Coronavírus gera um estado pró-inflamatório e pró-trombótico nos pacientes mais graves
A
trombose no pulmão, também conhecida como trombose pulmonar ou
tromboembolismo pulmonar (TEP), é uma doença grave e de alta
mortalidade, podendo ser até duas vezes mais letal que o infarto agudo
do miocárdio. “O tromboembolismo pulmonar mata aproximadamente 13% dos
acometidos e a mortalidade pode chegar em até 70% nos casos de TEP
maciço, somando aproximadamente 100 mil mortes só nos Estados Unidos”,
contextualiza o médico cardiologista Roberto Yano.
Por que essa doença é tão grave e fatal? O Doutor Roberto Yano explica:
"na maioria dos casos, forma-se um coágulo em alguma veia profunda da
perna. Então este coágulo, pode se desprender e ir em direção da artéria
pulmonar, entupindo a artéria, o que irá prejudicar a troca gasosa de
oxigênio. O sangue do paciente torna-se incapaz de carregar oxigênio
suficiente para nutrir todas as nossas células”, afirma Doutor Yano.
Os
sintomas da doença são falta de ar, tosse, tosse com sangue, tontura,
dor no peito, respiração rápida, desmaio e pode gerar até mesmo morte
súbita. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o
tratamento o mais rápido possível e salvar a vida do paciente.
Diagnóstico
O
cardiologista Roberto Yano descreve como a doença pode ser
diagnosticada: ”podemos realizar um ultrassom venoso das pernas quando
suspeitamos de trombose venosa profunda. Pois é dela que se origina o
trombo que pode levar à TEP. Além disso, o tratamento inicial, seja para
trombose das pernas ou do pulmão, será na maioria dos casos o mesmo:
uso de anticoagulantes” contextualiza o especialista em cardiologia.
Um
exame para excluir o TEP é o dímero D: “quando o valor do exame está
normal, descartamos a doença. Caso haja alteração no resultado, é dada
continuidade à investigação da patologia. Atualmente, um dos exames mais
utilizados para diagnosticar a doença é angiotomografia pulmonar”,
alerta o médico Roberto Yano. Outros exames utilizados são a cintilografia pulmonar e o cateterismo pulmonar.
Fatores de risco e prevenção
Os
fatores de risco para o tromboembolismo pulmonar são: tabagismo,
imobilização ou cirurgia nas últimas 4 semanas, viagens longas de mais
de 5 horas, obesidade e câncer. “Para prevenção, é essencial se
movimentar e se exercitar diariamente. Alimentar-se de forma saudável e
no caso de cirurgia e tentar na medida do possível, movimentar o membro
conforme a orientação do seu médico”, informa o cardiologista Roberto Yano.
Dr. Roberto Yano é médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e Associação Médica Brasileira (AMB).
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O seu intuito é divulgar informações valiosas aos seus seguidores sempre visando os preceitos do código de ética médico.
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