A neuropsicóloga Leninha Wagner, fala da importância da rotina para quem
tem autismo.
Com a chegada do novo coronavírus as mudanças na rotina de muitas
pessoas foram alteradas pela pandemia se tornando um novo desafio para todos
nós. Mas para as crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA), mais
conhecido como autismo, sofreu fortes impactos negativos.
Na vida de crianças com autismo, saber o que ‘vai acontecer depois’ é
essencial, e a neuropsicóloga Leninha Wagner explica que isso acontece porque
as pessoas com autismo precisam de uma rotina pois a instabilidade, as trocas
repentinas, geram insegura e ansiedade nelas.
“A rotina é de suma importância na vida de qualquer pessoa,
principalmente na vida da criança, porque estabelece e determina limites,
trazendo na repetição a segurança para o desenvolvimento típico ou atípico e
devido ao isolamento social, o fechamento de escolas, entre outras alterações
no cotidiano, afetou diretamente o desenvolvimento delas”.
O distanciamento social determinado pela Organização Mundial da Saúde, é
bem-vindo para que a transmissão do coronavírus não aconteça, porém para os
portadores de autismo, que sofrem com adaptação de alteração da
rotina. Afeta diretamente os resultados para o qual se empenham tanto em
estabelecer através do cumprimento da rotina estabelecida.
“Diante da quebra da rotina os efeitos prováveis na vida dos autistas em
situação de confinamento, com os espaços a eles destinados fechados, como
escolas e consultórios terapêuticos funcionando apenas de forma remota. Traz
perdas significativas, retrocedendo aos alcances já conquistados e atrasos no
planejamento para futuras conquistas”.
Mesmo diante de tantas mudanças causadas pela pandemia na vida de todos,
a neuropsicóloga Leninha Wagner ressalta a importância de se criar uma rotina
para as crianças, para manter a rotina do que vem depois: “trazer estabilidade
e constância emocional, portanto maior qualidade de vida para o portador de TEA
e consequentemente para quem convive com ele”.
Coisas simples como a organização dos horários de tarefas diárias podem
ajudar na rotina da criança com autismo como: banho, alimentação, sono,
atividade, programas de TVs, brinquedos e brincadeiras, coisas sempre no mesmo
lugar e da mesma forma gerando assim a sensação de controle e mantendo o
equilíbrio através de sequências já esperadas.
Autismo não tem cura, mas é possível trazer funcionalidade e qualidade
de vida ao portador.
Sobre Dra. Leninha
É uma neuropsicóloga especialista no tratamento de diversos transtornos,
além de ser habilitada para aplicação de testes psicomotores reconhecidos
mundialmente. Como especialista, a Dra. Leninha tem participação em diversos
programas de rádio e televisão, assim como periódicos e revistas nacionais e
internacionais.
Instagram: Leninha Wagner (@substanciasingular)
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