No fim da tarde de ontem ( quinta-feira 9), o ex-marido da garçonete mineira que foi morta no Uruguai, Nilton Gomide, disse que o corpo de Érica Nogarol já foi liberado e será cremado hoje ( sexta-feira 10), em Montevidéu. Ainda de acordo com Nilton Gomide, as cinzas da garçonete serão trazidas para o Brasil pelo irmão da vítima, que deve chegar ao país no próximo sábado (11). Ele está no Uruguai para acompanhar o desdobramento do caso. Em seguida, as cinzas seguirão para Araxá, no Alto Paranaíba, cidade natal da mulher. Nilton Gomide relatou que a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) de Montevidéu entrou em contato com ele na manhã desta quinta-feira e informou que o principal suspeito de ter cometido o crime, Angelo Faggion, patrão da vítima, realmente confessou o assassinato. Segundo informações oficiais repassadas a Nilton, Érica foi morta no dia 18 de abril, entre as 10h e 11h da manhã, em um apartamento da capital uruguaia.
A Interpol confirmou para Nilton, ainda, que a morte de Érica Nogarol foi por estrangulamento e que o suspeito responde em liberdade. “Agora é oficial. Depois de cometer o crime ele fugiu para a Alemanha e se entregou no dia 26 na presença de um advogado, só que o investigador que conversou comigo disse que ele não está preso e, pelo menos por enquanto, está respondendo o processo em liberdade”, acrescentou. Ainda de acordo com o ex-marido da vítima, o investigador da Interpol comentou que não acredita na extradição de Angelo para o Uruguai pelo fato de o empresário morar há mais de 30 anos na Alemanha, ser casado e ter quatro filhos menores no país. "Por esses motivos é bem provável, na opinião do investigador, que a polícia alemã alegue essas questões e não peça a extradição, fazendo com que ele cumpra a pena no país de origem", disse.
A garçonete Érica Nogarol era natural de Araxá, no Alto Paranaíba, e morou por 26 anos em Uberlândia. De acordo com a mãe da vítima, Marisa Marques Nogarol, a filha estava na Europa havia oito anos, para trabalhar. A mãe foi informada sobre a morte pelo consulado brasileiro na última semana. Mantendo contato com a polícia uruguaia, a família da vítima disse que teve conhecimento de que o principal suspeito é Angelo Faggion, dono de uma sorveteria na Alemanha e patrão de Érica. Segundo o consulado brasileiro em Montevidéu, o crime ocorreu na semana do dia 26 de abril e o corpo só foi encontrado na última sexta-feira (29), após o suspeito, que é um cidadão italiano, ter se entregado na Alemanha. Ainda conforme o consulado, em seguida a polícia alemã entrou em contato com a Chefatura de Polícia do Uruguai, que foi até o local do crime e encontrou o corpo de Érica Nogarol. Ainda não se sabe, oficialmente, a motivação do crime. A mãe de Érica informou que não sabia se a filha tinha relação amorosa com o suspeito, mas que acreditava que o motivo da morte fosse por causa de dinheiro, pois ele teria a intenção de abrir uma sociedade e ela não aceitou. Já o ex-marido, Nilton Gomide, acha que o crime tenha sido passional, pois ele desconfiava de um possível relacionamento entre os dois. “A polícia não me informou o motivo, mas comentou que ele estava no Uruguai com a Érica há um mês e que estava tentando tirar uma cidadania uruguaia, com certeza a intenção deles era morar lá”, finalizou Gomide.( FONTE; G1 )
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