quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Quando uma mulher é empoderada?



Divisão de átomos, limpador de para-brisa, genética microbiana, cromossomos X e Y, bote salva-vidas. O que todas essas invenções têm em comum? Foram descobertas feitas por mulheres. É verdade que o empoderamento feminino é uma palavra moderna, mas é inegável que a ousadia, o estímulo e a habilidade feminina sempre estiveram ativamente entre os domínios ditos como masculinos.

Mas quando é que a mulher é empoderada?! Quando está psicologicamente fortalecida! A mulher que não permite ser subjugada, que tem a autoestima inabalável, tem tudo para conquistar seus sonhos sem temor às diferenças de gêneros. Da forma que vejo, esses ensinamentos precisam vir do berço, da escola, da sociedade e, também, da literatura como agente transformador. Os livros sempre foram e serão essenciais para construção gradual desta mudança social, que aos poucos quebra paradigmas preestabelecidos em sociedades tradicionais.

De uma forma mais ampla, a literatura de ficção que traz personagens femininas fortes, como é o caso do romance D'Angelo - O Viajante de Conca, inspira um simbolismo à imaginação de leitoras que passam a se espelhar na personagem, em seu modo de expressar suas emoções na construção de uma mulher forte que busca a equidade de gênero, mesmo em outras épocas como em 1949 – ano em que se passa a obra.

No outro lado do prisma, quando decidi escrever um romance de época em um universo totalmente dominado pelas mulheres, sabia das dificuldades, mas foi espelhando-me nessa quebra de padrões que tornei meu objetivo uma realidade. É fato que ainda ouço pessoas impressionadas com isso, mas os desafios nos movem para fora da zona de conforto e é lá que estão as oportunidades.

Deixo aqui minha homenagem às mulheres e o anseio para que todas tenham a certeza que são fortes, que acreditem em seus potenciais. Desejo que todas possam se espelhar nas personagens fortes da minha obra, que sejam uma Valentine confiante; uma Giovanna dona de si e decidida ou uma Isabella em busca de seus sonhos e que todas possam conquistar sua própria felicidade. E, é claro, uma homenagem singular às minhas leitoras que tornam o meu trabalho especial e minha obra mágica.



Sérgio Giacomelli é escritor, engenheiro eletricista, nascido em São Miguel do Oeste/SC, passou a infância e a juventude entre a cidade e o campo. Viveu muitos anos em Ribeirão Preto/SP e na capital paulista, hoje segue a vida profissional em Belo Horizonte/MG. Apaixonado por pesquisas, é descendente de italianos e coloca essas particularidades no romance de época D'Angelo - O Viajante de Conca. 


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Mindfulness para o dia a dia ensina exercícios para acalmar a mente e viver o agora

 


Livro apresenta os benefícios da atenção plena para o corpo e a mente e 53 exercícios práticos, facilmente incorporáveis à rotina dos dias atuais

"Você é capaz de dizer o que almoçou terça-feira passada? Costuma parar no meio de uma ação porque já não já não lembra mais o que ia fazer? Sente que há muito mais obrigações do que tempo para dar conta delas? Pressionados pelo excesso de demandas, sempre ansiosos e pensando no compromisso seguinte, não conseguimos prestar atenção ao que está acontecendo agora e desfrutar o momento presente. Daí a sensação de que a vida passa sem percebermos. 


Ao ilustrar esse estado de ansiedade, Buda costumava comparar a mente humana a um elefante. O animal selvagem corre de um lado para outro, dispara sem direção e sem controle. Um elefante domado, porém, está seguro a uma estaca no chão, atento ao que acontece à sua volta. Se estimulado, responde de acordo com seu treinamento em vez de simplesmente reagir instintivamente."


O livro Mindfulness para o dia a dia é uma obra voltada para a atenção plena e a meditação e ensina aos leitores como inserir ambas as práticas no cotidiano. A autora é Jan Chozen Bays, uma famosa instrutora zen estadunidense que tem dedicado anos a mostrar aos seus alunos como tornar a vida mais repleta de contentamento com o momento presente. Com este livro, Chozen Bays utiliza toda a sua experiência como professora de meditação e pediatra – e, ainda, esposa, mãe e avó – para mostrar que, sim, é possível levar uma vida mais calma e satisfatória com o agora, se quisermos. O livro foca em 53 práticas para, devagar e sempre, como todo novo hábito, estabelecermos a atenção plena em meio à vida moderna.


“A maioria das pessoas acha que praticar atenção plena — conhecida em inglês como mindfulness — envolve ter que abrir espaço numa agenda já cheia, de trabalho, filhos, casa. Mas, na realidade, a atenção plena é algo que vai se tornando parte da vida aos poucos”, explica a autora na introdução, assegurando que não precisamos nos tornar gurus da noite para o dia. É muito comum que iniciantes nas práticas meditativas se tornem aflitos após algumas tentativas, como se a figura estável e serena de um instrutor de meditação fosse inalcançável aos mortais. De fato, acalmar a mente e praticar a atenção aos pequenos momentos da vida cotidiana é muito difícil quando nos encontramos sempre numa eterna inquietação para fazer mais, em menos tempo, de forma incansável. Mas não é a figura de um guru zen que Chozen Bays promete. Com seu livro, ela nos assegura que a atenção plena é um objetivo que pode ser conquistado aos poucos, diariamente, em pequenas ações.


Cheio de exercícios que nasceram da necessidade de construir um cotidiano mais humano, mais sereno e ainda assim realista, a autora nos garante que “não é preciso passar um mês num retiro de meditação nem se mudar para um mosteiro para resgatar a paz e o equilíbrio”. É possível aprender nas páginas de Mindfulness para o dia a dia o que é, de fato, a atenção plena e quais são os benefícios para aqueles que a praticam cotidianamente. A autora também esclarece alguns equívocos em relação à prática, como a impressão errônea de que atenção plena seria pensar, concentrando-se em profundidade, sobre tudo. Na verdade, a prática tem muito mais a ver com abandonar os pensamentos – pensamentos negativos, preocupações e outros movimentos nos quais a mente se agarra de modo exagerado, nos impedindo de viver os pequenos prazeres, enxergar os ambientes a nossa volta, ouvir com atenção a alguém. Outro erro, segundo a autora, é achar que a atenção plena nos tornar lentos, quando somos mais rápidos ao nos concentrar verdadeiramente no momento presente.


Mindfulness para o dia a dia é composto por vários capítulos nos quais Chozen Bays nos ensina, em um passo de cada vez, vários hábitos que podemos acrescentar durante os nossos afazeres, como quando atendemos a um telefonema, quando tocamos objetos inanimados pela casa ou transitamos de um ambiente para o outro. Seja pausando em momentos diversos durante o dia para respirar profundamente e com atenção por três vezes, seja prestando atenção quando nos movimentos que fazemos pela casa ou o modo como tocamos nos nossos pertences, Chozen Bays nos mostra que a vida é um enorme campo de estudo para a atenção plena.

Sobre a autora

Professora de meditação, pediatra, esposa, mãe e avó, a doutora JAN CHOZEN BAYS sabe bem como o dia a dia pode ser estressante e cheio de desafios. Desde a década de 1980, ela leciona na Comunidade Zen do estado de Oregon, EUA, e dedica-se a ensinar o conceito de atenção plena bem como sua aplicação ao cotidiano e à alimentação. É cofundadora do mosteiro zen Great Vow.

Dia Mundial das Doenças Raras: três a cada dez pessoas desconhecem as enfermidades no Brasil

 


Levantamento realizado pelo IBOPE Inteligência, a pedido da Pfizer, mostra lacunas que atrapalham a identificação e o tratamento dos casos de doenças raras

Quem se depara com a definição de uma doença rara não imagina o impacto que esse grupo de enfermidades apresenta na sociedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde e a Política Brasileira de Doenças Raras, são consideradas raras as doenças que afetam menos de 65 pessoas entre 100 mil indivíduos1, mas, quando observados em âmbito global, os números ganham proporções expressivas, afetando a vida de mais de 300 milhões de pessoas - 13 milhões delas brasileiras².

Estima-se que existam entre seis e oito mil doenças raras no mundo, 85% delas decorrentes de fatores genéticos e, as demais, de causas ambientais, infecciosas, imunológicas3, o que reforça a importância do incentivo à investigação sobre a hereditariedade familiar e sobre sintomas que podem parecer comuns, mas apresentam progressões contínuas.

Degenerativas, crônicas, progressivas e incapacitantes, grande parte das doenças raras ainda não possui cura e pode, até mesmo, levar o paciente à morte. Mas esse cenário pode ser transformado por meio do diagnóstico e o tratamento precoce, capazes de aliviar sintomas e melhorarem a qualidade de vida do paciente, evitando ou retardando comprometimento das funções do organismo. Para isso, é preciso combater um grande problema encontrado no enfrentamento das doenças raras: a desinformação.

De acordo com a pesquisa “Doenças Raras no Brasil - diagnóstico, causas e tratamento sob a ótica da população”, realizada pelo IBOPE Inteligência a pedido da Pfizer em 2020, três a cada dez brasileiros desconhecem o que são as doenças raras.           Dúvidas sobre a importância do diagnóstico precoce e sobre a oferta de tratamentos gratuitos também foram evidenciadas pelo estudo, que foi aplicado a 2 mil brasileiros, a partir dos 18 anos de idade, nas regiões do Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador e Porto Alegre. Em São Paulo, a amostra de entrevistados foi colhida na capital.

Quase metade dos entrevistados (42%) não sabe se identificar precocemente uma doença rara pode fazer diferença na qualidade e no tempo de vida dos pacientes e cerca de um a cada cinco acredita, erroneamente, que "o diagnóstico precoce não faria diferença para as doenças raras, uma vez que a maioria dessas enfermidades não tem cura".

A diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, reforça que, com um diagnóstico precoce e o tratamento adequado, é possível controlar o quadro clínico e ter uma vida com qualidade: "a maioria das doenças raras progride com o passar do tempo, apresentando um aumento na intensidade dos sintomas e um risco maior de levar o paciente a um quadro de incapacidade. Por isso, é preciso conscientizar a população a respeito da importância do diagnóstico precoce. Muitas vezes, ao identificar a doença logo após os primeiros sintomas, o médico consegue promover benefícios significativos, como o retardo do avanço da doença e a prevenção de danos irreversíveis".

A pesquisa ainda apontou desconhecimento a respeito do tratamento das doenças raras no Brasil. Quase um terço dos participantes (28%) não tem nenhuma informação sobre o assunto, enquanto um a cada cinco acredita, de forma equivocada, que nenhum dos tratamentos disponíveis no Brasil seja oferecido no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Para alguns, ainda existe a crença de que é possível tratar doenças raras apenas fora no Brasil, em países da Europa ou nos Estados Unidos, como mostra a tabela abaixo:

Atualmente, o SUS conta com 36 Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDTs)³ para doenças raras, com orientações que levam em conta as enfermidades desse segmento que são consideradas prioritárias para o Brasil pelo governo, como a polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), mais comum em descendentes de portugueses. Grande parte desses tratamentos tem o objetivo de controlar a doença, mas não há cura para a maioria desses quadros. Esse é, contudo, outro ponto de confusão entre os respondentes da pesquisa: mais de um quarto dos entrevistados (26%) acredita que a maioria das doenças raras pode ser curada, taxa que sobe para 28% entre aqueles com 55 anos ou mais de idade.


Dia Mundial das Doenças Raras

Lembrado no dia 29 de fevereiro, o dia mais raro do calendário ocidental, o Dia Mundial das Doenças Raras foi instituído pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis) para conscientizar a população sobre essas enfermidades. No Brasil, também foi oficializado o Dia Nacional de Doenças Raras, por meio da Lei nº 13.693, de 10 de julho de 2018, representando mais um avanço no apoio aos pacientes.

Este ano, seguindo o tema dos anos anteriores, o Dia Mundial das Doenças Raras traz o lema: ser raro é ser muitos, ser raro é ser forte, ser raro é ter orgulho de sê-lo4. A mensagem reafirma a presença ativa dos pacientes de doenças raras na sociedade, combatendo a exclusão desses pacientes.      Liderada mundialmente pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis), a data busca levar mais informação à população e reforçar a igualdade para pessoas com doenças raras.

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Conselho de Biologia alerta para repetição da tragédia no Pantanal

 


Apesar da regularização das chuvas, Biólogos indicam que é preciso agir agora para evitar nova destruição do bioma na estação de seca


Campo Grande e Cuiabá, 25 de fevereiro de 2021 – O Conselho Regional de Biologia da 1ª. Região (CRBio-01), cuja jurisdição engloba os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, apela para que as autoridades tomem medidas e a sociedade se mobilize para evitar uma nova onda de incêndios generalizados no Pantanal durante a próxima estação de seca, nos meses de maio a outubro.

No ano passado, mais de 22 mil focos de incêndio consumiram pelo menos 30% da vegetação nativa do bioma. A tragédia aconteceu devido à combinação da seca prolongada – um fenômeno natural agravado pelo aquecimento global e desmatamento – com a ação humana, por vezes criminosa, e o desleixo do poder público.

“Mesmo com toda a destruição no ano passado, com toda a comoção nacional, nada foi feito. Os governos ainda não colocaram em prática as medidas preventivas que tanto discutimos. A hora de agir é agora”, ressalta o Biólogo José Milton Longo, responsável pela delegacia do CRBio-01 em Campo Grande (MS).

 

Condições climáticas

O Pantanal é uma planície que se estende por três países: Brasil (com 62% da área), Bolívia (20%) e Paraguai (18%). No Brasil, a porção norte do Pantanal está no estado de Mato Grosso e a porção centro sul no estado de Mato Grosso do Sul.

A alma do Pantanal é o Rio Paraguai, cujas cabeceiras estão em Mato Grosso. A região é marcada por estações bem definidas de chuva e seca. Na atual estação de chuvas, as precipitações, principalmente nas cabeceiras do Paraguai, elevam o nível do rio, que transborda e gradativamente alaga primeiro a porção norte do Pantanal, depois a parte central e sul.

As lagoas (ou baias) do Pantanal são berçários de peixes, que atraem aves e toda uma extensa cadeia de predadores. A exuberância da fauna e flora na cheia atrai turistas, principalmente para a sub-região de Poconé (MT) e ao longo da Estrada Transpantaneira e da Estrada Parque, na região de Miranda e Corumbá (MS).

Com o fim das chuvas, as lagoas secam gradativamente e dão lugar ao campo limpo (área predominante de capim), campo sujo (com alguns arbustos e poucas árvores) e campo de murundum (com ilhas de árvores e arbustos) na estação de seca, que perdura aproximadamente de maio a outubro. Os incêndios costumam acontecer principalmente no fim do período de seca, com risco agravado pela substituição do capim nativo da região pelo capim africano, mais volumoso, promovida pelos pecuaristas.

O Biólogo Ibraim Fantin da Cruz, professor doutor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e especialista na bacia hidrográfica do Rio Paraguai, explica que a intensidade da seca sazonal tem relação direta com o volume de chuvas durante o ano. O melhor balizador para a situação climática do Pantanal é o nível do Rio Paraguai, cuja medição é feita desde o início do século 20 pela Régua de Ladário, na base fluvial da Marinha em Corumbá (MS).

De acordo com o portal da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), pela Régua de Ladário, o nível do Rio Paraguai estava em 1,48 metro em 24/2/21, muito próximo do nível de 1,50 metro em 24/2/20. A situação atual seria, por esse parâmetro, igual à do ano passado.

No entanto, Ibraim Fantin esclarece que a seca no Pantanal em 2020, a maior em cerca de 50 anos, foi resultado do baixíssimo volume pluviométrico na região em 2019 e 2020. Mas, a partir da segunda quinzena de dezembro de 2020, voltou a chover dentro do padrão histórico e assim foi também em janeiro e fevereiro de 2021.

Quanto ao futuro, os modelos climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, preveem que o volume pluviométrico no Pantanal continuará próximo ao padrão histórico até agosto, segundo Ibraim Fantin. Ou seja, a previsão é de que o nível do Rio Paraguai subirá gradativamente nos próximos meses e recuperará parte das perdas nos últimos dois anos.

“Tivemos um atraso, mas a cheia já começou no norte do Pantanal, uma vez que os níveis dos principais rios, como o próprio rio Paraguai na altura de Cáceres e o rio Cuiabá, em Cuiabá, já estão dentro do normal para o período. Vamos ter uma cheia modesta em todo Pantanal nessa estação de chuvas, mas a cheia vai acontecer”, prevê Ibraim Fantin. “Na estação de seca, o Rio Paraguai deve ficar dentro do padrão normal, mas abaixo da média histórica. A expectativa é de uma situação melhor do que a de 2020. Uma situação de alerta, mas não crítica como a do ano passado”.

 

Medidas preventivas

Quanto à situação climática, só é possível torcer para que as previsões do Inpe se concretizem. Ainda que o regime pluviométrico se mantenha nos níveis históricos durante o ano, a situação na estação de seca será de alerta.

O Biólogo Luiz Antonio Solino, professor da Universidade de Várzea Grande (Univag), de Mato Grosso, conselheiro da ONG Fundação Ecotrópica e representante do CRBio-01 no Fórum Mato-Grossense de Mudanças Climáticas, reafirma a importância de o poder público colocar em prática iniciativas de prevenção amplamente discutidas durante a crise, mas aparentemente deixadas de lado.

A primeira recomendação dos especialistas é a criação de brigadas de incêndio locais do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Solino defende que, na época da seca, as brigadas fiquem sediadas em municípios e pousadas – em geral, o fluxo de turistas acontece apenas na cheia – próximos aos focos de incêndio.

A capilarização das brigadas permitiria o rápido deslocamento das equipes para o combate aos incêndios. Solino explica que a logística de deslocamento no Pantanal é complexa e que uma equipe do PrevFogo pode demorar até dois dias para chegar, por exemplo, de Corumbá até um foco de incêndio.

Os brigadistas do PrevFogo, em geral, são civis contratados temporariamente pelo Ibama. Solino sugere que os contratados sejam moradores da região.

Outra medida de prevenção fundamental é o aumento da fiscalização. Grande parte dos incêndios no ano passado foi criminosa. Os proprietários de terras no Pantanal podem realizar queimas controladas, desde que autorizados pelo poder público e com as devidas precauções para contenção do fogo. Em 2020, e em menor escala nos anos anteriores, houve muitas queimadas não autorizadas que fugiram do controle e tornaram-se incêndios de grandes proporções, o que se enquadra como cometimento de crime ambiental.

“Até agora, os inquéritos abertos pela Polícia Federal não chegaram aos responsáveis pelos incêndios no ano passado”, ressalta Solino. “O mais preocupante é o atual desaparelhamento dos órgãos de fiscalização, responsáveis pelas autuações aos infratores, como as secretarias de meio ambiente, que têm contingentes pequenos e concentrados nas capitais”.

Para que a tragédia não se repita este ano, os governos federal, estaduais e municipais precisam investir em contratação de recursos humanos para as brigadas e órgãos de fiscalização, treinamento das equipes, criação de infraestrutura local e compra de materiais, como equipamentos de proteção individual, além do aluguel de helicópteros para deslocamento e aviões com capacidade para despejar água sobre as áreas em chamas.

Sobre as queimas controladas, Solino esclarece que a prática é legal e é tradicionalmente praticada pelos proprietários rurais para a limpeza do pasto. Realizar queimas controladas em pequena escala no início da estação de seca pode ser, inclusive, uma boa estratégia para diminuir a quantidade de capim potencialmente combustível no período mais agudo da seca.

No entanto, Solino adverte que as queimas controladas só podem ser realizadas com autorização do poder público e sob condições estritas de segurança, supervisionadas e operacionalizadas por brigadistas do PrevFogo. A área da queimada deve ser cercada por um buraco que impeça a progressão do fogo para outras localidades. No caso de mudança do vento ou de outra circunstância de risco, os brigadistas apagam o fogo. No entorno da área, não pode haver outras queimadas, de maneira que haja uma rota de escape para os animais.

Solino enfatiza também a necessidade do estabelecimento de um sistema mais ágil de monitoramento dos focos de incêndio, que se somaria à atual vigilância por imagens de satélite. Ele propõe a construção de torres de observação, de onde fiscais possam visualizar rapidamente sinais de fumaça. As torres permitem boa visibilidade na planície do Pantanal.

O projeto de torres de observação foi discutido pelas autoridades locais e tem como principal entrave a necessidade de autorizações de proprietários rurais para as construções em terras privadas. Solino defende, então, que os governos instalem as torres em áreas públicas, como reservas, parques e ao longo de estradas.

Para além das medidas imediatas de prevenção, os Biólogos especialistas apontam que a preservação do Pantanal passa pela educação ambiental de proprietários rurais, populações locais e da sociedade como um todo.

José Milton Longo, responsável pela delegacia do CRBio-01 em Campo Grande, lamenta a ausência do trabalho efetivo de educação ambiental nas escolas e de programas dirigidos a pecuaristas e populações que habitam o Pantanal.

“Precisamos de muita educação, sobretudo educação ambiental, que hoje é pontual. Os produtores precisam entender que há alternativas para a limpeza dos pastos sem a utilização do fogo”, defende Longo. “A conscientização, e urgente, é o único caminho para evitarmos o réquiem do Pantanal”.

 

Máscaras caseiras são apontadas como inseguras contra a Covid-19

 


Com o surgimento de novas cepas do vírus, países europeus endureceram as regras para o uso de máscaras, proibindo as de pano e de tecido sem filtro e recomendando as cirúrgicas/médicas como sendo as que realmente protegem


São Paulo, 25 de fevereiro de 2021 – Não é de hoje que se sabe que as máscaras caseiras de qualquer tecido sem filtro, mesmo com três camadas, não oferecem uma real proteção contra o novo coronavírus quando comparadas às máscaras cirúrgicas de tripla proteção e filtro meltblown, que são apropriadas tanto para uso médico/hospitalar como para uso civil. Na Europa, países como Alemanha, Áustria e França já baniram o uso das máscaras caseiras, por um motivo urgente: conter a transmissão das novas cepas do vírus, que são mais contaminantes.


Com o surgimento de uma nova cepa no Brasil, identificada primeiramente na Amazônia e que já está sendo disseminada por todo o país, o Dr. Jorge Luiz Araújo Filho, consultor da máscara Pradix e do e-commerce Máscara Delivery Original, faz um apelo: “As máscaras caseiras de pano devem ser trocadas urgentemente pelas cirúrgicas, para que possamos conter a pandemia. Repito: já passou da hora de aposentar a máscara de pano. As pessoas precisam entender que, no contexto geral, trata-se de uma questão de vida ou morte, então o que pudermos fazer para diminuir o número de mortes e infecções é extremamente válido”, afirma o Dr. Jorge Luiz.


A superioridade das máscaras cirúrgicas de tripla camada, com filtro meltblown, com relação às de pano e caseiras, se dá por uma série de razões. O especialista em Biossegurança lista os motivos que o levam a defender o uso mais amplo da máscara cirúrgica de uso civil no Brasil:


- As máscaras cirúrgicas de tripla camada com filtro meltblown, como as da marca Pradix, são industriais, ou seja, são fabricadas e testadas especialmente para oferecer mais de 96% de proteção na retenção de partículas, inclusive aerossóis, mantendo um maior conforto respiratório. Elas são indicadas para o uso diário, porém devem ser trocadas sempre que ficarem úmidas e são a melhor opção em proteção e fluxo respiratório para que a pessoa proteja a si mesma e aos outros da Covid-19, com maior conforto respiratório (o que leva à maior adesão ao uso).


- A trama dos tecidos das máscaras caseiras de pano, que comprovadamente não têm a mesma eficácia de proteção que as máscaras cirúrgicas, com o tempo vai ficando cada vez mais aberta com as lavagens, filtrando cada vez menos. Já no primeiro uso, elas não são suficientemente seguras contra o novo coronavírus, como diferentes países europeus já estão apontando, baseados em diversos estudos.


- Já as máscaras de uso estritamente hospitalar, como as usadas nas UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo), como a N95 e PFF2, não são viáveis para um amplo uso pela população por dois motivos: primeiro porque são extremamente desconfortáveis para respirar, o que leva ao uso displicente, e segundo porque são produzidas em menores escalas, para direcionamento prioritário aos hospitais.


Sobre a máscara de proteção Pradix® – Marca do Grupo Procomex, especializado em comércio exterior e que há 25 anos atende diferentes demandas de importação e exportação, proporcionando aos clientes operações seguras e confiáveis. As máscaras Pradix são descartáveis de TNT de tripla proteção para uso hospitalar e civil em todo o Brasil. Além de oferecer mais de 96% de proteção de acordo com os test reports da fabricante no combate a vírus, poeira, fumaça, pólen, bactérias e fungos, elas possibilitam maior conforto para respirar e se adequam a todos os tipos de rosto. Suas três camadas de proteção são compostas de uma camada exterior de tecido não tecido TNT que repele água, uma camada intermediária de tecido fundido (filtro meltblown) e uma camada interna de tecido não tecido amigável à pele. A empresa possui AFE (Autorização de Funcionamento Especial da Anvisa), certificação CE Europeu, FDA USA e CFDA Certificadora Chinesa. Contatos para compras de alto volume: (11) 2339-5971 / (11) 2339-5978 / WhatsApp (47) 99214-4604/ comercial@procomex.net.br/ contato@pradix.com.br. Para vendas ao consumidor final e mais informações, por favor acesse www.mascaradeliveryoriginal.com.brwww.mascaradelivery.com.br.


Sobre o Dr. Biossegurança – O Dr. Jorge Luiz Araújo Filho (Dr. Biossegurança) é Bacharel em Ciências Biológicas (UFPE), Mestre em Patologia (UFPE), Doutor em Ciências Biológicas pela UFPE (2011) e especialista em Ativação de Processos de Mudanças na Formação Superior de Profissionais de Saúde (ENSP/FIOCRUZ). Experiência administrativa na Coordenação do Eixo Básico do Curso de Medicina (UNIFIP); Facilitador de Grupo Tutorial na Metodologia da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP/PBL) no Curso de Medicina. Atua como Professor, Palestrante e Consultor em Biossegurança.