A educação de crianças e adolescentes é um dos
principais caminhos para a redução da violência doméstica. E a escola surge
como fator decisivo para orientação nesta base educacional de formação de
personalidade e caráter do aluno. Nesta perspectiva, entre as ações do mês
“Agosto Lilás”, estão sendo promovidas uma série de palestras nas escolas
municipais com o tema violência doméstica.
Os encontros abordam a importância da valorização
da mulher e, principalmente, o conhecimento das leis que as protegem. As
palestras são ministradas pela vereadora Maristela Dutra, autora da Lei que
instituiu o Agosto Lilás no município, com apoio da Prefeitura de Araxá e
Polícia Militar. A coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência
Doméstica, Maria Cecília Lemos, e os policiais militares, soldado Silvia e cabo
Barreto, explanam sobre os direitos das mulheres na sociedade.
A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência
doméstica e familiar contra a mulher: física, moral, sexual, patrimonial e
psicológica. Trabalhar esse tema no âmbito educacional faz com que crianças e
adolescentes consigam identificar relações abusivas e se atentar sobre as ações
que podem acontecer dentro de casa.
“É preciso levar a Lei Maria da Penha nas
escolas para fazer a educação e a conscientização das crianças e adolescentes,
porque tudo começa nela. É a escola a base das questões culturais e dos
ensinamentos que as crianças levarão para o resto da vida”, explica
Maristela.
De acordo com a secretária municipal de Educação,
Zulma Moreira, as crianças são suscetíveis a compreender importantes
informações e o professor pode ter uma missão social e cultural, agindo como
agente transformador na vida dos alunos. “A violência doméstica cresceu muito
na pandemia, por isso é importante que esse tema seja trabalhado o ano todo.
Existem histórias que devem ser ouvidas e resolvidas. As crianças precisam
entender que os educadores podem sim ser um apoio para essa situação”,
destaca.
O Centro de Referência Especializado em Assistência
Social (Creas) conta com a Rede de Acolhimento à Mulher Vítima de Abuso, que
funciona na avenida Imbiara, nº 900, telefone 3691-2024. A vítima também conta
com uma Central de Atendimento Nacional por meio do Disque 180.
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