quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
Apneia do sono aumento risco de glaucoma, aponta estudo
Nessas pausas da respiração, que podem durar até 2 minutos, o organismo entra em hipóxia, ou seja, falta oxigênio para as células, incluindo para as do nervo óptico.
Segundo um estudo publicado no periódico Ophthalmology, pacientes com apneia do sono têm um risco de 1,67 maior de desenvolver o glaucoma nos 5 anos após o diagnóstico. Nesses casos, o mais comum é o de pressão normal, um dos tipos de glaucoma de ângulo aberto.
Cegueira irreversível
Segundo a oftalmologista Dra. Maria Beatriz Guerios, especialista em glaucoma, o glaucoma é o termo geral que se usa para nomear as doenças que causam danos no nervo óptico. “Esses danos são irreversíveis. Portanto, quando há falta de oxigênio, as células nervosas morrem. Com o tempo e sem tratamento, a consequência é a perda definitiva da visão”.
“Frequentemente, a falta de oxigênio (hipoxemia) causada pela apneia do sono costuma ser grave. O resultado é um aumento da resistência vascular com influência direta na morte das células do nervo óptico. Além do glaucoma, a apneia do sono pode estar associada a outras doenças oculares”, explica Dra. Maria Beatriz.
Dados de estudos epidemiológicos indicam que a prevalência da apneia do sono pode variar de 2% a 20% da população em geral. Normalmente, os homens são mais afetados do que as mulheres. Há algumas comorbidades que aumentam ainda mais o risco, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
Diagnóstico e Tratamento
O grande problema do glaucoma é que não há sinais ou sintomas nas fases iniciais. “Isso quer dizer que quando o paciente percebe alguma mudança no seu campo visual, a doença já está em uma fase mais avançada. Nesses casos, o tratamento visa impedir a progressão dos danos no nervo óptico”, diz a especialista.
Um dos agravantes é que no caso do glaucoma de pressão normal, como o próprio nome diz, não há alteração nos valores da pressão intraocular (PIO), considerada o principal fator de risco do glaucoma.
“Portanto, a doença pode passar despercebida nas consultas oftalmológicas, caso o oftalmologista não faça outros exames, como o de fundo de olho e não leve em consideração o histórico médico do paciente”, alerta Dra. Maria Beatriz.
Por isso, é altamente recomendado que pacientes com histórico de apneia do sono, obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo, façam um acompanhamento regular com um oftalmologista, de acordo com a médica.
O tratamento mais comum para o glaucoma de pressão normal é o uso de colírios. Há outras opções, dependendo da gravidade do quadro, como as cirurgias a laser.
Posições de Yoga podem aliviar desconfortos na terceira idade
,Professor de Yoga Francisco Kaiut defende que a prática para idosos traz diversos benefícios e aumenta a qualidade de vida.
Em Outubro, é comemorado o mês dos idosos, para celebrar aqueles com mais experiência que fazem parte da nossa sociedade. Infelizmente, atingir idades avançadas, em alguns casos, também pode ser sinônimo de desconfortos causados por problemas físicos ou emocionais. Hábitos saudáveis como a alimentação correta e a prática regular de yoga podem trazer conforto e alívio de sintomas.
De acordo com o professor de yoga e criador do Método Kaiut, Francisco Kaiut, os cuidados com idosos envolvem diversas áreas e o método desenvolvido por ele possui posições adaptáveis para as necessidades de cada tipo de corpo e de todas as idades. Além disso, Kaiut defende que as posições têm impacto direto em diferentes zonas do corpo, fato que faz com que haja alterações tanto nas sensações físicas pelo estímulo das articulações, quanto no lado emocional por proporcionar uma regulação do sistema nervoso, diminuindo efeitos do estresse e ansiedade.
Por isso, o especialista sugere algumas posições de yoga para estimular o início da prática nos idosos.
Primeiramente, para alívio da ansiedade, pode-se deitar no chão com as pernas para cima, apoiadas na parede. Para garantir que o corpo esteja relaxado e seguro na posição, deve usar-se apoio - como uma almofada - embaixo da cabeça ou do quadril. A distância do quadril da parede também deve ser ajustada de acordo com cada corpo. A ideia é ficar confortável na posição, sem dores! Mantendo-se na posição por alguns minutos, é possível deixar que a gravidade desacelere o corpo, proporcionando um interior mais saudável.
Ao trabalhar simultaneamente diferentes articulações, o yoga funciona como aliado do sistema nervoso, regulando o mesmo e criando resultados positivos em todo o corpo. Outra posição que pode ajudar é o Sukhasana na cadeira, ou seja, sentar-se em uma cadeira com os pés e os joelhos juntos, em seguida, elevar o calcanhar esquerdo sobre o joelho direito. Pode-se também curvar o corpo para frente, caso haja disponibilidade de movimento para fazer isso sem despertar insegurança e dor. Depois de alguns minutos, deve-se inverter a perna e repetir. Assim, o yoga ajuda a preservar funções cognitivas, massageia internamente os órgãos e descomprime vasos, trazendo alívio, conforto, mobilidade e qualidade de vida.
Sobre Francisco Kaiut
Francisco Kaiut é um professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural que dedicou sua vida a encontrar uma abordagem simples e fácil para lidar com os desconfortos no corpo, dores crônicas e ansiedade. Essa busca resultou na criação do Método Kaiut Yoga, um método moderno de yoga que proporciona saúde e bem-estar, especialmente frente aos problemas da vida contemporânea.
Especialista em estética desvenda mitos e verdades sobre a drenagem linfática
Aliada de quem busca melhorar a saúde e transformar alguns aspectos da aparência corporal, a drenagem linfática consiste é uma técnica de massagem que auxilia o corpo na eliminação do excesso de líquidos e de toxinas, que podem ficar acumulados no sistema linfático devido a um desequilíbrio.
De acordo com Daniela Lopez, especialista em Estética e Cosmetologia, o principal objetivo da drenagem linfática é aumentar a velocidade da linfa, bem como seu volume.
“A linfa é o líquido que circula pelo sistema linfático. Quando estimulada pela drenagem, ela é direcionada ao sangue e, com isso, passa pelos rins, que realiza a filtragem. Na sequência, a linfa é eliminada pela urina, o que traz diversos benefícios às pacientes”, explica.
A drenagem linfática é utilizada em casos que vão além da estética, como no pós-operatório de várias cirurgias, com o objetivo de prevenir a formação de edemas.
Por se tratar de um procedimento estético – e, também, de saúde –, a drenagem linfática ainda causa diversas dúvidas. Dessa forma, Lopez selecionou três afirmações para explicar os principais mitos e verdades sobre o processo.
Drenagem linfática emagrece
Mito.
Conforme apontado acima, a drenagem linfática elimina líquidos e
toxinas que estão acumulados no organismo. Apesar de auxiliar na perda
de pedidas, o procedimento
não tem impacto algum sobre o emagrecimento.
“Não há perda de gordura na drenagem linfática, então não podemos relacioná-la ao processo de emagrecimento. Dessa forma, o procedimento não é indicado para quem deseja perder peso, mas sim para quem quer eliminar líquidos e, com isso, perder medidas”, aponta a especialista.
Drenagem pode melhorar os sintomas da TPM (Tensão Pré-Menstrual)
Verdade. A drenagem linfática é uma grande aliada das mulheres que apresentam sintomas severos de TPM.
“O procedimento da drenagem atua na liberação de líquidos, o que faz com que as pessoas se sintam menos inchadas. Além disso, é possível ter vantagens relacionadas à diminuição dos sintomas de ansiedade”, conta.
Drenagem linfática ajuda no combate à celulite
Verdade. Mesmo que a drenagem linfática não auxilie na perda de peso, ela é uma das principais formas de combater as celulites, que incomodam muitas pessoas.
“Uma das principais causas da celulite é a retenção de líquidos e, como a drenagem linfática auxilia na liberação destes, previne esse problema, bem como melhora o aspecto das celulites que já existem”, finaliza Lopez.
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Daniela Lopez é graduada em Estética e Cosmetologia e pós-graduada em Intradérmicos e Subcutâneos. Atua na causa da regulamentação da atuação de profissionais estéticos e cosmetólogos e é presidente da SindEstética. Lopez é autora do livro História da Legislação da Estética e Cosmetologia no Brasil e pesquisadora no campo clínico.
Joanete tem média de nove casos entre as mulheres para cada homem
Principal causa é o uso de calçados inadequados; ABTPé explica como prevenir
Salto alto, bico fino. Essas são as características de calçados que estão entre os preferidos das mulheres, porém, o uso frequente pode desencadear problemas, como o famoso joanete, saliência óssea que pode causar dor para caminhar e/ou ao utilizar calçados fechados. A patologia atinge 30% da população, sendo 10 vezes mais comum em mulheres - média de nove casos entre o público feminino para cada homem.
Também atendendo pelo nome de hálux valgo, o joanete é um desvio ósseo que ocorre na parte interna do pé. “A principal causa do desenvolvimento de joanetes é o uso de calçados inadequados que apertam os pés, mas também podem ser causadas por doenças inflamatórias, como artrite reumatoide e gota, além de herança genética”, explica o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Dr. José Antônio Veiga Sanhudo.
O especialista pontua que existem tratamentos com a modificação do padrão do calçado, com o intuito de diminuir a dor. “Em alguns casos, pode ser necessário o tratamento cirúrgico, mais por motivos clínicos que estéticos, para realinhar a articulação e restaurar o funcionamento”, destaca.
Para prevenir o joanete, o presidente da ABTPé salienta que é importante usar calçados confortáveis, que distribuam o peso do corpo de forma equilibrada nos pés. “Quem usa sapatos de salto e/ou bico fino deve alterná-los com sapatos baixos e de bico largo algumas vezes durante a semana. Também é relevante lembrar que, quanto mais alto o salto, maior a sobrecarga na parte da frente do pé”, ressalta o médico.
Dr. Sanhudo salienta, ainda, a importância de procurar atendimento médico no início dos sintomas, quando o quadro é mais fácil de controlar. “Ao perceber qualquer anormalidade, procure um especialista, pois muitas vezes, a progressão de uma deformidade, identificada no início, pode ser solucionada com orientações adequadas”, conclui.
Problema de longa data
Um estudo recente, realizado pelo departamento de arqueologia da Universidade de Cambridge constatou, ao analisar 177 esqueletos dos séculos 11 a 15 enterrados nos arredores do local, que 27% desses que datam dos séculos 14 e 15 sofriam com joanetes, comparado a 6% nos que datavam entre os séculos 11 e 13.
Os chamados poulaines, sapatos pontudos de couro, eram o ápice da moda no Reino Unido do século 14 e o problema pode ser atribuído ao seu uso.
Ainda segundo o estudo, cerca de 52% dos indivíduos com joanetes nos pés contavam com, pelo menos, uma fratura. Os pesquisadores pontuaram que a deformidade provocada pelo joanete causa o desequilíbrio e aumenta o risco de quedas em pessoas de mais idade.
A pesquisa completa foi publicada na revista científica International Journal of Paleopathology.
Sobre a ABTPé
A Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) foi fundada em 1975 com a missão de unir a classe médica na especialidade, além de estimular o intercâmbio de informações científicas, fomentando a educação continuada entre os especialistas de pé e tornozelo no Brasil. Também tem a responsabilidade de esclarecer a população sobre os temas relacionados à especialidade.
A ABTPé está à disposição para informações e entrevistas sobre a saúde e cuidados com os tornozelos e pés, trazendo esclarecimentos sobre diversos temas, como acidentes nos esportes com lesões, acidentes domésticos com lesões, deformidades, pé diabético, cuidados com o uso de saltos altos, joanetes, fascite plantar, cirurgia plástica nos pés, esporão do calcâneo, calos e calosidades, metatarsalgia, neuroma de Morton, gota, artrite, entorse, fraturas, entre outros.