governasse sem “amarras”. “Muitas vezes quem é eleito precisa carregar um peso pós-eleição, que são aqueles que o apoiaram. E como não tive apoio nenhum, fiquei leve, livre e solto. No primeiro turno, eu não tive apoio de nenhum prefeito. Fui eleito sem amarras”, disse.
Questionado sobre seu relacionamento com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), cotado para disputar o governo de Minas, Zema desconversou. “Minas são 853 prefeitos e trato todos igualmente bem”, disse. Em seguida, relembrou o acordo feito com a Associação Mineira de Municípios (AMM) para regularizar débitos do Estado com as prefeituras, e completou: "O meu relacionamento com os prefeitos é o melhor possível. Agora, eventualmente, eu vejo alguma que há alguma agressão por parte de alguns prefeitos, que inclusive pode ser do prefeito de Belo Horizonte, mas eu considero isso normal no mundo político. Você não agrada a todos e eu estou lá é para fazer o trabalho que está dando certo".