quinta-feira, 10 de junho de 2021

Comer com os olhos: a importância e segredos da fotografia de alimentos

 


“Ter imagens incríveis de alimentos não é só sobre deixar os produtos desejáveis, mas também conduzir a




experiências das pessoas com o produto”, explica Leonardo Andrade, diretor de projetos especiais do ‘I Hate Flash’. Alex Woloch que o diga. O especialista em fotografia gastronômica sabe bem que o foco nos detalhes pode transformar as imagens e revela algumas dicas para que deseja se aventurar nessa área. Mas antes, ele adianta: “Vá alimentado para o trabalho ou leve um lanchinho. Nem sempre dá tempo de comer durante a correria”.

 

O coletivo ‘I Hate Flash’ é referência no mercado audiovisual, com mais de dez anos de experiência em produções tanto para grandes festivais de música, como Rock in Rio e Lollapalooza, quanto para marcas internacionais como Cola-Cola, Next, Amazon, entre outras. Ao longo dos anos, novos formatos de conteúdo e plataformas surgiram e, consequentemente, o trabalho da equipe acompanhou todas mudanças e inovações. Entre elas, está a fotografia de produtos e alimentos. O que antes era mais tradicional, passou a ter novos formatos, cores e até narrativas. Confira alguns segredos usados pelos especialistas na hora dos cliques:

 

Equipamento:

Se for possível investir em equipamentos, uma boa lente macro é a 105mm f2.8 e uma super versátil é a 50mm f1.4. Os flashes com difusores também são boas pedidas, mas se não for possível a luz natural sempre funciona muito bem. Nesse caso, ter um tripé dá mais possibilidades na hora dos cliques.

 

Produção do alimento:

Na hora de montar os pratos é importante valorizar todas camadas e elementos presentes. No caso de um hamburguer, por exemplo, é legal usar uma pistola de ar quente para derreter o queijo, já que com o equipamento dá para ter mais controle do quanto quer derretê-lo sem queimá-lo. Um pincel e azeite também podem fazer mágica e dar mais vida a produtos como proteínas e saladas. Vale lembrar também que no caso das proteínas é melhor apenas selar do invés de cozinhar, porque com o tempo ela pode desidratar e perder a estética.

 

Produção de drinks:

Para fotografar drinks e bebidas com aspecto de frias é importante deixá-los em temperatura ambiente e usar gelo falso para dar ideia de um produto supergelado. Passar verniz fosco no recipiente e borrifar água ajuda a proporcionar o efeito. Já as bebidas quentes, é legal fotografar da maneira que são servidas.

 

Produção artística:

Comece usando o que tem em casa, como pratos, tábuas, toalhas de mesa e objetos de decoração que tenham a ver com o gosto do cliente. Depois de um tempo no meio, o acervo pessoal acaba se tornando enorme. Utilizar sobreposições de objetos com tecidos sempre dá um efeito interessante.

           

Fotografia e edição:

Humanizar fotos com, por exemplo, o líquido caindo dentro do copo, acaba resultando em algo mais bonito. Vale priorizar planos normais, plongée e zenital. Na hora da edição é importante focar em um estilo e repetir em todas as fotos do job, sempre tentando manter as cores bem próximo do que são naturalmente. 

CBMM INFORMA:

 


LINK CBMM https://youtu.be/pFAnL0bCVlg


Como saber se você produziu anticorpos após a vacina da COVID-19

 


Até o dia 09 de junho, foram aplicadas quase 75 milhões de doses vacinais contra a COVID-19 (SARS-CoV-2) no Brasil. As vacinas disponíveis no país mostraram taxas de eficácia geral entre 50 e 70% nos estudos clínicos de avaliação. Isso indica que, ao entrar em contato com o vírus, a probabilidade de se infectar e apresentar quadro clínico sintomático cai para menos de 50% após a segunda dose da vacina. É um valor muito significativo ainda mais se considerarmos que, em relação ao desenvolvimento de quadros graves, a proteção das vacinas pode chegar próximo a 100%.

 

Um dos principais efeitos da vacina para promover proteção ao vírus é a produção de anticorpos pelo sistema imune com capacidade de neutralizar o vírus, impedindo que ele inicie a infecção ou que ela evolua para quadros graves, conforme explica Carlos Aita, médico patologista clínico responsável pela assessoria médica do laboratório DB Diagnósticos. Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) evidenciou que cerca de 85% dos pacientes que receberam a vacina CoronaVac produziram anticorpos neutralizantes.

 

Aita explica que, quando o paciente é vacinado, isso induz uma resposta imune direcionada aos antígenos vacinais. Dentre os vários complexos mecanismos componentes dessa resposta, a produção de anticorpos é um deles e, em geral, o mais estudado e comumente avaliado devido à facilidade na sua dosagem. Diversos tipos de anticorpos são formados nessa resposta, incluindo aqueles conhecidos como neutralizantes. O nome vem da capacidade de se ligar em estruturas, antígenos do vírus, desse modo impedindo a sua entrada nas células e infecção. Ou seja, “neutralizando” o vírus. A grande maioria das vacinas desenvolvidas para COVID-19 usa como antígeno indutor da resposta imune a proteína Spike (por exemplo a AstraZeneca e a Pfizer) ou o vírus inteiro inativado (CoronaVac). “Hoje já existe um teste de alta sensibilidade e especificidade para identificar se o paciente produziu anticorpos neutralizantes após a vacina. Chamado de teste de anticorpos neutralizantes totais, ele apresenta uma informação interessante para quem já teve a doença ou para quem tomou a vacina e quer saber se passou a produzir estes anticorpos com capacidade de neutralizar o vírus. Para realizar o teste é necessário colher uma simples amostra de sangue. Inclusive, eu mesmo já realizei o teste e confirmei que iniciei a produção de anticorpos após a vacina.”

 

Entretanto, nem sempre isso ocorre em todos os pacientes e ainda não se sabem exatamente os motivos. Além dos anticorpos neutralizantes existem outros mecanismos de proteção para os quais ainda não existem testes de avaliação no momento. Por essa razão, mesmo que o indivíduo não tenha formado anticorpos, não significa necessariamente que ele esteja desprotegido. “Agora, se os anticorpos foram formados, já é um bom indício de que houve uma resposta significativa do sistema imune e há grande probabilidade de não desenvolver quadros graves”, reforça o especialista.

 

Ainda segundo Aita, apesar de já existirem exames sorológicos para a COVID-19 há algum tempo, como os testes para IgG, IgM e IgA, eles são capazes de detectar o desenvolvimento de anticorpos contra o vírus, mas não são específicos para os neutralizantes de SARS-CoV-2.

 

Entenda o teste neutralizante

 

O teste é feito pelo método de enzimaimunoensaio (ELISA) e tem como objetivo a detecção de anticorpos neutralizantes do SARS-CoV-2. Ele se baseia na capacidade dos anticorpos presentes na amostra de soro do paciente bloquearem a ligação do domínio RBD (Receptor Binding Domain) da proteína Spike do vírus, no receptor celular ECA2 (Enzima Conversora de Angiotensina 2), simulando in vitro a neutralização do vírus. Os estudos de desempenho do teste mostram em torno de 96,7% de especificidade e 98,7% de sensibilidade a partir de 15 dias do início da infecção. Para avaliação da resposta de produção de anticorpos neutralizantes após a vacina, o recomendado é realizar o teste a partir de 15 dias depois da segunda dose.

 

Resultados inferiores a 20% indicam ausência ou quantidade muito baixa, enquanto os resultados iguais ou superiores a 20% mostram a presença de anticorpos neutralizantes para o SARS-CoV-2.

 

Porém, é importante ressaltar que o resultado do teste não comprova o desenvolvimento de resposta imune protetora ao vírus. Como os níveis de anticorpos protetores na doença ainda não são conhecidos, com o resultado do teste pode-se afirmar apenas se o indivíduo desenvolveu anticorpos neutralizantes e a sua taxa.

 

Sobre o Diagnósticos do Brasil

 

Fundado em 2011, o Diagnósticos do Brasil (DB) é o único laboratório exclusivamente de apoio no mercado brasileiro. Com foco no atendimento ao cliente, a empresa oferece diagnósticos em todas as áreas de análises clínicas, tais como biologia molecular, citometria de fluxo, imunologia, bioquímica, urinálise, hormônios, marcadores tumorais e cardíacos, parasitologia, entre outros.

 

O DB conta com três unidades de análises clínicas descentralizadas, localizadas em São José dos Pinhais (PR), Recife (PE) e Sorocaba (SP), além de três unidades especializadas, o DB Toxicológico, o DB Molecular e o DB Patologia, totalizando uma estrutura de 26 mil m2. O laboratório dispõe, ainda, de unidades regionais de apoio (URAs) distribuídas por todo o Brasil.

Sabemos de fato o que é biodiversidade?

 



Por Reuber Brandão*

 

As palavras biodiversidade e diversidade estão na boca do povo. Somos frequentemente confrontados com o uso desses termos na mídia, na política, nas conversas coloquiais, mas poucos realmente buscam saber qual é, de fato, a sua definição. Infelizmente, a informação rasa predomina e parece haver uma crença coletiva de que o entendimento dos conceitos será absorvido pela simples repetição dos termos. E isso é perigoso, pois acaba provocando entendimentos enviesados que levam ao empobrecimento da percepção do mundo ao nosso redor.

Se não compreendermos a diversidade de forma precisa e abrangente, a definição de políticas públicas eficientes para a sua proteção fica prejudicada, penalizando toda a sociedade. Proponho uma aproximação ao tema com base na Teoria da Informação. Se utilizarmos os chamados índices de informação para a leitura de um texto, por exemplo, poderemos entender a riqueza das letras presentes (lógica de organização) e a abundância na qual aparecem (forma como se repetem ao longo do texto). Conteúdos escritos com poucas letras acabam não trazendo informação, assim como aqueles em que as letras se repetem em demasia também não. Esses dois parâmetros (riqueza e abundância), importantes elementos da Teoria da Informação, são a base dos índices de diversidade e podem ser aplicados em uma enormidade de campos de pesquisa, desde a Informática até a Ecologia.

Quando aplicamos os conceitos na Ecologia, usamos o termo riqueza para expressar quantas espécies nossa amostra possui, enquanto o termo abundância refere-se a quantos indivíduos representam cada uma dessas espécies. Desta forma, entendemos que diversidade é um índice matemático que expressa a relação entre o número de espécies e a abundância de indivíduos presentes em um ambiente.

Quando dizemos que um ecossistema possui muita diversidade, significa que contém muita informação biológica. Por isso, quando perdemos ecossistemas com alta diversidade, perdemos muita informação biológica. Empobrecemos a quantidade de informação que nosso planeta nos fornece, bem como todas as possibilidades trazidas pelo entendimento desse conhecimento sobre a definição de nossas estratégias diante da vida.

A informação biológica está organizada na natureza, compreendendo um arranjo complexo que envolve diferentes níveis e grandezas. Toda a expressão de vida no planeta contém essa complexidade de organização, seja ela a referência contida em uma pequena sequência de DNA e RNA até todo o conjunto dos componentes vivos de um ecossistema, que chamamos de biota. Desta forma, dizer que biodiversidade se refere a toda a vida da terra ou que é a variedade de formas de vida é extremamente simplório e, por que não, terrivelmente errôneo, pois não informa o pilar crítico do conceito que é a organização da manifestação da vida e os processos ecológicos relacionados.

Devemos considerar processos ecológicos essenciais para a geração e a manutenção da biodiversidade, como as interações ecológicas, a seleção natural e os ciclos biogeoquímicos, como parte da biodiversidade. O conceito precisa incorporar a importância hierárquica da organização da vida. Com isso, quem e quantos são esses componentes (composição), de que forma estão organizados (estrutura) e como interagem entre si e com o ambiente (função) são compreensões essenciais no entendimento do conceito de biodiversidade. 

Essa visão mais ampla é fundamental, pois frequentemente os gestores públicos consideram apenas a composição da biodiversidade na elaboração de políticas públicas, deixando de lado a estrutura e a função na natureza. Sem observar a organização hierárquica da complexidade biológica em genes, espécies, populações, comunidades, ecossistemas e biomas, bem como dos processos e estruturas existentes, a compreensão da biodiversidade fica comprometida.

A mutação em um gene que expressa uma característica positivamente herdada irá interferir na seleção da espécie, que por sua vez irá influenciar na composição de outras espécies, levando a mudanças nos ecossistemas e assim por diante. Da mesma forma, mudanças nas paisagens, como a retirada de florestas, afetarão a diversidade de genes presentes nessa região.

Em todo o ciclo da vida há transferência de massa e energia entre os processos biológicos e isso faz com que a compreensão sobre a biodiversidade não seja estática, mas sim uma engrenagem em constante movimento. E é esse movimento que gera as propriedades emergentes dos ecossistemas, dentre os quais os serviços ecossistêmicos que possibilitam a nossa sobrevivência no planeta. Até mesmo a evolução é parte do funcionamento do maquinário da biodiversidade. 

As diferenças na história evolutiva e na ecologia dos ecossistemas acabam gerando interessantes processos na estruturação da biodiversidade, que tem sido foco de diversos estudos sobre a forma como a vida se manifesta e atua no planeta. Desde sempre os seres humanos utilizam elementos da biodiversidade, influenciam e até atuam como força seletiva dessa estrutura. Entretanto, o aumento na escala de impacto da atuação humana apresenta novos desafios à natureza, bem como a necessidade de entender melhor a forma na qual a vida humana se inter relaciona com a vida não-humana. 

Portanto, quando falamos em biodiversidade precisamos levar em conta o estudo das relações evolutivas entre grupos de organismos, a filogenética; o processo de descrição da diversidade dos seres vivos, a taxonomia; e a interação das espécies com o ambiente. Sem compreender essa engrenagem complexa continuaremos a ouvir o galo cantar, mas não saberemos onde.
 

Reuber Brandão é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor de Manejo de Fauna e de Áreas Silvestres na Universidade de Brasília.

UNIARAXÁ INFORMA

 

LINK UNIARAXÁ : https://site.uniaraxa.edu.br/


Cardiopatias congênitas são a terceira maior causa de morte em bebês com até 30 dias de vida

 



Gabriel Carvalho Domingues, de apenas 6 meses, nasceu com uma cardiopatia grave, grupo de doenças que afetam cerca de 30 mil bebês todos os anos no Brasil e que são a terceira maior causa de morte em recém-nascidos. “Ele já tinha quase 2 meses quando a médica desconfiou da dificuldade dele em respirar e pediu exames”, conta a mãe, Geissebel Flávia Carvalho Silva. Com um diagnóstico não conclusivo, o menino, que nasceu em Guaratuba, no litoral paranaense, foi encaminhado para o Hospital Pequeno Príncipe.

Neste 12 de junho, Dia Nacional de Conscientização das Cardiopatias Congênitas – doenças caracterizadas pela malformação na estrutura ou na função do coração –, o Pequeno Príncipe alerta para a importância do acompanhamento pré-natal e consultas periódicas com pediatra para obter um diagnóstico precoce e garantir o tratamento adequado da doença. “O ideal seria que todas as gestantes fizessem o ecocardiograma fetal entre 24 e 28 semanas de gravidez, assim conseguimos fazer o diagnóstico ainda na gestação e verificar se o bebê pode precisar de procedimento cirúrgico logo após seu nascimento”, enfatiza a cardiologista pediátrica Cristiane Binotto, do Pequeno Príncipe.

“Quando chegamos aqui, os médicos me informaram que o caso era bem grave. Ele fez um cateterismo e uma correção cirúrgica para forçar o desenvolvimento do ventrículo, que era pequeno. Foram 27 dias de internamento, sendo 20 deles em UTI. Agora, aos 6 meses de idade, ele fez outro cateterismo para verificar se a cirurgia de correção das grandes artérias pode ser feita”, explica a mãe do Gabriel.

Também é fundamental que os pais fiquem atentos a sinais que os bebês podem apresentar e que podem indicar uma cardiopatia congênita. “Língua roxa, cansaço, dificuldade em mamar, dificuldade em ganhar peso e choro sem consolo são alguns desses sintomas. Quanto antes for diagnosticado e o tratamento iniciar, a expectativa de vida se torna muito próxima ao normal. Além do desenvolvimento do paciente acontecer de maneira muito boa”, completa a cardiologista.

Referência

O Serviço de Cardiologia do Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, é referência no atendimento de pacientes com cardiopatias congênitas e recebe, todos os anos, pacientes com essas enfermidades, sendo que muitos deles são submetidos a procedimentos cirúrgicos. É o serviço que realiza o maior número de atendimentos ambulatoriais no país e o segundo em número de cirurgias. Também é o principal no que se refere a procedimentos em recém-nascidos até 30 dias.

Conta com profissionais altamente capacitados além de uma estrutura exclusiva de atendimento e internação, incluindo UTI. Somente em 2020, o Serviço de Cardiologia realizou 4.054 atendimentos ambulatoriais, 402 cirurgias e três transplantes de coração. No mesmo período, registrou 678 internações e mais de 9,2 mil exames entre cateterismos, eletrocardiogramas, ecocardiogramas e eletrofisiologia. Em 2021, o Hospital chegou à marca de 15 mil cateterismos.

Conscientização mundial sobre o Albinismo: especialista explica o que realmente significa essa anomalia pigmentar

 


Ao longo da vida, as pessoas com albinismos sofrem muitas discriminações, seja no âmbito social, profissional ou político, o qual são frequentemente invisíveis. As exclusões aumentam as chances de desenvolverem problemas de autoestima, ansiedade e depressão.


Sendo uma rara condição genética e não contagiosa, o albinismo pode atingir ambos os gêneros, independentemente de etnia. O distúrbio é caracterizado pela falta de melanina (responsável pela pigmentação dos cabelos, pele e olhos e pela proteção contra os raios ultravioletas).


Assim, o tom de pele varia do branco aos amarelados ou amarronzados, os cabelos podem ser completamente brancos, amarelados, avermelhados ou acastanhados. Já a cor dos olhos pode variar de azul muito claro quase transparente a castanho, podendo ser, inclusive, vermelhos - quando a total ausência de pigmento deixa visíveis os vasos da retina.


Por tanta singularidade, a Organização das Nações Unidas (ONU) tornou o dia 13 de junho o Dia Mundial da Conscientização Sobre o Albinismo, para que se entenda melhor sobre esse distúrbio e combata o preconceito acerca dele. E para aprofundarmos no assunto, convidamos o médico dermatologista Dr. Rafael Soares, para explicar sobre essa anomalia.


O especialista diz que é possível que esses indivíduos tenham uma vida normal e construam famílias. "Apesar de ser caracterizado por uma mutação genética, as pessoas albinas, obrigatoriamente, não terão filhos com a mesma condição, pois existem sete tipos de genes diferentes, relacionados a todas as pigmentações do nosso corpo, o qual a mutação delas podem ser diferentes se cruzadas com outros", iniciou.


"Isso porque a criança pode herdar os genes saudáveis dos dois. Mesmo se herdando o gene albino, será compensado pelo saudável do cônjuge. Então não é certeza, pois se trata de uma mutação esporádica, não sendo autossômica dominante", completa.


*Albinos são longevos?*


Pessoas com albinismo são mais suscetíveis a doenças, sendo a mais comum o surgimento de câncer de pele, devido ao fato de haver pouca ou nenhuma melanina. Mas não há uma idade mínima ou máxima para dizer o tempo de vida de uma pessoa albina e, de acordo com o médico, esse fator vai depender do tipo de anomalia que o indivíduo porta - atualmente, é aceito mais de 10 classificações de albinismo.


"Se for apenas abismo cutâneo ou oculocutâneo, os indivíduos podem ter uma longevidade normal, desde que não se exponham ao sol, até mesmo para não acontecer de desenvolverem um câncer mais agressivo e acabar abreviando a vida deles. Relacionado a algumas síndromes mais graves, a longevidade cai por causa da associação com doenças de outros órgãos", explica.


Por isso o segredo da longevidade está nos cuidados. "O ideal é que seja um protetor que funcione contra raios tipo UVA e UVB. Devem também usar blusa de manga longa e calça comprida para aumentar a proteção. Ressalto que as roupas longas devem ser associadas ao protetor tradicional, bem como alguns protetores solares orais".


"Com relação aos olhos, os óculos escuros são os mais indicados e eles também precisam ter lentes com certificação de proteção UVA e UVB. Os albinos costumam ter aversão a luz (fotofobia), então a lente escura vai trazer mais conforto no dia-a-dia", finalizou.


Embora exista cerca de 10 tipos de classificações albinismo, abaixo listamos as três mais comuns


  • Albinismo ocular, em que é verificada ausência total ou parcial de pigmentação dos olhos;

  • Albinismo cutâneo, em que a pessoa tem pouca ou nenhuma melanina na pele e/ou cabelos e pelos;

  • Albinismo oculocutâneo, em que é verificada falta de pigmentação em todo o corpo.


Sobre Rafael Soares


Rafael Soares é médico pela Universidade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, com título de especialista em dermatologia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), assim como pós-graduação em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia. Seu número de registro no CRM é 128012-SP.


Na trajetória profissional, além da atuação na dermatologia clínica e estética, assim como na nutrologia, Dr. Rafael Soares se dedicou à docência desde 2009 na mesma instituição onde se formou. Atualmente voltado para ministrar cursos específicos de especialização, o médico é referência no tratamento de doenças de pele e de técnicas exclusivas em estética.