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quinta-feira, 5 de agosto de 2021
Caminhada do Agosto Lilás em Araxá marca 15 anos da Lei Maria da Penha
Araxá promove uma
caminhada alusiva ao Agosto Lilás, mês de combate à violência contra a mulher,
no próximo sábado (7). A concentração será no estacionamento do Estádio
Municipal Fausto Alvim a partir das 8h30 e o trajeto seguirá por vias do Centro
até a Praça Governador Valadares.
A Lei Maria da
Penha (11.340 / 2006) completa 15 anos justamente no dia da caminhada. Ela
prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher como a
física, moral, sexual, patrimonial e psicológica.
Além da caminhada,
o mês conta com ações para combater e prevenir a violência contra as mulheres,
abrangendo palestras em escolas, rodas de conversa e atividades em espaços
públicos, cumprindo protocolos de biossegurança em função da pandemia.
“Essas ações visam
chamar a atenção da sociedade para o grande número de mulheres que sofrem
violência e muitas vezes passam por isso caladas. Precisamos acolher essa
mulher sem julgamentos, oferecer ajuda e promover um debate também com os
homens. E essa é a proposta do Agosto Lilás em Araxá”, explica Maria Cecília,
coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência Doméstica.
Somente em 2020 a
Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica da Polícia Militar registrou 747
ocorrências, a maioria delas envolvendo ameaça, agressão e lesão corporal
contra mulheres. Os autores são companheiros, ex-companheiros ou namorados das
vítimas.
O Agosto Lilás em
Araxá conta com a parceria da Secretaria Municipal de Ação Social, por meio do
Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Câmara
Municipal, Polícia Militar e Polícia Civil.
O Creas conta com a Rede de Acolhimento à Mulher Vítima de Abuso, que funciona na avenida Imbiara, nº 900, telefone 3691-2024. A vítima também conta com uma central de atendimento nacional por meio do Disque 180.
Aulas presenciais: retomada da rotina deve ser feita com cuidados mentais, revela neuropsicopedagoga
Sair da rotina e retomar ao “velho normal” não será uma atividade fácil para as escolas. Neuropsicopedagoga Georgya Correa explica como todos juntos podem superar essas adversidades.
Cada vez mais pessoas estão sendo vacinadas contra a Covid-19 no Brasil. Porém, crianças e adolescentes ainda não receberam a imunização, além de muitos professores não terem recebido a segunda dose. Outros educadores, que são do grupo de risco, também seguem afastados do trabalho “presencial”. Tudo isso tem levado a um grau de preocupação expressivo, e ainda há o surgimento da variante Delta do coronavírus.
Diante deste cenário ainda incerto, algumas escolas retomaram as aulas presenciais com algumas medidas sanitárias para manter o distanciamento físico entre todos os envolvidos nas atividades acadêmicas. Porém, conforme explica a neuropsicopedagoga Georgya Correa, esta retomada não pode ser imediata, e sim algo gradativo, pois ainda há lacunas para serem preenchidas: “É algo novo, daí é comum que exista muitas dúvidas ainda pela frente. É preciso considerar que os estudantes acabaram acostumando a essa rotina de ficar em casa durante todo este tempo e agora é preciso trazer algo novo para superar essa barreira. Nós temos a tendência de se acostumar com o que vivemos e sair daquela rotina não é algo fácil, daí é comum vir uma carga de sentimentos negativos junto com tudo isso. Mas, os professores e os alunos podem descobrir uma nova maneira de entreter, divertir e retomar o prazer da aula. Mesmo que tudo seja novo para todo mundo e seja um caminho repleto de descobertas para todos os envolvidos”.
Sair do lugar comum não é uma tarefa das mais fáceis. Após pouco mais de um ano em casa, é preciso que a escola esteja pronta para este recomeço, onde a criança e o adolescente deixará de lado os hábitos que teve durante este período e terá que se readaptar para este recomeço. “Não vai ser algo rápido e fácil, daí a importância de um acompanhamento terapêutico para reconstruir essa ponte entre a instituição de ensino e o aluno novamente”. Outro detalhe essencial que deve ser considerado é a retomada da rotina na vida da criança e do adolescente: “É preciso mudar os hábitos, e fazer com que ele tenha novamente a disciplina de obedecer aos horários como antes. Durante este período todo, certamente o horário de sono e alimentação foram todos mudados, então reorganizar isso é essencial”.
Vale lembrar que o diálogo dentro de casa será primordial antes de voltar ao normal, ressalta a neuropsicopedagoga: “A criança se acostumou com uma outra rotina, agora os pais devem explicar a importância da retomada das atividades, explicar que aquilo que ela viveu foi uma fase que agora deve passar por esse processo de transição”.
Não vai ser fácil, mas ainda assim será necessário um dia retomar à rotina, detalha Georgya: “Os professores também estão num processo de reaprendizagem. Eles precisam descobrir como lidar com essas metodologias ativas, o ensino híbrido, esse uso mais forte da tecnologia, além de encontrar maneiras novas de dar suas aulas, estudar métodos novos para despertar a atenção do aluno novamente, além de cuidar de si e deles em relação aos cuidados sanitários. Vai ser um período de muito questionamento e dúvidas por partes dos estudantes sobre o que virá por aí. Além disso, não se pode deixar o aluno disperso por conta dos protocolos que dificultam a interação, como o distanciamento durante a aula. Não haverá ainda os contatos físicos como antes, então tudo isso precisa ficar claro antes de retomar como era antigamente. É um processo de readaptação que será necessário, mas que aos poucos voltará a ser o ideal para todos. Todos em parceria devem trabalhar juntos para que todas essas dificuldades sejam devidamente superadas”, completa.
Colesterol: Instituto Lado a Lado pela Vida aponta 7 dicas de combate à doença
O controle da taxa no organismo reduz o risco de doenças cardiovasculares
O dia 8 de agosto é marcado como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol.
Considerado um dos fatores determinantes para o surgimento de doenças
cardiovasculares, o elevado índice de gordura no organismo atinge 40% da
população brasileira, de acordo o Estudo de Riscos Cardiovasculares em
Adolescentes (Erica). Dados do Ministério da Saúde corroboram esta
informação e apontam que quatro em cada dez brasileiros tem colesterol
alto e 20% dos adolescentes, de 12 a 17 anos, também têm os índices
elevados. O Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), organização da
sociedade civil que atua na área da saúde e tem as doenças
cardiovasculares entre suas principais causas, alerta os brasileiros
sobre a importância do controle do colesterol, um dos mais sérios
fatores de risco para as doenças do coração, assim como a hipertensão e o
diabetes.
“A
quantidade elevada de glicose no sangue, o aumento da pressão arterial,
juntamente com o colesterol elevado, aumenta a probabilidade da
formação de placas que obstruem as artérias. E, nesse quesito, as sete
dicas que compartilhamos também ajudam a controlar tais comorbidades”,
alerta o cardiologista Fernando Costa, membro do Comitê Científico do
LAL. Fernando Costa reforça que as orientações são voltadas para a
diminuição do LDL e aumento do HDL e que, além das dicas, é importante
manter o calendário de consultas, tanto quem utiliza o SUS (Sistema
Único de Saúde) quanto os pacientes da saúde suplementar.
O
colesterol, ao contrário do que é sabido, tem funções benéficas como
produção de hormônios, absorção de vitaminas, produção de vitamina D,
além de ações que melhoram o funcionamento do sistema vascular.
Ele pode ser classificado em dois tipos: HDL (bom), LDL (ruim). O
primeiro carrega as gorduras das artérias para o fígado, já o segundo
transporta do fígado para os tecidos e pode se acumular nas artérias. “O
grande problema é o seu valor elevado e as lesões de uma camada
específica das artérias, chamada endotélio. Elas podem ser agravadas
pela hipertensão arterial, diabetes, obesidade, fumo, sedentarismo e
estresse. Tal cenário propicia a aterosclerose, que é a obstrução das
artérias”, explicou o cardiologista.
O
Instituto LAL reforça ainda que colesterol alto não acomete somente
pessoas com obesidade ou sobrepeso, pois o colesterol genético pode
acometer pessoas magras. Por isso, fica o alerta para quem tem pais e
irmãos com colesterol alto, pois a chance de ter também são maiores e se
tornam pessoas com maior risco de sofrer um infarto ou um AVC (acidente
vascular cerebral). Isso ocorre porque os níveis de colesterol no
sangue dependem da taxa de remoção do colesterol pelo fígado, que é
genética.
Outra
importante recomendação para que todos façam o controle permanente do
colesterol é o fato que na maioria das vezes, o colesterol alto não
apresenta sinais ou sintomas. O cardiologista reforça ainda que não há
uma taxa única recomendável para todos. Os níveis recomendados variam de
acordo com o risco cardiovascular que a pessoa apresenta. A nova
Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, da
Sociedade Brasileira de Cardiologia, recomenda:
- Colesterol total: menor que 190 mg/dl.
- Colesterol HDL (bom): maior que 40 mg/dl.
- Colesterol LDL (ruim):
menor que 130 mg/dl: em pessoas com risco cardiovascular baixo.
menor que 100 mg/dl: em pessoas com risco cardiovascular intermediário.
menor que 70 mg/dl: em pessoas com risco cardiovascular alto.
menor que 50 mg/dl: em pessoas com risco cardiovascular muito alto.
*Valores de referência do perfil lipídico para adultos maiores de 20 anos.
Confira as 7 dicas para o combate ao colesterol
1 - Não fumar: o cigarro aumenta as probabilidades de uma doença cardiovascular. Ele favorece a formação de placas nos vasos sanguíneos.
2 - Alimentação saudável:
compreende uma alimentação rica em fruta, legumes, folhas, carne branca
e substituição do óleo por azeite no preparo das refeições.
3 - Exercício físico: a prática de qualquer exercício físico, pelo menos, três vezes por semana.
4 - Controlar o estresse:
o fator emocional interfere diretamente no funcionamento do organismo.
Seu controle é indispensável para uma vida mais saudável. Assistir uma
série ou filme, passar um tempo com amigos, família e se desligar das
obrigações temporariamente são algumas saídas.
5 - Estar atento ao peso:
é importante acompanhar junto a um profissional de nutrição meios de
manter um peso corporal que não interfiram na qualidade de vida.
6 - Evitar alimentos ultra processados: esses
alimentos são ricos em gordura saturadas, o que interfere diretamente
no aumento do colesterol ruim (LDL) no organismo. Entre os principais
estão as comidas congeladas (batata frita, lasanha, nuggets), fast food
no geral e salgadinhos.
7 - Inclusão de frutas oleaginosas na dieta: as castanhas, nozes, pistache são exemplos de frutas que aumentam a quantidade de HDL (colesterol bom) no organismo.
Sobre Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)
Fundado em 2008, o Instituto LAL é a única organização social brasileira que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade - o câncer e as doenças cardiovasculares - além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem. Sua missão é mobilizar e engajar a sociedade e gestores da saúde, contribuindo para ampliar o acesso aos serviços, da prevenção ao tratamento, e mudar para valer o cenário da saúde no Brasil. Trabalha para que todos os brasileiros tenham informação e acesso à saúde digna e de qualidade, em todas as fases da vida. Além do Novembro Azul, o Instituto Lado a Lado pela Vida é o idealizador das campanhas RespireAgosto, Siga seu Coração, Mulher Por Inteiro e #LivreSuaPele.
Saúde mental e trabalho: até que ponto as atividades profissionais podem influenciar as emoções?
Ginasta americana desiste de competir nas Olímpiadas devido ao desgaste emocional
Recentemente presenciamos o caso da ginasta norte-americana Simone Biles, que desistiu de competir nas finais das Olímpiadas de Tóquio e optou por fazer um tratamento para a saúde mental.
Com o mercado cada vez mais competitivo, o acúmulo de atividades e pressões dentro do ambiente de trabalho pode ser o estopim para o agravamento de problemas psicológicos.
A busca pela carreira estável e saúde financeira está, muitas vezes, associada ao esgotamento emocional no ambiente de trabalho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos mentais e comportamentais estão entre as principais causas de faltas ao trabalho no mundo.
Segundo Conrado Di Mambro, advogado especialista em Direito Trabalhista, o trabalhador que está doente, com patologias de ordem psíquica, implicando em incapacidade para realizar as atividades. “Sendo que os 15 primeiros dias ficarão a cargo da empresa e após o 16º dia, o empregado deverá receber o benefício previdenciário”, diz.
Outro aspecto importante é identificar se a doença decorre ou não do trabalho, ou seja, se pode ser considerada ocupacional ou não. “Se a enfermidade estiver vinculada ao trabalho, ou dele decorrer, em tese, o empregador pode ser responsabilizado pelas despesas e custos que o trabalhador tiver, bem como à reparação por eventuais danos morais”, conclui Conrado.
A adoção de medidas necessárias para redução dos riscos à saúde dos seus empregados, propiciando um ambiente de trabalho seguro e saudável, é essencial para evitar casos dessa natureza. Para o psicoterapeuta Gustavo Cury, na cultura brasileira, a saudade mental não é tão cuidada quanto a saúde orgânica. “O emocional é tudo. É o que nos rege. O sistema psicológico tem uma base orgânica e tem limites”, afirma.
“A sobrecarga e o volume de trabalho podem alterar o temperamento da pessoa. Isso se dá também em conjunto com a qualidade de vida, sono e alimentação. Se não for cuidado pode virar um transtorno burnout.
“O esgotamento é preocupante e o repouso ajuda na recuperação. Em um caso mais severo como a depressão é plausível fazer uma revisão de condutas. Na suspeita de cada um dos casos é recomendada ajuda profissional”, conclui.