sábado, 29 de maio de 2021

Tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas no mundo em 2019, diz revista The Lancet

 


O tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas em 2019, ano em que o número de fumantes aumentou para 1,1 bilhão, mostram estimativas mundiais divulgadas hoje (28), acrescentando que 89% dos novos fumantes ficaram dependentes aos 25 anos. As estimativas são divulgadas pela revista médica The Lancet, que publica três estudos com dados sobre a prevalência do tabagismo em 204 países, em homens e mulheres com 15 ou mais anos, incluindo a idade de iniciação ao cigarro, as doenças associadas e riscos entre fumantes e ex-fumantes.

Impostos mais altos sobre o tabaco, fim da adição de sabores, como mentol, em todos os produtos contendo nicotina, proibição da publicidade ao tabaco na internet, incluindo as redes sociais, e mais espaços livres para fumar são medidas apontadas para prevenir o tabagismo entre os mais jovens. Os estudos, sintetizados em um comunicado da The Lancet, são publicados às vésperas do Dia Mundial Sem Tabaco, que será comemorado segunda-feira (31).

A China lidera a lista dos dez países com mais fumantes em 2019, totalizando 341 milhões de consumidores: um em cada três fumantes no mundo vivia há dois anos na China. Depois da China, seguem-se Índia, Indonésia, Estados Unidos, Rússia, Bangladesh, Japão, Turquia, Vietnam e Filipinas. Juntos, esses países representam quase dois terços da população mundial de fumantes. 

Cerca de 87% das mortes mundiais associadas ao cigarro ocorreram entre fumantes ativos. Apenas 6% dos óbitos envolveram pessoas que tinham deixado de fumar há pelo menos 15 anos. Em 2019, o tabagismo esteve ligado a 1,7 milhão de mortes por isquemia cardíaca, a 1,6 milhão de mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica, a 1,3 milhão por câncer da traqueia, brônquios e pulmão e a quase 1 milhão de mortes por acidente vascular cerebral.

Segundo estudos anteriores, pelo menos um em cada dois fumantes de longo prazo morrerá de causas diretamente relacionadas com o tabagismo, sendo que eles têm perspectiva média de vida dez anos inferior à dos que nunca fumaram. Globalmente, um em cada três homens e uma em cada cinco mulheres fumava, em 2019, o equivalente a 20 ou mais cigarros por dia. De acordo com as estimativas divulgadas pela The Lancet, no mesmo ano havia 155 milhões de fumantes entre os 15 e 24 anos.

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