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sexta-feira, 20 de agosto de 2021
Olho seco pode afetar 6 em cada 10 pacientes com glaucoma
O
olho seco, cujo nome médico é ceratoconjuntivite seca, é uma doença que
afeta de 8 a 30% da população em geral, acima dos 40 anos. Contudo, a
prevalência em quem tem glaucoma pode chegar a quase 60%.
Estudos ao longo dos anos apontaram uma forte relação do olho
seco com o glaucoma. A razão é que os medicamentos usados para controlar
a pressão intraocular (PIO), principal fator de risco para o glaucoma,
podem afetar a saúde do filme lacrimal, resultando no olho seco.
Segundo a oftalmologista Dra. Maria Beatriz Guerios, especialista em glaucoma, trata-se de uma condição muito delicada.
“O uso de colírios para o tratamento do glaucoma é uma
estratégia importantíssima para o controle da pressão intraocular.
Entretanto, com o tempo, há efeitos adversos desses fármacos que causam
um desequilíbrio no filme lacrimal”.
“O motivo é que os colírios possuem conservantes e excipientes
que alteram as estruturas celulares. Com isso, surgem anormalidades no
filme lacrimal levando aos sintomas do olho seco”.
“Além disso, estudos já demonstraram que essas alterações
causam uma inflamação crônica na superfície ocular, bem como reduzem a
adesão do paciente à terapia. Por último, ambas as doenças diminuem a
qualidade de vida de forma significativa”, comenta Dra. Maria Beatriz.
Sinais e sintomas
Os principais sintomas do olho seco são dor, ardência,
irritação, coceira, vermelhidão e sensação de corpo estranho nos olhos.
Estudos mostraram que nos pacientes com glaucoma, o olho seco também
causa diminuição da acuidade visual.
Os pacientes relatam dificuldades para realizar atividades da
vida diária, como ler, dirigir, assistir televisão e usar os
dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores.
"Outra consequência do olho seco em conjunto com o glaucoma, é
que a redução das lágrimas resulta em concentrações mais altas dos
colírios na superfície ocular. Por fim, a aplicação desses medicamentos
pode ser mais desconfortável na presença dos sintomas de secura ocular",
comenta a médica.
Tratamento
A especialista ressalta que o principal objetivo do tratamento
do olho seco nos pacientes com glaucoma é minimizar a resposta
inflamatória, optando por medicamentos que poupem a superfície ocular,
com formulações sem conservantes.
“Outra estratégia importante é unir o tratamento das duas
condições logo no início do diagnóstico do glaucoma. É preciso
reconhecer e tratar, precocemente, os sintomas da ceratoconjuntivite
para reduzir os efeitos desses medicamentos na superfície ocular".
Atualmente, há evidências de que é possível optar por terapias
alternativas aos colírios. Hoje, os procedimentos minimamente invasivos,
como os stents intraoculares e a trabeculotomia a laser, podem ser
opções para controlar a pressão intraocular em alguns pacientes.
"Mas, essa estratégia depende de vários fatores, como o tipo de
glaucoma. Ou seja, o tratamento precisa ser individualizado”, reforça
Dra. Maria Beatriz.
Por último, quando não há indicação para procedimentos
cirúrgicos, alguns pacientes com olho seco podem se beneficiar da
terapia de luz intensa pulsada.
“Esse tratamento reduz a inflamação da superfície ocular, bem
como ajuda a desobstruir as glândulas que produzem as substâncias que
compõem o filme lacrimal. A grande vantagem da luz pulsada é a remissão
dos sintomas a longo prazo. Sem dúvidas, isso contribui para o
tratamento do glaucoma e melhora da qualidade de vida”, finaliza a
oftalmologista.
Queda capilar aumentou 400% na pandemia
Especialista em couro cabeludo e fios explica as causas da perda dos fios
Todos os dias caem entre 100 a 150 fios de cabelo. Porém com o cenário mundial provocado pela pandemia da Covid-19 houve um expressivo aumento.
Um estudo do Jornal da Academia de Dermatologia dos Estados Unidos, aponta que a queda capilar em homens e mulheres aumentou cerca de 400% desde o inicio da pandemia no primeiro trimestre de 2020. Seja pelo estresse causado pela nova rotina ou ainda um dos efeitos colaterais após o contágio com o vírus.
A tricologista funcional Valine Alencar explica que “O estresse aumenta o cortisol no organismo que causa inflamação e o corona vírus provoca uma resposta exarcebada do sistema imunológico, causando danos ao organismo da pessoa. Em ambos os casos o corpo reage fazendo priorização metabólica e direcionando os nutrientes e hormônios para reparação dos órgãos mais vitais".
A profissional fala ainda sobre diversos cuidados que a pessoa precisa ter para um tratamento eficaz. "Após a avaliação do paciente vamos estabelecer um cronograma de desintoxicação do corpo e cuidados diversos com o couro cabeludo para recuperar a saúde e os fios”, finaliza.
Mais sobre a tricologista Valine Alencar
Valine Alencar é tricologista funcional, membro da Academia Brasileira de Tricologia (ABT), terapeuta ortomolecular, aromaterapeuta, fitoterapeuta. Há 10 anos dedica-se aos cuidados com o couro cabeludo, cabelos e fios, com protocolos orgânicos, naturais que atendem homens, mulheres, gestantes, idosos e crianças.
@valinealencar.tricologia outras informações no site: www.valinealencartricologia.com
O remédio mais caro do mundo: a luta de crianças com AME pela sobrevivência custa R$ 9 milhões
O pequeno Rafinha está numa corrida contra o tempo. Portador de Atrofia Muscular Espinhal (AME), o bebê completará 2 anos em dezembro e, por isso, tem apenas quatro meses para iniciar um tratamento com o remédio conhecido como “o mais caro do mundo”, o Zolgensma, que custa R$ 9 milhões. O tipo 1 da doença, que acomete o bebê, é o mais agressivo, e é bastante raro que crianças que sofrem dele cheguem aos 2 anos de idade. No próximo dia 24, a família de Rafinha terá uma audiência que decidirá se a União vai ou não arcar com esse custo. A fim de reforçar o apelo, os pais da criança coletaram mais de 30 mil assinaturas em uma petição, que será anexada ao processo judicial. O abaixo-assinado está hospedado na plataforma Change.org. Veja na íntegra: http://change.org/SalveORafinha Andreia dos Santos Melo, mãe de Rafinha, conta que a luta é pelo direito a uma vida com qualidade ao filho. “Nós fazemos um apelo ao TRF-5, Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que aprecie com urgência esse pedido. O Rafinha precisa dessa medicação. Que entendam que para o Rafinha esse é o tratamento adequado. O único tratamento que lhe trará, de fato, conforto e vida”, explica Andreia. “Peço que todos assinem essa petição, que deem voz ao meu filho, que quer tanto viver”, completa sobre a importância do abaixo-assinado. O pequeno está em busca do medicamento desde setembro do ano passado, quando seus pais entraram na Justiça. Foram abertos dois processos - um na justiça estadual de Pernambuco contra o plano de saúde e outro no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, pedindo que a União arque com os custos do medicamento. Embora aprovado pela Anvisa, no ano passado, o Zolgensma não está disponível no hall de medicações oferecidas pelo SUS. Atualmente, Rafinha faz tratamento com o remédio Spinraza, que é fornecido pelo Governo do Estado de Pernambuco. “O remédio Spinraza, outro tratamento para AME, foi incorporado no SUS em 2019, porém, é um tratamento invasivo e demanda muitas aplicações, feitas a cada quatro meses”, destaca trecho do abaixo-assinado criado pela campanha “Ame Rafinha Melo”. “As duas medicações estão entre as mais caras do mundo, mas o Zolgensma tende a ser mais econômico a longo prazo”, acrescenta o texto da petição online. Os pais de Rafinha acreditam que o “medicamento mais caro do mundo” será capaz de mudar a vida do filho. A petição online foi lançada por uma voluntária da campanha “Ame Rafinha Melo”, que além do abaixo-assinado também conta com uma página no Instagram, com mais de 11 mil seguidores, e uma vaquinha para ajudar na compra do remédio. O Zolgensma possibilita uma terapia gênica, tida como a melhor para pacientes com AME tipo 1. O tratamento da AME |
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Andreia, mãe de Rafinha, mobiliza apoiadores em campanha (Foto: Reprodução/Instagram) |
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A Atrofia Muscular Espinhal é uma doença genética rara e grave, que leva à degeneração de neurônios motores da medula espinhal. A incidência da AME é de 1 para cada 10 mil nascimentos. Existem quatro tipos da doença, sendo o 1 - o que acomete Rafinha - o mais grave e o 4, o menos, que permite aos seus portadores chegarem à idade adulta. A doença interfere na produção de uma proteína essencial para os neurônios motores. Sem ela, o portador pode não conseguir engolir, se mover e até mesmo respirar. A terapia com o Zolgensma é considerada “revolucionária”, pois, diferente de outros medicamentos que consistem em aumentar o nível das proteínas responsáveis pelo movimento do corpo, é um tratamento genético. Testada em crianças com menos de 2 anos, a terapia busca reparar os genes para que eles consigam produzir proteínas em quantidades normais. O Projeto de Lei 5253/2020, que aguarda parecer na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados, visa incluir o Zolgensma como presença obrigatória na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), bem como sua disponibilização no SUS e farmácias populares. Em 2019, uma petição, também hospedada na plataforma Change.org, colheu 1 milhão de assinaturas pela inclusão do Spinraza no SUS e foi vitoriosa. Outras histórias Além da família de Rafinha, que é de Caruaru (PE), pais de outras crianças com AME recorrem a abaixo-assinados para chamar a atenção da Justiça e do Governo e conseguir o tratamento com o Zolgensma ou outros medicamentos que podem salvar a vida de seus filhos. A família da garotinha Anna Luiza, de Maringá (PR), já reúne quase 57 mil assinaturas em uma petição para obter o “remédio mais caro do mundo”. Já os pais de Maria Alice, de Petrópolis (RJ), engajam mais de 21 mil pessoas no apelo pelo medicamento. Renato Trevellin, de Santo André, na Grande São Paulo, é presidente da Associação Unidos pela Cura da AME e pai de Gianlucca. Lutou anos na Justiça para conseguir o Spinraza para seu filho. Agora, segue na batalha para que o remédio seja liberado não só aos portadores do tipo 1 da doença, mas para todos. Ele já coletou 1 milhão de assinaturas. Flávio Garrido, do Rio de Janeiro, é diretor da mesma associação de Renato e luta para que seu filho Francisco e todos os portadores de AME tenham acesso a outro remédio, o Risdiplam. Ele já engajou mais de 190 mil apoiadores em um abaixo-assinado para pedir que a Anvisa e o Ministério da Saúde registrem e incorporem o medicamento no SUS. Esse remédio é de uso oral e dispensa a necessidade de internações dos pacientes. |
Agosto Lilás: Violência Doméstica é tema de palestras em escolas de Araxá
A educação de crianças e adolescentes é um dos
principais caminhos para a redução da violência doméstica. E a escola surge
como fator decisivo para orientação nesta base educacional de formação de
personalidade e caráter do aluno. Nesta perspectiva, entre as ações do mês
“Agosto Lilás”, estão sendo promovidas uma série de palestras nas escolas
municipais com o tema violência doméstica.
Os encontros abordam a importância da valorização
da mulher e, principalmente, o conhecimento das leis que as protegem. As
palestras são ministradas pela vereadora Maristela Dutra, autora da Lei que
instituiu o Agosto Lilás no município, com apoio da Prefeitura de Araxá e
Polícia Militar. A coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência
Doméstica, Maria Cecília Lemos, e os policiais militares, soldado Silvia e cabo
Barreto, explanam sobre os direitos das mulheres na sociedade.
A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência
doméstica e familiar contra a mulher: física, moral, sexual, patrimonial e
psicológica. Trabalhar esse tema no âmbito educacional faz com que crianças e
adolescentes consigam identificar relações abusivas e se atentar sobre as ações
que podem acontecer dentro de casa.
“É preciso levar a Lei Maria da Penha nas
escolas para fazer a educação e a conscientização das crianças e adolescentes,
porque tudo começa nela. É a escola a base das questões culturais e dos
ensinamentos que as crianças levarão para o resto da vida”, explica
Maristela.
De acordo com a secretária municipal de Educação,
Zulma Moreira, as crianças são suscetíveis a compreender importantes
informações e o professor pode ter uma missão social e cultural, agindo como
agente transformador na vida dos alunos. “A violência doméstica cresceu muito
na pandemia, por isso é importante que esse tema seja trabalhado o ano todo.
Existem histórias que devem ser ouvidas e resolvidas. As crianças precisam
entender que os educadores podem sim ser um apoio para essa situação”,
destaca.
O Centro de Referência Especializado em Assistência
Social (Creas) conta com a Rede de Acolhimento à Mulher Vítima de Abuso, que
funciona na avenida Imbiara, nº 900, telefone 3691-2024. A vítima também conta
com uma Central de Atendimento Nacional por meio do Disque 180.