Pesquisadores relacionaram que desregular o ritmo circadiano pode elevar o risco de doenças cardiovasculares.
De acordo com um estudo científico britânico,
dormir entre às 22 e 23 horas está associado com uma melhor saúde do
coração devido a uma sincronização do sono com nosso relógio biológico. A
pesquisa foi realizada por cientistas do UK Biobank, um banco de dados
com informações de saúde detalhadas de pessoas do Reino Unido e
publicado no ESC (Sociedade Europeia de Cardiologia).
Aproximadamente
88 mil voluntários participaram da pesquisa e tiveram seus dados de
sono monitorados por um dispositivo semelhante a um relógio de pulso por
7 dias. Em seguida, os cientistas acompanharam as informações de saúde
cardiovascular dos participantes durante seis anos.
Os
resultados apontaram que mais de 3 mil adultos desenvolveram doenças
cardiovasculares, sendo que a maioria dessas pessoas foram para cama
mais cedo ou mais tarde do que o "ideal" das 22h às 23h. Entretanto, os
pesquisadores destacam que o estudo só mostra uma associação e não
comprova causa e efeito. Sendo assim, é necessário que sejam realizados
mais estudos para que se conclua que o horário em que se dorme seja
realmente um fator de risco para doenças cardiovasculares.
A
importância do sono para a saúde como um todo é algo cientificamente
comprovado - e que uma noite mal dormida pode prejudicar a saúde do
coração: “é durante o sono que o organismo exerce as principais funções
restauradoras do corpo. Por isso é tão importante dormir entre 7 e 9
horas por dia”, alerta Roberto Yano, médico cardiologista e especialista em marca-passo.
“Lembrando
sempre que a privação do sono é apenas mais um fator de risco para
doenças cardiovasculares. Os cuidados com o coração vão desde uma boa
alimentação, prática regular de exercício físico, evitar o estresse,
além é claro de controlar os principais fatores de risco para às doenças
cardíacas como a hipertensão, o diabetes, o tabagismo, a dislipidemia, a
obesidade, explica o Dr. Roberto Yano”.
Dr. Roberto Yano é médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e Associação Médica Brasileira (AMB).
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