segunda-feira, 31 de maio de 2021
Em plena pandemia e escassez de chuvas, Brasil perde água potável que abasteceria 63 milhões de pessoas
Conheça os perrengues enfrentados por quem precisa viajar durante a pandemia
Regras que mudam a todo o momento criam necessidade de adaptação constante para a retomada de
viagens
*Por Natasha de Caiado Castro
Não existe mais modo automático na vida e, menos ainda, nas viagens. Até antes da pandemia, estávamos acostumados a fazer tudo de uma forma em que tudo se encaixava. Não é mais assim e, por enquanto, precisamos nos adaptar às novas realidades e aos perrengues que elas trazem, pois não sabemos quando ou mesmo se tudo voltará ao normal. No turismo, o sistema desencaixou. Pense em uma engrenagem: ela funciona bem porque todas as peças se "entendem", mas se um parafuso afrouxar, ela para ou fica descontrolada. No universo das viagens, as partes não estão mais conversando. As companhias aéreas não estão falando entre elas ou com os aeroportos, os hotéis ou mesmo as pessoas. Os aeroportos pouco explicam para os passageiros quando algo dá errado in loco. Responsabilidades são jogadas de colo em colo, e ninguém quer assumir os erros para os consumidores. Percebeu um personagem que aparece em todas as situações - e sempre do lado que precisa de auxílio? As pessoas - passageiros, consumidores, eu e você. O que fazer quando as coisas derem errado? E como se prevenir para evitar perrengues homéricos? Reuni algumas experiências que temos presenciado em nosso dia a dia na Wish International para tornar a sua vida mais fácil. O sucesso está nos detalhes Quando mencionei que as companhias aéreas não estão conversando entre elas, não foi à toa. Com a capacidade reduzida por questões de segurança sanitária, alguns voos têm chegado com overbooking em suas paradas quando fazem parte de viagens com escalas. Os passageiros, que nada têm a ver com isso e só querem embarcar para seguir viagem, ficam à mercê do encaixe em um próximo voo. Se a culpa é da empresa que vendeu a passagem ou da companhia aérea com overbooking, pouco importa - e nem adianta alimentar expectativas em relação a soluções imediatas. O melhor é pensar à frente e fazer de tudo para não passar por isso. Tenha em mente o seguinte: as regras mudam todos os dias. Às vezes, no meio do dia. Enquanto você está no seu voo rumo a um aeroporto onde fará uma conexão. Não dá mais para fazer as coisas no gut feeling, como a intuição mandar. Tem que ser no papel, na checklist. Literalmente. Ligue para a companhia aérea para checar o status do voo. Aproveite para confirmar se você está com toda a documentação necessária naquele dia e se os seus equipamentos de segurança são os aceitos para o seu destino - muitos países não aceitam mais viajantes com máscaras faciais de pano, apenas a PFF-2. Talvez peçam para você usar face shield. Não existe confirmação excessiva. Faça as contas da quarentena corretamente. Como a entrada de voos diretamente do Brasil está proibida na maioria dos países, será necessário cumprir uma quarentena em algum lugar que permita a chegada e a estadia de voos brasileiros. Todos pensam em 14 dias, mas na verdade são 16, porque você precisa contar os dias dos voos em si. Se fizer uma quarentena redux, não poderá entrar no seu destino. E só por causa de uma conta imprecisa... Leve as receitas médicas de todos os seus remédios, verifique o desbloqueio dos cartões de bancos e a habilitação do roaming do celular. Esses detalhes podem garantir sua tranquilidade caso um voo seja cancelado e você precise bancar uma hospedagem surpresa perto do aeroporto até conseguir embarcar em outro, por exemplo. Ter certeza de que a fronteira do país escolhido para a quarentena está aberta naquele dia também é importante. Como já falei e acho que não custa repetir: as regras estão mudando o tempo todo. Esteja preparado para tudo! Terceirizar os pormenores pode ser a chave da tranquilidade Talvez algumas pessoas achem tudo isso muito pesado. Talvez você não se sinta à vontade para cuidar de tantos pormenores. E tudo bem! Nesses casos, vale muito lançar mão da ajuda de profissionais e empresas com expertise em providenciar todos os detalhes para uma experiência de viagem tranquila e segura. E que, principalmente neste momento que estamos vivendo, se mantenha atualizada sobre regras por você. Na Wish International, viabilizamos o esquema door-to-door, ou seja, pegamos o cliente na porta da casa dele e ele só ficará por conta própria quando chegar ao destino final, passando inclusive pela quarentena nos hotéis mais seguros disponíveis no mercado. E isso se ele quiser ficar sozinho, é claro: sempre há a possibilidade de continuarmos acompanhando sua viagem. Algumas coisas não são demais atualmente: os cuidados no dia a dia, os testes de Covid-19, as confirmações de serviços, as garantias de tranquilidade. Já estamos vivendo de uma forma tão diferente do nosso normal, com uma ânsia tão grande de poder voltar a viajar sem essas preocupações, que fazer tudo direitinho e fugindo de "roubadas" agora é imprescindível. Quem conseguir se adaptar a tantas mudanças sairá sempre na frente, seja em nível pessoal ou de negócios. Acredite: quando tudo isso passar, você vai agradecer por ter prestado atenção a estes alertas e ter conseguido fugir dos perrengues de viagens da pandemia. *Natasha de Caiado Castro é fundadora e CEO da Wish International, especialista em inteligência de mercado, Content Wizard e Investor. É também Board Member da United Nations e do Woman Silicon Valley Chapter. |
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Embrapa oferece gratuitamente livro sobre produção de cogumelos
Os cogumelos são conhecidos e utilizados pelo homem há mais de três mil anos. Por suas propriedades nutricionais, são consumidos tanto na alimentação humana quanto como suplemento alimentar. Eles também são usados na medicina tradicional chinesa para maior resistência contra distúrbios orgânicos, além de serem muito consumidos por suas propriedades terapêuticas.
Porém, no Brasil os cogumelos são pouco consumidos, devido à baixa produção no país e ao seu elevado custo. Para aumentar o acesso e conhecimento dos agricultores e consumidores quanto ao cultivo desse fungo, a Embrapa publicou o livro “Produção de cogumelos por meio da tecnologia chinesa modificada – Biotecnologia e aplicações na saúde”. E essa publicação, agora em sua 3ª edição, está disponível gratuitamente para ser baixada no Portal Embrapa.
A publicação, grande sucesso de vendas da Livraria Embrapa (vendasliv.sct.embrapa.br), é composta por 13 capítulos que abordam as características dos cogumelos, os meios para a produção de sementes, como fazer uso da técnica JunCao na produção de algumas espécies e também informações sobre o manejo de pragas, controle biológico na cultura e técnicas de processamento e estocagem. Os últimos capítulos examinam detalhadamente as características fisiológicas dos cogumelos e a sua importância para a saúde humana.
Editora Técnica da publicação, Arailde Fontes Urben, pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, afirmou que a técnica JunCao de produção, ensinada no livro, foi lançada em 1983 e adaptada por ela para as condições brasileiras por meio de 110 a 120 combinações de substratos. Estes estudos chegaram a 23 combinações possíveis, que podem ser utilizadas pelos produtores para o cultivo de cogumelos comestíveis ou medicinais.
A pesquisadora da Embrapa lembra que já esteve em onze ocasiões na China, para conhecimento e estudos dos cogumelos, tendo sido, inclusive, professora em universidades chinesas.
A obra descreve, com detalhes, o uso da técnica JunCao no cultivo de algumas espécies de cogumelos e traz, também, informações sobre o uso de cogumelos na alimentação e na saúde e o manejo da cultura. A técnica JunCao, adaptada pela Embrapa para possibilitar seu uso no Brasil, utiliza espécies de gramíneas existentes na região do Distrito Federal, com condições controladas de temperatura e umidade. Pelo fato de aproveitar recursos agrícolas abundantes e inexplorados, a técnica traz benefícios sociais, ecológicos e econômicos.
Segundo Arailde Urben, por meio dessa técnica é possível produzir cogumelos até em pequenos espaços, como em apartamentos, por exemplo. Ela explica, também, que o cogumelo possui mais proteína que a carne bovina. E exemplifica afirmando que 100 gramas de cogumelos resulta em 34 a 36 gramas de proteínas, enquanto que as mesmas 100 gramas de carne bovina resulta em 14 gramas de proteína para o nosso organismo. Além disso, o cogumelo possui vitaminas do complexo B, vitaminas essenciais para o perfeito funcionamento do nosso corpo, e que ajuda no fortalecimento do nosso sistema imunológico.
A produção de cogumelos pode ser uma boa alternativa de renda para pequenos produtores. Além de seu consumo in natura na culinária, ele pode ser utilizado como base na formulação de diversos produtos, nas formas de shampoo, creme, pomada, extrato fluido, capsula, além de outros.
Avaliação de impacto
Técnicos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia fizeram, em 2020, a avaliação do impacto que a técnica JunCao gerou na produção de cogumelos no país desde a sua disponibilização pela empresa, em 1977, e o resultado foi muito otimista.
Quanto ao impacto econômico resultado, esta tecnologia propiciou uma reestruturação da cadeia produtiva da fungicultura no Brasil. A produção de cogumelos no país teve seu início na década de 1950, com a chegada de imigrantes chineses e japoneses na região de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo. No início, o cultivo era basicamente de cogumelos da espécie Agaricus biporus (conhecido comumente por Cogumelo de Paris ou Champignon). Entretanto, essa variedade é sensível a temperaturas mais altas (a temperatura ideal para o cultivo do Champignon é de 15 a 24 graus), fazendo com que os cogumelos importados da China ocupassem quase todo o mercado brasileiro.
Com a divulgação da técnica, e os mais de 50 cursos já realizados pela pesquisadora Arailde Urben para produtores de cogumelos do país, a realidade hoje no Brasil é bem diferente. A maior facilidade de acesso aos substratos (que podem ser encontrados com facilidade no país) resultou em aumento médio de consumo anual de cogumelos pelos consumidores brasileiros. Isso, devido à expansão da comercialização dos cogumelos in natura que hoje se encontram no mercado e que são utilizados para a alimentação: Shimeji (em variações branco e preto), Hiratake (uma variedade de Shimeji cor de rosa) e Shiitake.
Além disso, o maior conhecimento dos usos do cogumelo na medicina oriental promoveu no país o desenvolvimento da produção de cogumelos para fins medicinais, tais como o Agaricus blazei (Cogumelo do Sol) e o Ganoderma lucidum.
Com o aumento da produção, a avaliação do impacto da técnica no Brasil mostrou que o consumo de cogumelos, que em 1996 era, em média, de 30 gramas por pessoa ao ano, aumentou para 160 gramas por pessoa/ano em 2018.
A publicação pode ser acessada, e baixada gratuitamente, por meio do link: tiny.cc/livroproducaocogumelos.