quinta-feira, 13 de maio de 2021

Plano Integrado inicia recebimento de projetos das entidades de Segurança Pública de Araxá

 


Projetos que serão desenvolvidos em curto, médio e longo prazo foram entregues por alguns dos órgãos de Segurança Pública de Araxá para a Secretaria Municipal de Governo. Esse foi o segundo encontro do grupo do Plano Integrado de Segurança Pública, criado para unificar as ações realizadas por esse setor no município. Outro objetivo da iniciativa é proporcionar melhores condições de trabalho aos segmentos.

A cada reunião, o projeto inicial de colocar Araxá como o município mais seguro de Minas Gerais e entre as três cidades mais pacíficas do país tem novas metas traçadas em conjunto com os participantes.

Nos próximos 15 dias, os projetos de melhorias para a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, 37º Batalhão de Polícia Militar, Presídio Regional de Araxá, 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros, Tiro de Guerra, Apac e Consep serão avaliados.

Aprovado pelo prefeito Robson Magela e coordenado pelo vice-prefeito e secretário municipal de Governo, Mauro Chaves, o Plano Integrado de Segurança Pública vai inserir outros setores e criar uma identidade, além de buscar recursos para viabilizar viaturas e a construção de edificações próprias para quem desempenha as funções em prédios cedidos ou alugados.


UNIARAXÁ INFORMA:


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COLUNA DO LUIS BORGES:

 

Lidando com uma expectativa frustrada

por Luis Borges  11 de maio de 2021  Pensata


Lá num dia não tão belo do verão do ano passado ficamos sabendo que a Covid-19 tinha chegado ao Brasil e logo veio a informação sobre a primeira morte causada pelo vírus. Fomos surpreendidos pelo acontecimento que chegou trazendo medo, incerteza, insegurança e ansiedade diante do que estaria por vir.

O que e como agir diante da nova conjuntura? Naquele momento, desenhar cenários era mais difícil ainda. Desde o início ficou claro que não havia unidade de ação entre os entes federativos para combater o problema, que era nacional e mundial, conforme reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De lá para cá quase todo mundo sabe ou tem alguma noção do que foi feito ou deveria ter sido feito. Mas hoje, proponho uma reflexão sobre o processo de vacinação. Tomo como exemplo o município de Belo Horizonte.

Na semana passada, entre os dias 3 e 7 de maio, as pessoas da faixa etária de 64 a 67 anos esperavam receber a segunda dose da vacina Coronavac, produzida em parceria pelo Butantan com a chinesa Sinovac. Essas pessoas começaram seu ciclo de imunização em abril e receberam o cartão de vacinação marcando a segunda dose para até 28 dias após a primeira agulhada no braço, o que seria em maio. Depois dessa agulhada, surgiu naturalmente a expectativa de algo bom para acontecer – a imunização completa – mantida pela municipalidade até a tarde da sexta-feira, 30 de abril.

Só a partir dai é que a Prefeitura começou a assumir que não tinha, em estoque, as quase 80 mil doses da Coronavac necessárias para o cumprimento do cronograma para todas as pessoas dessa faixa etária. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde a causa foi a orientação do Ministério da Saúde para que não se reservasse estoque para garantir a segunda dose, pois outras remessas chegariam em tempo hábil. Porém, isso não aconteceu e, com isso, o cronograma de vacinação foi atrasado. Essa informação foi repassada via imprensa pois, para quem consultou o portal da Prefeitura até o dia 06 de maio, a informação era conflitante e dizia que havia estoque de Coronavac, o que não era verdade. As causas internas dessa diferença cabe à Prefeitura explicar.

O fato é que ficou uma frustração para quem tinha a expectativa de concluir o processo de imunização no prazo marcado. Alguns até compareceram aos postos esperando “dar uma sorte” e outros ainda tentam entender os impactos para a saúde de esperar mais 10 ou 15 dias além do prazo inicialmente fixado. Hoje, 11 de maio, a Prefeitura está aplicando a segunda dose apenas para os que tem 67 anos, fazendo uma “rapa” do estoque e juntando com algumas doses que recebeu do Ministério da Saúde. Para os idosos de 64 a 66 anos resta seguir aguardando.

Essa acaba sendo uma boa oportunidade para refletirmos sobre nossas reações diante de um processo sobre o qual não temos autoridade nem controlamos, como no caso da pesquisa, produção, aquisição, distribuição e aplicação das vacinas. Se a expectativa for maior do que a realidade acabaremos sofrendo – e muito.

O que nos resta é treinar nossas competências emocionais para aumentar a paciência, a perseverança e a resiliência para nos fortalecer no enfrentamento de tantos problemas que a pandemia trouxe. Isso também não deixa de ser um cuidado mental que devemos ter.

Audiência Pública debate PEC da Reforma Administrativa na Câmara de Araxá

 



A Câmara Municipal de Araxá realizou, nesta quarta-feira (12), Audiência Pública sobre a PEC 032/2020, que trata da Reforma Administrativa que pode afetar os servidores públicos da União, Estados e Municípios. A reunião foi solicitada pelo presidente da Casa, vereador Raphael Rios, e contou com a participação de parlamentares, diversas autoridades e representantes de classes, de forma presencial e remota.

Chamada pelo governo de PEC da Nova Administração Pública, a proposta originalmente altera 27 trechos da Constituição e introduz 87 novos, sendo quatro artigos inteiros. As principais medidas tratam da contratação, da remuneração e do desligamento de pessoal, válidas para quem ingressar no setor público após a aprovação das mudanças. Em uma segunda parte, a PEC traz regras transitórias e prevê a eventual atuação dos entes federativos na regulamentação, já que alguns dispositivos, se aprovados, dependerão de regulamentação posterior à promulgação das mudanças pelo Congresso Nacional.

O Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto), Hely Aires, criticou a proposta de Emenda à Constituição, principalmente por afetar os servidores da área da saúde em um momento de crise: “Isto é uma afronta aos direitos conquistados ao longo dos, e é uma afronta ao Poder Legislativo, por parte do Poder Executivo Federal. A estabilidade é aquilo que impede o servidor de virar moeda de troca no período eleitoral”, afirmou.

Quem também repudiou o teor da PEC foi Cosme Nogueira, presidente da  Federação Única Democrática de Sindicatos das Prefeituras, Câmaras Municipais, Empresas Públicas e Autarquias de Minas Gerais (Feserp): “O Governo Federal está aproveitando a pandemia para tentar dar andamento a um projeto nefasto para toda a sociedade brasileira, que vem retirar todo o conceito de seguridade social e que visa dar lucro para grandes empresas interessadas nessas mudanças”.

A diretora de Formação Política e Sindical do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Fanny Ferreira Melo, afirmou que a PEC pode ter um discurso de enxugamento mas prejudica o cidadão em geral com o desatendimento. Por videoconferência, o Deputado Estadual Professor Cleiton, clamou para que não sejam cometidos erros parecidos com os da reforma da Previdência, que prejudicou os servidores e consequentemente o estado de bem-estar social. 

Além da participação de diversos líderes sindicais e sociais, o encontro também contou com grande audiência no canal da Câmara no YouTube, alcançando espectadores nos municípios de Teófilo Otoni, Três Corações, Varginha, São João Nepomuceno, Pirapora, São Sebastião do Paraíso, Sacramento, Divinópolis, Cambuquira, Leopoldina e Nova Serrana.

No encerramento da sessão, o presidente Raphael Rios passou a palavra para o Dr. Eduardo de Souza Maia, Diretor de Assuntos do Ministério Público na Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB). “A nossa arma no momento é esta que trouxemos aqui: o conhecimento. O servidor público faz parte de uma categoria qualificada e a destruição do serviço público não fará do Brasil um país melhor”, ponderou.


CBMM INFORMA:



 LINK CBMM https://youtu.be/pFAnL0bCVlg


O que leva uma cidade a estar entre as mais inteligentes do mundo? Especialistas em urbanismo e tecnologia comentam

 



Inovação no desenvolvimento urbano e aplicação tecnológica na infraestrutura são alguns pontos importantes para classificar uma cidade como inteligente. Mas é preciso mais do que isso para alcançar um patamar internacional de referência no setor de planejamento urbano. E foi isso que aconteceu com Curitiba: a capital foi eleita, pela terceira vez consecutiva, uma das 21 comunidades mais inteligentes do mundo, segundo o Intelligent Community Forum (ICF). O ranking, divulgado recentemente, leva em consideração fatores como governança para prosperidade econômica, saúde social e riqueza cultural. A capital paranaense é a única da América Latina na listagem, e aparece ao lado de cidades como Belfast (Irlanda do Norte), Filadélfia (EUA) e Moscou (Rússia).

 

Mas o que faz a capital paranaense integrar o Smart21 Intelligent Communities de 2021? Muito antes do surgimento das chamadas “smart cities”, Curitiba já estava rumando no caminho da inovação, exportando conceitos de urbanismo para o mundo. “Em um determinado momento da história da cidade, houve uma lacuna neste legado, mas nos últimos anos Curitiba resgatou a disposição para evoluir neste sentido”, explica Paulo Hansted, CEO da startup MCities, especializada em comunicação inovadora e experiências urbanas.

 

De acordo com o especialista, a disposição geográfica, populacional, mercadológica e crítica de Curitiba criam um ambiente historicamente perfeito para testar e difundir ideias inovadoras. “A cidade conta com um ecossistema muito propício para testar e validar soluções antes de buscar a escalabilidade de qualquer proposta. Entendo que as cidades adjacentes deveriam aproveitar esta disposição de Curitiba, como uma mola propulsora para suas evoluções”, diz Hansted.

 

Segundo Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, a inclusão da capital no ranking das 21 comunidades mais inteligentes do mundo, pelo terceiro ano consecutivo, reflete a persistência da cidade, mesmo durante a pandemia, em construir uma economia e estrutura sociais sustentáveis e eficientes para as atuais e novas gerações. "A Prefeitura e todo o ecossistema de inovação de Curitiba, que integram o Vale do Pinhão, estão trabalhando juntos e investindo para garantir que as próximas gerações prosperem”, reforça ela.

 

Cidades inteligentes

 

Com a experiência de quem já passou por mais de 17 países, estudando os movimentos desta indústria, Paulo define as cidades inteligentes como aquelas que destacam principalmente a aplicação da tecnologia na infraestrutura das cidades, para a melhoria da qualidade de vida nos grandes centros urbanos. “Em um universo perfeito, o elemento humano ganha mais protagonismo, sendo o centro da causa e não apenas o beneficiário. Uma cidade inteligente reflete soluções que a tornam mais humana, solidária e democrática”, explica.

 

Próximos passos para Curitiba

 

Segundo Hansted, Curitiba é um polo de ecossistemas pulsantes de empresas de inovação, um berço de fintechs, com destaque para empresas como Ebanx e Juno, foodtechs e muitas outras, e uma maior integração destes setores poderia alavancar este crescimento. “A meu ver, uma nova mudança de patamar, consolidando mundialmente a cidade, ocorrerá quando houver uma integração destes clusters, quando todos trabalharem ‘juntos e misturados’, porque a alquimia de possibilidades que pode surgir disto é algo muito interessante e único no país”, diz.

 

Para que Curitiba siga trilhando o caminho da inovação, conta-se com as políticas do município, incentivando e criando oportunidades para mentes inovadoras, somadas ao espírito empreendedor de alguns pioneiros desta nova geração. “Importante sinalizar que ainda há muito a evoluir, muito mesmo. Tudo isto é muito recente e cercado de um ambiente econômico com condições muito distantes e diferentes do que cidades que estão à frente da nossa. Isto só engrandece o mérito da conquista”, complementa o especialista.

 

Ações desenvolvidas em meio a pandemia, buscando minimizar o impacto econômico e social, podem ter consequências futuras positivas. Entre elas, a oferta de capacitações gratuitas do Sebrae/PR para quem quer empreender ou modernizar o negócio em áreas como varejo e turismo, e investimentos de R$ 2 bilhões em obras de infraestrutura no município. Cris cita, por exemplo, o Plano de Retomada Econômica de Curitiba, lançado no segundo semestre de 2020, que comtempla ações que permitem à capital manter a economia e estrutura sociais ativas. "O Fundo de Aval da Prefeitura, por exemplo, já viabilizou R$ 6 milhões, entre outubro de 2020 e abril de 2021, em empréstimos para pequenos empreendedores de Curitiba, que não teriam acesso a financiamentos sem a garantia dada pelo município", observa ela.

 

Inovação no Brasil

 

De acordo com Paulo Hansted, em um país com tamanho continental, como o Brasil, o processo de inovação acaba se tornando muito heterogêneo. “Cada região possui suas características culturais, sociais e econômicas completamente diferentes. Com problemas, desafios e necessidades tão singulares, torna-se complexa a forma de desenvolvimento nacional linear. Sendo assim, as soluções customizadas para cada região acabam sendo o melhor caminho a seguir”, completa.

Futebol é motivação, a pandemia mudou o repertório das equipes



A pandemia da covid-19 veio alterar o cotidiano a que estávamos habituados, incluindo a forma como vivemos o desporto e principalmente o futebol.

O PhD, neurocientista e neuropsicólogo Fabiano de Abreu comenta o tema sob a sua perspectiva e as alterações mais evidentes.

"A ausência de torcida, o silêncio nos estádios, a falta de incentivo e estímulos dos torcedores para os jogadores, a ausência do calor humano, tudo isso afeta o psicológico dos jogadores negativamente já que estavam adaptados a um outro cenário. Por mais que crie novos fomentos de estímulos para motivar os jogadores, o subconsciente não esconde a realidade vivida, unificada a essa atmosfera sombria em que vivemos. ", inicia.

O neurocientista aborda a importância dos estímulos e em como toda a carga emotiva e condicionantes mentais interferem em todo o esquema.

"Os jogadores são movidos pelos estímulos, não só da vitória e da meta para o título, mas há também o estímulo de momento. Estímulos de meta não são os mesmos de momento, que podemos até chamá-lo de empolgação. Adrenalina, noradrenalina, dopamina, ocitocina, GABA, acetilcolina, glutamato, endorfina, serotonina, todos esses neurohormônios estão envolvidos na vontade e desempenho dos jogadores e um grito de torcida é um estímulo imediato que pode ser determinante no impulsionamento de cada instante do jogador. ", esclarece Abreu.

A competência das equipes e o seu desempenho decaiu largamente e esse fenômeno pode ser observado em vários campeonatos do mundo.

"Vimos o Flamengo campeão brasileiro, mas com um desempenho abaixo, mas que sobressaiu pelo elenco muito acima dos demais, em Portugal vimos o Sporting com um elenco sem nomes famosos ganhar o campeonato que não ganha há 19 anos. Nas cinco melhores ligas europeias, segundo o "ranking" UEFA, apenas na Alemanha é que o campeão lidera o campeonato nesta fase, com o Bayern de Munique. Na Espanha vemos o Atlético de Madrid com uma vantagem confortável para os rivais Barcelona e Real Madrid. Em Inglaterra, o Manchester City, na França o Lille, na Itália Inter de Milão. ", argumenta.

Segundo Abreu, a ciência pode ajudar a explicar todos estes fenômenos e em jeito de conclusão ele deixa uma questão:

"Será que ainda há dúvidas que a torcida faz uma diferença enorme? A Neurociência explica. Se eu fosse presidente de um clube, contrataria neurocientistas-biólogos ou neurocientistas-psicólogos para cuidar da motivação do grupo."