GOVERNO DE MINAS GERAIS DECRETA ACATA
DE ARAXÁ ( Feirinha) como Associação de Utilidade Pública
PUBLICAÇÃO NO ‘MINAS GERAIS’ – diário
oficial do Governo de MG no dia 15 de dezembro de 2016
ACATA
LEI Nº 22.393, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2016.
Declara de utilidade pública a Associação Cultural,
Artística
e Talentos de Araxá – Acata –, com sede no Município
de Araxá.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS
GERAIS,
O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes,
decretou e eu, em seu nome, promulgo
a seguinte lei:
Art.
1º – Fica declarada de utilidade pública a Associação Cultural, Artística e
Talentos de Araxá
– Acata –, com sede no Município de Araxá.
FERNANDO DAMATA PIMENTEL
LEI N° 22.393, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2016.
Declara de utilidade pública a Associação Cultural, Artística e
Talentos de Araxá - Acata -, com sede no Município de Araxá.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS,
O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes,
decretou e eu, em seu nome, promulgo a seguinte lei:
Art. 1° - Fica declarada de utilidade pública a Associação
Cultural, Artística e Talentos de Araxá - Acata -, com sede no Município de
Araxá.
Art. 2° - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, aos 14 de dezembro de
2016; 228° da Inconfidência Mineira e 195° da Independência do Brasil.
FERNANDO DAMATA PIMENTEL
DETALHES:
REPORTAGEM
PUBLICADA NO DIA 06 DE MAIO DE 2016 NO BLOG DO ARMINDO MAIA E NO JORNAL
INTERAÇÃO DE ARAXÁ ( história da criação da ACATA)
ACATA: o ofício da arte transformando vidas
Há três
meses o JORNAL INTERAÇÃO, acompanhou de perto as atividades e algumas ações
desenvolvidas, por cerca de 40 artesãos, artistas, prestadores de serviços e
gente de Araxá, que têm como ofício a arte e o talento de fazer bem e valorizar
os produtos da terra. Essa turma simples, humildade, sofrida, mas trabalhadora
e persistente, faz parte da ACATA – Associação Feira Shop de Araxá. Uma ideia
que nasceu graças ao esforço, talento e crença no trabalho, como é o caso de
dona Terezinha Mariana Bento de 62 anos, que montou na ‘ferinha’, uma barraca
de tapioca, cuidada por ela e toda família. Emocionada ao falar da Associação,
dona Terezinha revela que, “ ter a oportunidade de trabalhar aqui na
‘feirinha’, foi muito bom para mim e toda minha família. Graças à Deus, nossa
vida melhorou muito aqui. Além da tapioca, nós também servimos refeições. Pela
manhã tem o tradicional pão de queijo caipira que faz o maior sucesso entre os
fregueses. E o mais importante de tudo é que além do dinheiro sagrado que ajuda
a sustentar a casa, eu e o meu marido renascemos de novo”. Neste momento dona
Terezinha quase não contém a emoção. Ela para de falar por um instante, mas
continua com os olhos cheios de água e coma a voz ainda tremula; “Meu marido
antes da ‘feirinha’, só ficava em casa na frente da televisão o dia todo sem
fazer nada e muito deprimido. Nós viemos para cá no dia 19 de abril de 2014 e a
partir daí, tudo mudou pra melhor. Essa ‘feirinha’ foi uma terapia boa demais
para ele.” A ACATA, ou a ‘feirinha’, como é carinhosamente tratada pelas
famílias que lá tiram o sustento de casa e ganharam dignidade mesmo que ainda
no outono da vida, fica bem no coração de Araxá. Ela está localizada naquele
espaço, no fundo do prédio que sediava o Procon-Araxá e o Museu da Imagem e do
Som, no calçadão da rua Presidente Olegário Maciel, 143 ( onde funcionava nos
idos anos 1990 a agência local do extinto Banco Nacional. A Associação, que
nasceu no ano passado e valoriza os serviços e produtos artesanais dos artistas
e talentos de Araxá, além ser um espaço centralizado com opções diversas de
produtos artesanais e presentes para turistas, visitantes e o povo de nossa
cidade, ainda, tem um poder muito especial de transformar vidas, movimentar a
economia informal, sustentar famílias, resgatar alto estima de jovens,
crianças, idosos e de terapia e remédio para muita gente que estava doente, com
depressão, no fundo do poço. Uma das idealizadoras e coordenadora da ACATA,
Luzia Doralice Monteiro, se entusiasma e com fôlego juvenil, diz que, “ o mais
importante, é que essa sementinha plantada com tanto sacrifício, germinou e se
tornou realidade. Hoje, são 40 famílias que dependem e vivem da nossa
‘feirinha’. Aqui, além dos produtos, serviços, artesanato da terra, nós também
conseguimos implantar um setor de alimentação bem diversificado e que deu muito
certo.” Luzia acrescenta porém que, “ o artesanato ainda é o carro chefe do
projeto. O bacana é que são os próprios vendedores e seus familiares que
trabalham, produzem e criam seus produtos e artesanato. A Associação, mesmo com
dificuldade ainda consegue promover cursos de artesanato, capacitação, gestão
comercial e empresarial e de qualidade no atendimento”. Para a coordenadora
executiva da ACATA, Luzia Doralice, “ aqui o mais importante é a valorização da
arte, cultura, dos produtos da terra e resgate do artesanato e dos ofícios
passado de geração em geração quase extintos. A nossa ‘feirinha’, oferta com
exclusividade produtos, serviços, culinária tradicional de Minas e artesanato
diversificado que tem a marca registrada de Araxá e região, como bordado em
pedraria. A ACATA é uma feira de arte, talento, da força da família e
principalmente de realização de sonhos quase impossíveis de gente simples,
humilde que precisava de apenas uma chance como esta para mostrar a maravilha
de seu trabalho artesanal.” Andar pela ‘feirinha’ e bater um papo amistoso com
cada um de seus integrantes, é uma oportunidade única de descobrir histórias
reais, verdadeiras e emocionantes, como da dona Maria Regina Costa Monteiro de
52 anos. Ela conta que, “ essa feira é uma benção pra gente. É daqui que a
gente tira o sustento sagrado da família e ainda ocupa o tempo ocioso. Aqui nós
nos sentimentos úteis e valorizados como gente e profissionais. Eu trabalho com
artigos e presentes religiosos, imagens, santos, crochê, pintura, pedraria e
arraiolo. Eu fui a primeira a chegar aqui e acreditar no projeto. Eu comecei a
trabalhar na ‘feirinha’, no dia 22 de dezembro de 2013 e graças a Deus tudo que
plantamos com trabalho, respeito e fé, estamos colhendo em dobro.” A
coordenadora da Associação Luzia Doralice, conta que, “ essa gente, além de ter
arte, talento e muita honestidade, trabalha aqui com dedicação integral de
corpo e alma. Eles estão aqui de segunda a sábado trabalhando com alegria e
sorriso no rosto”. Luzia explica ainda que, “ o espaço que era ocioso aos
poucos foi transformado, estruturado e adequado para receber o turista, o
visitante e toda comunidade de Araxá. Aqui, temos área de lazer, banheiros,
muita segurança. Quem chega aqui, fica encantado com as opções, coma estrutura
e limpeza do lugar.” Este local esteve ocioso por muito tempo, era um lote
vago, cheio de mato e mosquito da dengue. Então a gente resolveu criar o
projeto da ACATA que visa despertar, incentivar os talentos da cidade, promover
os artistas locais e seus produtos, dando oportunidade de renda, trabalho e
valorização do ser humano. Sem dúvida eu me sinto muito orgulhosa de participar
da criação e gestão da ACATA, pois se trata de um projeto especial que além de
promover a arte e os ofícios locais serve de sustento para muitas famílias de
nossa cidade”. Para Ernane Ribeiro que é dono de uma loja de livros espíritas,
“ é um espaço muito importante, pois aqui podemos ofertar às pessoas artigos e
livros voltados para a doutrina da alma. Além do trabalho e das obras a gente
também interage com outras pessoas levando e recebendo boas vibrações para o
equilíbrio da vida”. Para dona Maria Abadia de Oliveira de 62 anos, a
‘feirinha’, “ é uma bênção, aqui eu troquei os remédios e a depressão pelo
trabalho e a convivência com os amigos e clientes. Prá mim foi uma maravilha,
pois estou aqui desde o dia 20 de janeiro de 2014 e a cada dia minha vida
melhora mais. Aqui a gente convive com pessoas especiais que nos ensinam e
aprendem com a gente. Hoje além de estar curada e feliz, eu como artesã posso
dizer que tenho endereço fixo e dignidade.” As histórias emocionantes, fé,
trabalho e solidariedade da ACATA, são dignas de lições de positivas de vida
para muita gente. Finalizando Luzia Doralice, fala que, “ o nosso maior sonho é
tornar a Associação em utilidade pública municipal, estadual e federal. Assim
sendo, poderemos conseguir verbas de apoio e incentivo para ampliar e melhorar
a ACATA e adquirir esse espaço para a nossa Associação que tem um valor muito
especial, pois transforma, valoriza e consegue dá sentido à vida de muita gente.”