A Secretaria Municipal de Saúde informa que um óbito foi registrado neste fim de semana. Trata-se de uma mulher de 56 anos.
segunda-feira, 28 de junho de 2021
Pantanal: pesquisadores apresentam primeiros resultados do impacto do fogo no bioma durante os incêndios de 2020
Nesta segunda-feira (28/6), os pesquisadores do Grupo de Estudos em Vida Silvestre (GEVS) apresentam os primeiros resultados do impacto do fogo sobre fauna da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN Sesc Pantanal), durante os incêndios de 2020 no bioma. Maior reserva particular do país, a unidade do Polo Socioambiental Sesc Pantanal teve 93% da área de 108 mil hectares atingida e deu início à pesquisa em setembro, logo após o fim dos combates.
O webinar “O impacto do fogo na fauna do Pantanal: o case Sesc Pantanal” começará às 19h (horário de Brasília), pelo Youtube do Sesc Pantanal. Os pesquisadores, coordenados por Luiz Flamarion, do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), irão apresentar os primeiros dados da pesquisa por meio de três perspectivas.
“A dinâmica do fogo na RPPN Sesc Pantanal: propagação e relação com a paisagem”, com José Luiz Cordeiro, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), “O impacto do fogo sobre a fauna da RPPN Sesc Pantanal: fatalidades e fatores associados”, apresentado por Ismael Brack, biólogo e doutorando em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e “Ações emergenciais de apoio à fauna: repostas das espécies na RPPN Sesc Pantanal”, com Gabriela Schuck, bióloga e mestranda em Ecologia também pela UFRGS.
Também estará presente o guarda-parque Vilson Taques, para falar da experiência do combate ao fogo e posterior apoio à pesquisa. Embora os incêndios tenham alcançado grande parte da RPPN, o fogo teve intensidades diferentes em toda esta extensão, resultado da atuação da Brigada de Incêndio Sesc Pantanal, existente há 20 anos, e dos contrastes acentuados da estrutura do mosaico da paisagem. Foram 50 dias de combate, em locais simultâneos, o que retardou o avanço do fogo, permitindo a fuga de animais para áreas ainda preservadas ou já atingidas.
Com mais de 50 pessoas envolvidas, entre pesquisadores e a equipe da RPPN Sesc Pantanal, formada por brigadistas, auxiliares de parque e guarda-parques, a pesquisa em campo durou 43 dias e percorreu cerca de 400 km. Após esse período, teve início a avaliação dos dados, que está na fase final.
Além do Sesc Pantanal e o GEVS, a pesquisa é realizada por meio do apoio com o Instituto Ipê, Ampara Silvestre, ONG Mata Ciliar, SOS Pantanal, ONG É o Bicho, Instituto Curicaca, Fiocruz, Museu Nacional/UFRJ, UFGRS e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
"Tratamento já" para crianças diagnosticadas com a Doença de Batten
As doenças neurológicas degenerativas integram uma série de doenças causadas por genes anormais incapazes de produzir as proteínas necessárias, causando limitações para as pessoas acometidas, incluindo a deterioração da memória, pensamento, comportamento e da capacidade de realizar atividades cotidianas. Uma das causas dessa deterioração de funções e comportamentos está relacionada às lipofuscinoses ceróides neuronais (CLN em inglês), também chamada como Doença de Batten, um grupo de distúrbios de armazenamento lisossômico.
Existem 14 tipos conhecidos de CLN e a idade de início da doença pode variar desde o nascimento até os primeiros anos de um jovem adulto. "A criança começa a perder o equilíbrio, e convulsionar até parar de falar, e depois de muitos testes e exames, é identificado a Doença de Batten, afinal a medicina ainda não é exata’’ explica a advogada da Associação Cearense de Doenças Genéticas (ACDG), Mônica Aderaldo.
Mônica afirma que o maior desafio para as crianças que lutam pela causa é o diagnóstico tardio que se torna prejudicial, uma vez que o dano cerebral causado por essas doenças é irreversível. De acordo com pessoas que convivem com doenças raras no Reino Unido, incluindo a Doença de Batten, leva-se, em média, 5,6 anos para que o paciente receba um diagnóstico apropriado. Em países menos desenvolvidos, esse tempo pode ser ainda maior[2].
Isso geralmente ocorre devido ao baixo nível de conhecimento e à falta de informação sobre a doença. E o acesso ao cuidado adequado acaba sendo limitado, além disso não existem políticas específicas em prol da melhoria das condições de vida dos pacientes e suas famílias.
No início do mês de Maio de 2021, a BioMarin - empresa farmacêutica responsável pelo medicamento para tratamento da CLN2 (um dos 14 tipos da doença de Batten) - submeteu um dossiê solicitando a incorporação da tecnologia à CONITEC (COMISSÃO NACIONAL DE INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS NO SUS), com a finalidade de que os pacientes com essa doença possam ter acesso à medicação através do SUS.
Para auxiliar pacientes e familiares na busca pelo diagnóstico, existem alguns programas que servem como apoio e incentivam a importância da realização de testes genéticos. Um exemplo de iniciativa é a campanha "Tempo para eles" que conta com ações para a conscientização da doença com o engajamento nas redes sociais, por meio das hashtags #BattenDay e #TEMPOPARAELES. Para saber mais, acesse: https://www.battenday.com
[1]Claussen M, Heim P, Knispel J, Goebel HH, Kohlschütter A. Incidence of neuronal ceroid-lipofuscinoses in West Germany: variation of a method for studying autosomal recessive disorders. American Journal of Medical Genetics. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1609834/
[2]https://battenday.com/br/a-campanha/
Pseudomiopia, estrabismo e cansaço visual aumentam em crianças e adolescentes
Os casos
de crianças e adolescentes com miopia, estrabismo, cansaço visual e espasmo de
acomodação (pseudomiopia) aumentaram no último ano. O motivo é quase óbvio:
tempo demais em frente a telas e dispositivos eletrônicos.
De acordo com uma pesquisa norte-americana, realizada pela SuperAwesome, as
crianças de 6 a 12 anos têm gastado mais de 50% do tempo nos dispositivos
eletrônicos. Embora a pesquisa tenha sido local, a realidade no Brasil não é
muito diferente.
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo,
o uso de celulares, tablets e computadores exige muito da visão de perto.
“Além de usar mais a visão de perto que a de longe, vivemos um momento em que é
necessário ficar mais tempo dentro de casa. Com isso, as atividades ao ar livre
ficaram ainda mais restritas, a escola se tornou remota e o lazer virtual.
Todos esses fatores prejudicam a visão de longe”.
O aumento de casos de miopia não é algo novo. Segundo um estudo, em 2050 mais
da metade da população mundial será míope. Os fatores de risco mais
importantes, apontados por diversos estudos ao redor do mundo, são exatamente o
uso prolongado de dispositivos eletrônicos e a redução de atividades ao ar
livre.
Estrabismo repentino
Outra condição ocular que se tornou muito frequente é o estrabismo convergente
adquirido.
“Esse desvio costuma aparecer em crianças mais velhas e adolescentes, além de
surgir de forma súbita. Tenho recebido muitos casos desse tipo de estrabismo”,
explica Dra. Marcela.
Falsa miopia
Outra condição cada vez mais prevalente é o espasmo de acomodação. Trata-se de
um tipo de contração excessiva dos músculos oculares responsáveis pela acomodação
visual, necessária para dar o foco nas imagens captadas.
“A criança força demais o olho para enxergar de perto. Por tempo prolongado e
frequente, isso sobrecarrega os músculos, causando uma espécie de “cãibra”.
Quando esse esforço é feito por muito tempo, pode levar a dificuldades para
enxergar de longe e dor de cabeça”, comenta Dra. Marcela.
Cansaço visual precoce
Em adultos, o cansaço visual é algo corriqueiro, principalmente naqueles que
trabalham o dia todo no computador.
“Mas, antes da pandemia, isso não era algo que afetasse as crianças e
adolescentes. Agora, é muito frequente queixas de cansaço visual, cefaleia,
visão embaçada e olho seco”, cita Dra. Marcela.
Condições podem ser definitivas
O estrabismo adquirido pode ser revertido. Mas, em alguns casos, apenas a
cirurgia de correção resolve o desvio.
A pseudomiopia, inicialmente, é tratada com colírios. Mas, pode se tornar uma
miopia de fato, cujo tratamento é feito com o uso de óculos ou lentes de
contato.
Mudança de hábitos
As principais recomendações da oftalmopediatra são reduzir ao máximo a
exposição de crianças e adolescentes aos dispositivos e promover atividades ao
ar livre, se possível todos os dias.
“A exposição aos raios solares estimula a produção da dopamina, um
neurotransmissor que previne que o olho cresça alongado. O alongamento do olho
leva à distorção do foco de luz que entra no globo ocular. Essa alteração
anatômica é uma das causas da miopia”.
Portanto, quanto mais tempo gasto em ambientes ao ar livre, menor o risco de
desenvolver miopia. Para quem já tem o diagnóstico, a exposição aos raios
solares pode evitar a progressão do grau.
Além desse aspecto, ambientes amplos e externos exigem o uso da visão de longe,
que precisa ser estimulada tanto quanto a visão de perto. Isso também vai
ajudar na prevenção do estrabismo e do espasmo de acomodação, bem como tende a
melhorar o cansaço visual.
Uso de telas deve ser restrito
Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) e da
Organização Mundial da Saúde (OMS):
- Crianças de até 2 anos de
idade não devem ser expostas a telas, de nenhuma maneira
- Entre 2 e 5 anos, o uso de
telas não deve ultrapassar 1 hora por dia
- Crianças de 6 a 10 anos
podem usar os dispositivos eletrônicos até 2 horas por dia
- Para a faixa etária 11 a 18
anos, o uso deve ser limitado a 3 horas por dia
“Cada família tem a sua realidade e deve refletir sobre o que é possível. Além
disso, como muitos alunos ainda se encontram no ensino remoto, o uso dos
dispositivos pode superar o tempo recomendado”, diz Dra. Marcela.
Nesses casos, o ideal é propor atividades fora das telas para as crianças e
adolescentes, desde que respeite os protocolos de segurança, como evitar
aglomerações e usar máscara facial.
“Vale lembrar que a televisão pode ser um recurso importante para substituir as
telas. Mas, é preciso uma boa distância para usar a visão de longe. Ou seja,
não adianta a criança ficar muito próxima do aparelho”, ressalta a
especialista.
“Por último, precisamos levar em conta que há outros prejuízos para a saúde
relacionados ao uso excessivo de eletrônicos, bem como do tempo prolongado
dentro de casa. Portanto, é preciso que os pais busquem criar uma rotina mais
saudável que possa prevenir essas condições oculares, bem como promover a saúde
de forma global”, conclui Dra. Marcela.
Diretoria do Araxá Esporte anuncia o técnico do Ganso para a 2ª Divisão
A direção do Araxá Esporte Clube, confirmou nesta
segunda-feira, dia 28 de junho de 2021, a contratação do treinador José Humberto
Codorna, para comandar o Ganso no Campeonato Mineiro da 2ª Divisão. O técnico tem 58
anos e já trabalhou como treinador em grandes equipes, dentre elas: Uberaba,
Itumbiara, União Rondonópolis e Ferroviária. Codorna Já foi Campeão Mineiro da 2ª Divisão
em 2015 e conhece muito bem a competição.
José Humberto Codorna e sua comissão técnica serão apresentados à imprensa local, numa entrevista coletiva que vai ser realizada na próxima quinta-feira, a tarde na sede administrativa do Araxá Esporte, anexa ao Estádio Municipal Fausto Alvim. A princípio a Federação Mineira de Futebol marcou o início do certame mineiro da Segunda Divisão deste ano para o dia 11 de setembro vindouro.