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“Ter imagens incríveis de alimentos não é só sobre deixar os produtos desejáveis, mas também conduzir a
O
coletivo ‘I Hate Flash’ é referência no mercado audiovisual, com mais
de dez anos de experiência em produções tanto para grandes festivais de
música, como Rock in Rio e Lollapalooza, quanto para marcas
internacionais como Cola-Cola, Next, Amazon, entre outras. Ao longo dos
anos, novos formatos de conteúdo e plataformas surgiram e,
consequentemente, o trabalho da equipe acompanhou todas mudanças e
inovações. Entre elas, está a fotografia de produtos e alimentos. O que
antes era mais tradicional, passou a ter novos formatos, cores e até
narrativas. Confira alguns segredos usados pelos especialistas na hora
dos cliques:
Equipamento:
Se
for possível investir em equipamentos, uma boa lente macro é a 105mm
f2.8 e uma super versátil é a 50mm f1.4. Os flashes com difusores também
são boas pedidas, mas se não for possível a luz natural sempre funciona
muito bem. Nesse caso, ter um tripé dá mais possibilidades na hora dos
cliques.
Produção do alimento:
Na
hora de montar os pratos é importante valorizar todas camadas e
elementos presentes. No caso de um hamburguer, por exemplo, é legal usar
uma pistola de ar quente para derreter o queijo, já que com o
equipamento dá para ter mais controle do quanto quer derretê-lo sem
queimá-lo. Um pincel e azeite também podem fazer mágica e dar mais vida a
produtos como proteínas e saladas. Vale lembrar também que no caso das
proteínas é melhor apenas selar do invés de cozinhar, porque com o tempo
ela pode desidratar e perder a estética.
Produção de drinks:
Para
fotografar drinks e bebidas com aspecto de frias é importante deixá-los
em temperatura ambiente e usar gelo falso para dar ideia de um produto
supergelado. Passar verniz fosco no recipiente e borrifar água ajuda a
proporcionar o efeito. Já as bebidas quentes, é legal fotografar da
maneira que são servidas.
Produção artística:
Comece
usando o que tem em casa, como pratos, tábuas, toalhas de mesa e
objetos de decoração que tenham a ver com o gosto do cliente. Depois de
um tempo no meio, o acervo pessoal acaba se tornando enorme. Utilizar
sobreposições de objetos com tecidos sempre dá um efeito interessante.
Fotografia e edição:
Humanizar fotos com, por exemplo, o líquido caindo dentro do copo, acaba resultando em algo mais bonito. Vale priorizar planos normais, plongée e zenital. Na hora da edição é importante focar em um estilo e repetir em todas as fotos do job, sempre tentando manter as cores bem próximo do que são naturalmente.
Até
o dia 09 de junho, foram aplicadas quase 75 milhões de doses vacinais
contra a COVID-19 (SARS-CoV-2) no Brasil. As vacinas disponíveis no país
mostraram taxas de eficácia geral entre 50 e 70% nos estudos clínicos
de avaliação. Isso indica que, ao entrar em contato com o vírus, a
probabilidade de se infectar e apresentar quadro clínico sintomático cai
para menos de 50% após a segunda dose da vacina. É um valor muito
significativo ainda mais se considerarmos que, em relação ao
desenvolvimento de quadros graves, a proteção das vacinas pode chegar
próximo a 100%.
Um
dos principais efeitos da vacina para promover proteção ao vírus é a
produção de anticorpos pelo sistema imune com capacidade de neutralizar o
vírus, impedindo que ele inicie a infecção ou que ela evolua para
quadros graves, conforme explica Carlos Aita, médico patologista clínico
responsável pela assessoria médica do laboratório DB Diagnósticos. Um
estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) evidenciou que
cerca de 85% dos pacientes que receberam a vacina CoronaVac produziram
anticorpos neutralizantes.
Aita
explica que, quando o paciente é vacinado, isso induz uma resposta
imune direcionada aos antígenos vacinais. Dentre os vários complexos
mecanismos componentes dessa resposta, a produção de anticorpos é um
deles e, em geral, o mais estudado e comumente avaliado devido à
facilidade na sua dosagem. Diversos tipos de anticorpos são formados
nessa resposta, incluindo aqueles conhecidos como neutralizantes. O nome
vem da capacidade de se ligar em estruturas, antígenos do vírus, desse
modo impedindo a sua entrada nas células e infecção. Ou seja,
“neutralizando” o vírus. A grande maioria das vacinas desenvolvidas para
COVID-19 usa como antígeno indutor da resposta imune a proteína Spike
(por exemplo a AstraZeneca e a Pfizer) ou o vírus inteiro inativado
(CoronaVac). “Hoje já existe um teste de alta sensibilidade e
especificidade para identificar se o paciente produziu anticorpos
neutralizantes após a vacina. Chamado de teste de anticorpos
neutralizantes totais, ele apresenta uma informação interessante para
quem já teve a doença ou para quem tomou a vacina e quer saber se passou
a produzir estes anticorpos com capacidade de neutralizar o vírus. Para
realizar o teste é necessário colher uma simples amostra de sangue.
Inclusive, eu mesmo já realizei o teste e confirmei que iniciei a
produção de anticorpos após a vacina.”
Entretanto,
nem sempre isso ocorre em todos os pacientes e ainda não se sabem
exatamente os motivos. Além dos anticorpos neutralizantes existem outros
mecanismos de proteção para os quais ainda não existem testes de
avaliação no momento. Por essa razão, mesmo que o indivíduo não tenha
formado anticorpos, não significa necessariamente que ele esteja
desprotegido. “Agora, se os anticorpos foram formados, já é um bom
indício de que houve uma resposta significativa do sistema imune e há
grande probabilidade de não desenvolver quadros graves”, reforça o
especialista.
Ainda
segundo Aita, apesar de já existirem exames sorológicos para a COVID-19
há algum tempo, como os testes para IgG, IgM e IgA, eles são capazes de
detectar o desenvolvimento de anticorpos contra o vírus, mas não são
específicos para os neutralizantes de SARS-CoV-2.
Entenda o teste neutralizante
O
teste é feito pelo método de enzimaimunoensaio (ELISA) e tem como
objetivo a detecção de anticorpos neutralizantes do SARS-CoV-2. Ele se
baseia na capacidade dos anticorpos presentes na amostra de soro do
paciente bloquearem a ligação do domínio RBD (Receptor Binding Domain) da proteína Spike do vírus, no receptor celular ECA2 (Enzima Conversora de Angiotensina 2), simulando in vitro
a neutralização do vírus. Os estudos de desempenho do teste mostram em
torno de 96,7% de especificidade e 98,7% de sensibilidade a partir de 15
dias do início da infecção. Para avaliação da resposta de produção de
anticorpos neutralizantes após a vacina, o recomendado é realizar o
teste a partir de 15 dias depois da segunda dose.
Resultados
inferiores a 20% indicam ausência ou quantidade muito baixa, enquanto
os resultados iguais ou superiores a 20% mostram a presença de
anticorpos neutralizantes para o SARS-CoV-2.
Porém,
é importante ressaltar que o resultado do teste não comprova o
desenvolvimento de resposta imune protetora ao vírus. Como os níveis de
anticorpos protetores na doença ainda não são conhecidos, com o
resultado do teste pode-se afirmar apenas se o indivíduo desenvolveu
anticorpos neutralizantes e a sua taxa.
Sobre o Diagnósticos do Brasil
Fundado
em 2011, o Diagnósticos do Brasil (DB) é o único laboratório
exclusivamente de apoio no mercado brasileiro. Com foco no atendimento
ao cliente, a empresa oferece diagnósticos em todas as áreas de análises
clínicas, tais como biologia molecular, citometria de fluxo,
imunologia, bioquímica, urinálise, hormônios, marcadores tumorais e
cardíacos, parasitologia, entre outros.
O DB conta com três unidades de análises clínicas descentralizadas, localizadas em São José dos Pinhais (PR), Recife (PE) e Sorocaba (SP), além de três unidades especializadas, o DB Toxicológico, o DB Molecular e o DB Patologia, totalizando uma estrutura de 26 mil m2. O laboratório dispõe, ainda, de unidades regionais de apoio (URAs) distribuídas por todo o Brasil.
Por Reuber Brandão*
As palavras biodiversidade e diversidade estão na boca do povo. Somos frequentemente confrontados com o uso desses termos na mídia, na política, nas conversas coloquiais, mas poucos realmente buscam saber qual é, de fato, a sua definição. Infelizmente, a informação rasa predomina e parece haver uma crença coletiva de que o entendimento dos conceitos será absorvido pela simples repetição dos termos. E isso é perigoso, pois acaba provocando entendimentos enviesados que levam ao empobrecimento da percepção do mundo ao nosso redor.
Se não compreendermos a diversidade de forma precisa e abrangente, a definição de políticas públicas eficientes para a sua proteção fica prejudicada, penalizando toda a sociedade. Proponho uma aproximação ao tema com base na Teoria da Informação. Se utilizarmos os chamados índices de informação para a leitura de um texto, por exemplo, poderemos entender a riqueza das letras presentes (lógica de organização) e a abundância na qual aparecem (forma como se repetem ao longo do texto). Conteúdos escritos com poucas letras acabam não trazendo informação, assim como aqueles em que as letras se repetem em demasia também não. Esses dois parâmetros (riqueza e abundância), importantes elementos da Teoria da Informação, são a base dos índices de diversidade e podem ser aplicados em uma enormidade de campos de pesquisa, desde a Informática até a Ecologia.
Quando aplicamos os conceitos na Ecologia, usamos o termo riqueza para expressar quantas espécies nossa amostra possui, enquanto o termo abundância refere-se a quantos indivíduos representam cada uma dessas espécies. Desta forma, entendemos que diversidade é um índice matemático que expressa a relação entre o número de espécies e a abundância de indivíduos presentes em um ambiente.
Quando dizemos que um ecossistema possui muita diversidade, significa que contém muita informação biológica. Por isso, quando perdemos ecossistemas com alta diversidade, perdemos muita informação biológica. Empobrecemos a quantidade de informação que nosso planeta nos fornece, bem como todas as possibilidades trazidas pelo entendimento desse conhecimento sobre a definição de nossas estratégias diante da vida.
A informação biológica está organizada na natureza, compreendendo um arranjo complexo que envolve diferentes níveis e grandezas. Toda a expressão de vida no planeta contém essa complexidade de organização, seja ela a referência contida em uma pequena sequência de DNA e RNA até todo o conjunto dos componentes vivos de um ecossistema, que chamamos de biota. Desta forma, dizer que biodiversidade se refere a toda a vida da terra ou que é a variedade de formas de vida é extremamente simplório e, por que não, terrivelmente errôneo, pois não informa o pilar crítico do conceito que é a organização da manifestação da vida e os processos ecológicos relacionados.
Devemos considerar processos ecológicos essenciais para a geração e a manutenção da biodiversidade, como as interações ecológicas, a seleção natural e os ciclos biogeoquímicos, como parte da biodiversidade. O conceito precisa incorporar a importância hierárquica da organização da vida. Com isso, quem e quantos são esses componentes (composição), de que forma estão organizados (estrutura) e como interagem entre si e com o ambiente (função) são compreensões essenciais no entendimento do conceito de biodiversidade.
Essa visão mais ampla é fundamental, pois frequentemente os gestores públicos consideram apenas a composição da biodiversidade na elaboração de políticas públicas, deixando de lado a estrutura e a função na natureza. Sem observar a organização hierárquica da complexidade biológica em genes, espécies, populações, comunidades, ecossistemas e biomas, bem como dos processos e estruturas existentes, a compreensão da biodiversidade fica comprometida.
A mutação em um gene que expressa uma característica positivamente herdada irá interferir na seleção da espécie, que por sua vez irá influenciar na composição de outras espécies, levando a mudanças nos ecossistemas e assim por diante. Da mesma forma, mudanças nas paisagens, como a retirada de florestas, afetarão a diversidade de genes presentes nessa região.
Em todo o ciclo da vida há transferência de massa e energia entre os processos biológicos e isso faz com que a compreensão sobre a biodiversidade não seja estática, mas sim uma engrenagem em constante movimento. E é esse movimento que gera as propriedades emergentes dos ecossistemas, dentre os quais os serviços ecossistêmicos que possibilitam a nossa sobrevivência no planeta. Até mesmo a evolução é parte do funcionamento do maquinário da biodiversidade.
As diferenças na história evolutiva e na ecologia dos ecossistemas acabam gerando interessantes processos na estruturação da biodiversidade, que tem sido foco de diversos estudos sobre a forma como a vida se manifesta e atua no planeta. Desde sempre os seres humanos utilizam elementos da biodiversidade, influenciam e até atuam como força seletiva dessa estrutura. Entretanto, o aumento na escala de impacto da atuação humana apresenta novos desafios à natureza, bem como a necessidade de entender melhor a forma na qual a vida humana se inter relaciona com a vida não-humana.
Portanto, quando falamos em biodiversidade precisamos levar em conta o estudo das relações evolutivas entre grupos de organismos, a filogenética; o processo de descrição da diversidade dos seres vivos, a taxonomia; e a interação das espécies com o ambiente. Sem compreender essa engrenagem complexa continuaremos a ouvir o galo cantar, mas não saberemos onde.
Reuber Brandão é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor de Manejo de Fauna e de Áreas Silvestres na Universidade de Brasília.