Nesta segunda-feira (28/6), os pesquisadores do Grupo de Estudos em Vida Silvestre (GEVS) apresentam os primeiros resultados do impacto do fogo sobre fauna da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN Sesc Pantanal), durante os incêndios de 2020 no bioma. Maior reserva particular do país, a unidade do Polo Socioambiental Sesc Pantanal teve 93% da área de 108 mil hectares atingida e deu início à pesquisa em setembro, logo após o fim dos combates.
O webinar “O impacto do fogo na fauna do Pantanal: o case Sesc Pantanal” começará às 19h (horário de Brasília), pelo Youtube do Sesc Pantanal. Os pesquisadores, coordenados por Luiz Flamarion, do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), irão apresentar os primeiros dados da pesquisa por meio de três perspectivas.
“A dinâmica do fogo na RPPN Sesc Pantanal: propagação e relação com a paisagem”, com José Luiz Cordeiro, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), “O impacto do fogo sobre a fauna da RPPN Sesc Pantanal: fatalidades e fatores associados”, apresentado por Ismael Brack, biólogo e doutorando em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e “Ações emergenciais de apoio à fauna: repostas das espécies na RPPN Sesc Pantanal”, com Gabriela Schuck, bióloga e mestranda em Ecologia também pela UFRGS.
Também estará presente o guarda-parque Vilson Taques, para falar da experiência do combate ao fogo e posterior apoio à pesquisa. Embora os incêndios tenham alcançado grande parte da RPPN, o fogo teve intensidades diferentes em toda esta extensão, resultado da atuação da Brigada de Incêndio Sesc Pantanal, existente há 20 anos, e dos contrastes acentuados da estrutura do mosaico da paisagem. Foram 50 dias de combate, em locais simultâneos, o que retardou o avanço do fogo, permitindo a fuga de animais para áreas ainda preservadas ou já atingidas.
Com mais de 50 pessoas envolvidas, entre pesquisadores e a equipe da RPPN Sesc Pantanal, formada por brigadistas, auxiliares de parque e guarda-parques, a pesquisa em campo durou 43 dias e percorreu cerca de 400 km. Após esse período, teve início a avaliação dos dados, que está na fase final.
Além do Sesc Pantanal e o GEVS, a pesquisa é realizada por meio do apoio com o Instituto Ipê, Ampara Silvestre, ONG Mata Ciliar, SOS Pantanal, ONG É o Bicho, Instituto Curicaca, Fiocruz, Museu Nacional/UFRJ, UFGRS e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
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