Casarão do Museu Dona Beja não pertence
ao município e continua fechado
O casarão
centenário que abriga o Museu Dona Beja, foi fechado para reformas no mês de setembro do
ano passado ( 2014), por determinação do Ministério Público. O motivo principal
foi um incêndio numa sala do casarão em fevereiro de 2014 e a precária situação
do telhado e da instalação elétrica do prédio. Quase um ano depois, o JORNAL
INTERAÇÃO, procurou a Presidente da Fundação Cultural Calmon Barreto, Magaly
Cunha para saber dela como está a
situação atual daquele que é um dos maiores patrimônios históricos e culturais
da cidade de Araxá. De acordo com a Presidente da FCCB, “ quando eu cheguei na Fundação, nesta nova gestão, o Museu Dona
Beja já estava fechado. No entanto nós estamos trabalhando intensamente e com
todo o apoio e respaldo do prefeito Aracely de Paula, para resolver logo esse problema.”
Magaly revelou que, “ nós já reunimos
com toda equipe de profissionais contratados para a execução dos serviços de
reforma e restauração do prédio, mas infelizmente temos um problema burocrático
que está travando o início das obras e que poucas pessoas conhecem. É que o
imóvel ( prédio do Museu Dona Beja), não pertence ao município de Araxá. A casa, cuja construção remonta
à segunda metade do século XIX, foi adquirida e doada à comunidade de Araxá por
Assis Chateaubriand, em 1965, para abrigar o museu da cidade”. Assis
Chateaubriand, era amigo de Araxá e um dos homens públicos mais influentes do
Brasil nas décadas de 1940 a 1960, destacando-se como jornalista, empresário,
político e mecenas. Ainda de acordo com a Presidente Magaly, “o prédio pertence
hoje ao Jornal Estado de Minas ( Diários Associados) e infelizmente esse
problema burocrático está travando o início da reforma e em seguida a reabertura do Museu”. Finalizando Magaly,
disse que é preciso que seja feita uma grande reforma no casarão, pois o
telhado do prédio está todo comprometido e o IEPHA ( Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), não permitiu que fossem
trocadas as telhas, que estão quebradas, cheias de buracos e esfarelando. Por
isso todo acervo e mobiliário do Museu está correndo risco de se perder. Para minimizar o problema,
cobrimos todo o acervo com plástico. Mas esperamos poder resolver a situação em
breve.”
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