Construção de 200 subestações vai melhorar a qualidade do serviço prestado. Companhia também prepara a conversão e interligação de 25.000 km de redes monofásicas para trifásicas nas áreas rurais
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) apresentou, nesta quinta-feira (1/7), o maior plano de investimento da história da companhia. Até 2025, serão investidos R$ 22,5 bilhões em geração, transmissão e distribuição de energia, geração distribuída e comercialização de gás. Apenas no sistema elétrico de distribuição, que atende mais de 8,7 milhões de clientes, serão R$ 12,5 bilhões em investimentos, com foco na modernização da rede, de forma a induzir o desenvolvimento econômico do estado de Minas Gerais.
Com esses investimentos, 80 novas subestações já estão em processo de implantação, sendo que 23 delas estarão em operação ainda em 2021. Até 2027, serão 200 novas subestações em todas as regiões do estado. Os números foram apresentados pelo presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, no Assembleia Fiscaliza, ciclo de reuniões de prestações de contas realizadas pelo Legislativo mineiro.
Para o CEO da companhia, o grande foco da Cemig é, “de fato, transformar a vida dos mineiros com a nossa energia. É o que significam todos esses investimentos. O objetivo é que, em vez de perguntar quanto tempo demora uma nova conexão, por exemplo, termos conexão disponível para quem quiser investir em Minas. Dessa forma, vamos praticamente eliminar a demanda por energia em nosso estado. É isso que a Cemig deseja, prover infraestrutura para estimular o desenvolvimento econômico de Minas gerais”, completa o executivo.
O presidente também informou que quatro subestações já foram entregues no primeiro semestre deste ano, em Serra do Salitre, Águas Vermelhas (Machado Mineiro), Nova Serrana e São Bento do Abade. Em julho, a subestação de Varjão de Minas, no Triângulo, também entrará em operação.
Assim, continuou o presidente da Cemig, “poderemos focar mais ainda nos nossos clientes das áreas rurais, e ajudar a transformar a agricultura em agronegócio, luz em energia no interior do estado. A sustentabilidade da Cemig depende que seus investimentos fiquem em Minas Gerais”, concluiu.
200 novas subestações
Dessa forma, a Cemig, que conta com 413 subestações, chegará a um total de 613 dessas instalações, eliminando os gargalos e restrições, e contribuindo para a indução de desenvolvimento em todo o estado.
O plano prevê, ainda, o atendimento de todos os municípios com dupla alimentação em média tensão, a implantação de um milhão de medidores inteligentes, a construção de 3.100 quilômetros de novas linhas de alta tensão, a substituição de todas as estruturas de madeira ainda existentes por outras de material mais moderno e resistente.
Os investimentos têm, como objetivos, melhorar a qualidade do serviço prestado e promover a digitalização do atendimento, para atuar junto aos mais de 8,7 milhões de clientes de forma eficaz e integrada. A meta da empresa é ser líder no setor de distribuição de energia no Brasil em experiência e satisfação na opinião dos clientes.
Minas Trifásico
Atualmente, a Cemig também se prepara para dar início ao programa Minas Trifásico, com o objetivo de converter redes monofásicas em trifásicas no interior do estado, possibilitando a transformação da agricultura de subsistência do pequeno e médio produtor rural em agronegócio. Até 2027, está prevista a conversão de 21.000 quilômetros de redes monofásicas para trifásicas e a construção de 5.000 quilômetros de interligações de circuitos em todo o estado.
As primeiras obras do programa vão atender as localidades que apresentam restrição de carga para as necessidades do desenvolvimento da vocação regional do agronegócio, que será extremamente beneficiado com esse novo programa. Dessa forma, os investimentos da Cemig permitirão a potencialização acelerada do agronegócio local, gerando novas oportunidades de negócio e renda.
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