segunda-feira, 31 de maio de 2021

Como a ansiedade pode interferir na saúde da pele

 



 Com a pandemia e o isolamento social, o dia a dia de todos passa por muitas mudanças e não só a mente sofre com todos os acontecimentos, o corpo também mostra como é impactado. Saiba que não são só as olheiras e espinhas que podem aparecer com o estresse que vivemos, a nossa pele também sofre com ressecamento e, em alguns casos, a ansiedade pode agravar doenças relacionadas a pele como eczemas, vitiligo, caspa, alopecia, herpes e psoríase.

"Há vários estudos ligados ao emocional e a piora dessas doenças, a ansiedade funciona como um gatilho, sobretudo para quem já tem pré disposição genética a desenvolvê-las. É importante ressaltar que a ansiedade não causa essas doenças, mas funciona como o principal gatilho", explica Gina Matzenbacher, dermatologista da Clínica Leger.

Segundo a médica, o nosso emocional quando está abalado, altera toda a saúde, e nesses casos, quando envolve condições dermatológicas são chamados de psicodermatoses. Assim, muitas vezes, a ansiedade prejudica a barreira cutânea, levando a condições inflamatórias e a hábitos como coçar insistentemente alguma região da pele, ocasionando feridas, descamações e no caso do couro cabeludo; a dermatite seborreia e até à queda de cabelo (alopecia).

"Outro ponto negativo do estresse é o herpes simples, uma doença viral, onde a ansiedade pode contribuir fortemente para sua aparição, causando desconforto em diversas regiões da pele em forma de eczemas", esclarece Gina Matzenbacher.

Outra psicodermatose comum é o melasma, um vilão que aparece com mais frequência em mulheres jovens, e se caracteriza por manchas castanho-escuras na pele e geralmente no rosto. O cortisol hormônio que se eleva quando estamos sob estresse, estimula os melanócitos, (células da nossa pele que produzem o pigmento melanina) que, quando, produzido de forma excessiva, é responsável pelo aspecto de mancha escura marrom acastanhada: o melasma.

De acordo com pesquisas, os impactos emocionais ativam o gene proopiomelanocortin, que por sua vez estimula a pele para produzir mais pigmento. Sendo assim, a ansiedade, o cansaço e o estresse em excesso podem levar a aparição de mais melasmas na face principalmente.

"É comum a piora do melasma, mesmo que você não esteja saindo de casa e esteja fazendo skincare diariamente. Para tentar fugir desse problema e de outras doenças da pele que possam se manifestar provocadas pelo gatilho da ansiedade , é necessário buscar formas para tentar lidar com a situação atual. Por isso, é importante ter noites de sono saudáveis, buscar auxílio da terapia quando necessário, além da prática de alguma atividade física para manter o equilíbrio entre a saúde física e mental", reforça a médica.

Saiba mais: https://www.clinicaleger.com.br

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