quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Setembro amarelo e os subprodutos do estilo de vida trazido pela pandemia: ansiedade, compulsões e sedentarismo

 


O confinamento já está trazendo a conta: transtornos de ansiedade, dor nas costas, ombros curvados e compulsões alimentares

A pandemia trouxe diversas alterações para o dia a dia da população mundial, sendo a principal delas o aumento do sedentarismo e problemas de saúde mental, com consequências graves à saúde como um todo. Na Docway, empresa de saúde digital que oferta soluções completas de telemedicina para empresas de todos os segmentos, de 2020 para 2021, houve um crescimento de 470% no número de pacientes diagnosticados com quadros de ansiedade e depressão, sendo que ainda há 4 meses pela frente. Em números absolutos, foram 1.593 casos no ano passado versus 9.104 até o momento – quase 6 vezes mais que em 2020.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o sedentarismo é culpado por cerca de 5 milhões de vidas perdidas ao ano, as quais poderiam ter sido evitadas se a população fosse mais ativa. “O benefício da atividade física é vasto, influenciando no funcionamento correto de todo organismo, assim como na saúde mental de cada pessoa”, conta o médico especialista em medicina esportiva que atende pela Docway, Breno Lintz. Segundo ele, o fechamento de áreas de lazer e a diminuição da exposição solar somados ao distanciamento social e o medo do ‘desconhecido’ formaram uma combinação certeira para a piora da saúde mental, com casos de ansiedade e depressão aumentados neste período.

“Normalmente, o paciente que sofre de ansiedade acaba procurando alívio em três áreas que também são prejudiciais à saúde: o álcool, as drogas e a comida em excesso. Tudo isso somado ao sedentarismo tem um impacto enorme na saúde, levando a uma piora no quadro geral do paciente, com o aumento do risco cardiovascular, aparecimento da síndrome metabólica, diabetes mellitus, hipertensão, hipercolesterolemia, entre outros”, explica. 

Desde o início da pandemia, o médico observou um aumento significativo na demanda de pacientes com transtorno misto ansioso depressivo, uma vez que sofreram pela influência da pandemia com o distanciamento social, com o medo de se contagiar ou contagiar o próximo e com a perda de emprego e o dano econômico envolvido. “Isso afetou principalmente as pessoas que já sofriam alterações leves, mas acometeu também pessoas que nunca tiveram qualquer problema relacionado a sua saúde mental”, diz Lintz.

Para o médico, a prática esportiva, seja em casa ou ao ar livre, somada a reeducação alimentar são o foco principal para a solução de boa parte dos problemas de saúde, sem esquecer do apoio à saúde mental. “Em todos os casos, o acompanhamento por profissionais de saúde é essencial”, afirma. Na opinião do médico, a telemedicina é necessária: “Neste período, a telemedicina tem sido fundamental para manter e assegurar a saúde do indivíduo, principalmente por levar direcionamento saudável a todos, sem barreiras territoriais, incluídas às áreas que não possuíam suporte de profissionais habilitados”, conta.

Outro grande problema, apontado pelo médico, foi o aumento de perfis não especializados nas redes sociais que, na busca por seguidores, passaram a veicular conteúdos falsos que desinformam mais do que informam, favorecendo os malefícios à saúde geral. “Por essa razão, sempre afirmo a importância de seguir um plano de tratamento individualizado e nunca realizar dietas ou uso de medicação sem ser instruído por um profissional de saúde capacitado”, finaliza o parceiro da Docway, Breno Lintz

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