Apesar
do tabagismo ser o principal fator de risco, quem não fuma também deve
estar atento aos sinais, alerta a campanha do Instituto LAL, a Respire
Agosto
Atrás apenas do câncer de pele não melanoma, o câncer de pulmão
é o segundo tipo de carcinoma mais comum no Brasil. O tabagismo é
apontado como o principal fator de risco, mas é preciso que todos
estejam atentos aos sinais, pois pouco se fala, mas cerca de 20% dos diagnósticos desse tipo de câncer são em indivíduos não fumantes, alerta Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL). O oitavo mês do ano é voltado para a conscientização sobre câncer de pulmão e a campanha “Respire Agosto”,
uma realização do LAL, foi criada para chamar a atenção para esse tipo
de tumor, cuja incidência global pode chegar a 2,09 milhões de novos
casos por ano, sendo o câncer que mais mata no mundo, com 1,76 milhão de
óbitos. Acompanhe a programação no Instagram ou no site do instituto.
Neste ano, a campanha, que tem o apoio do laboratório AstraZeneca, se inicia no dia 1º de agosto, Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão,
e terá como slogan “Fôlego para a Vida”, ressaltando a importância da
saúde dos pulmões para realizar atividades diárias como trabalhar e
caminhar. Serão
produzidos diversos conteúdos ao longo do mês, como podcast,
entrevistas, banners, cartazes, lives e vídeos para engajar a população e
fazer os importantes alertas sobre a doença. Marlene explica que a
ideia é contribuir para a conscientização das pessoas sobre a
importância de conhecerem a doença, seguir as recomendações de prevenção
e chamar a atenção de que ela também pode se desenvolver em quem não é
fumante ou fumante passivo. “Vamos lembrar as pessoas que respirar bem é
fundamental para termos uma vida plena.
A exposição passiva ao tabaco, doenças
pulmonares, histórico familiar de câncer de pulmão e avanço da idade
são alguns dos fatores que devem ter a atenção também dos não fumantes.
Além disso, exposição recorrente a altos níveis de poluição do ar, gás
radônio e amianto — encontrado em locais de atividades de mineração — também
são considerados fatores de risco da doença. “Hoje, os consultórios
médicos já registram índices próximos a 20% dos novos casos de câncer de
pulmão em pacientes que nunca fumaram. Isso reforça a necessidade do
diagnóstico precoce e do conhecimento específico da doença, para elevar o
potencial de cura" reforça o Dr. Igor Morbeck, oncologista e membro do
comitê científico do LAL.
De
acordo com o INCA, apenas 16% dos cânceres de pulmão são diagnosticados
em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de sobrevida
de cinco anos é de 56%. É importante ter consciência do corpo e
procurar atendimento na rede pública ou privada de saúde se algo sair do
comum, alerta a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene
Oliveira. "É preciso enxergar a importância de criarmos um vínculo com a
nossa saúde para que o diagnóstico de doenças como o câncer de pulmão
ocorra no início e, assim, possamos mudar o curso da história a favor da
vida", destaca. O aumento do número de diagnósticos precoce pode
diminuir o número de mortes e contribuir para a qualidade de vida do
paciente que enfrenta a doença. A detecção do câncer de pulmão pode ser
feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou
radiológicos.
Durante
a pandemia de Covid-19, a progressão do câncer é três vezes mais
rápida. Para se ter uma ideia, só no serviço privado, o diagnóstico
precoce de câncer de pulmão geraria economia de R$3,42 bi/ano, o que
equivale a R$1.122/minuto, segundo pesquisa do instituto IQVIA em
parceria com o LAL. “A falta de diagnóstico precoce já era um problema
antes da pandemia. Precisamos enfatizar a importância de manter as
consultas em dia, mesmo durante o distanciamento social, porque a
interrupção do tratamento faz o tumor evoluir de forma mais veloz de um
estágio para o outro”, afirma Marlene.
Sintomas
Tosse
persistente ou com sangue, falta de ar, dor no peito, rouquidão,
fadiga, perda de peso, perda de apetite, pneumonia recorrente ou
bronquite, sentir-se cansado ou fraco e, nos fumantes, ritmo habitual da
tosse alterado com crises em horários incomuns são sinais para de
atenção.
Sobre Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)
Fundado
em 2008, o Instituto LAL é a única organização social brasileira que se
dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade - o
câncer e as doenças cardiovasculares - além do intenso trabalho
relacionado à saúde do homem.
Sua
missão é mobilizar e engajar a sociedade e gestores da saúde,
contribuindo para ampliar o acesso aos serviços, da prevenção ao
tratamento, e mudar para valer o cenário da saúde no Brasil. Trabalha
para que todos os brasileiros tenham informação e acesso à saúde digna e
de qualidade, em todas as fases da vida.
Além do Novembro Azul, o Instituto Lado a Lado pela Vida é o idealizador das campanhas RespireAgosto, Siga seu Coração, Mulher Por Inteiro e #LivreSuaPele.
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