‘Regimes ditatórias no mundo’, serão temas do Cine Sesc em Araxá
Cinema de graça e de qualidade p A partir deste mês
e setembro, Araxá será ofertado com o projeto Cine Sesc, que vai exibir várias
sessões gratuitas de produções cinematográficas consagradas mundialmente. O
projeto da tela grande: ‘Cine Sesc’, é
uma iniciativa que promove circulação, difusão e acesso a produções
cinematográficas nacionais e internacionais, traz agora em setembro um novo
tema: Regimes ditatoriais em territórios mundiais. Em Araxá,
serão exibidos 13 filmes, de 3 de setembro a 26 de novembro. As sessões,
gratuitas, serão realizadas no Sesc Araxá (rua Dr. Edmar Cunha, 150, Santa
Terezinha), sempre às quintas-feiras, às 18h30. O evento é aberto a todos os
interessados. O tema: Regimes
ditatoriais em territórios mundiais, desta edição do projeto é bastante
interessante com foco políticos e históricos englobando os países: Brasil,
Venezuela, Argentina, Croácia, Bósnia, Alemanha. Independente do território,
vários países no mundo compartilharam uma experiência política de limitações
severas e danosas, principalmente do ponto de vista político e social. Na
maioria dos regimes ditatoriais, os militares assumiram a soberania do país ou
conglomerado, como a União Soviética, contrariando as leis em vigência por meio
de atos inconstitucionais. Essa é a marca de um período sombrio na história da
humanidade, cercada de autoritarismo, intolerância, repressão, privação da
liberdade, perseguições a grupos de oposição política, prisões, tortura e desaparecimento
de civis. As ditaduras deixaram, sobretudo, um grande aprendizado para o mundo:
um equívoco que jamais deve ocorrer. Na seleção de filmes para o ciclo de
setembro, o Cine Sesc faz um convite à reflexão necessária em tempos de
instabilidade política que ameaçam a democracia, uma conquista fundamental na
história recente do Brasil. Pablo Larraín abre as sessões com o filme No,
contextualizado a ditadura chilena do general Augusto Pinochet à época da
votação do referendo pela sua permanência no poder. Já o documentário O dia
que durou 21 anos representa o Brasil nesta lista, com a história do
arquitetado envolvimento dos EUA no Golpe de 1964, a partir da crise provocada
pela renúncia de Jânio Quadros, em 1961. O ciclo também traz os filmes Quando
papai saiu em viagem de negócios, de Emir Kusturica (Sérvia), Infância
Clandestina, de Benjamín Ávila (Argentina) e Os Falsários, de Stefan
Ruzowitzky (Áustria). ‘Boas Reflexões’, Chile, 1988. Pressionado pela
comunidade internacional, o ditador Augusto Pinochet aceita realizar um
plebiscito nacional para definir sua continuidade ou não no poder. Acreditando
que esta seja uma oportunidade única de pôr fim à ditadura, os líderes do
governo resolvem contratar René Saavedra (Gael García Bernal) para coordenar a
campanha contra a manutenção de Pinochet. Com poucos recursos e sob a constante
observação dos agentes do governo, Savedra consegue criar uma campanha
consistente que ajuda o país a se ver livre da opressão governamental. “O Dia
que durou 21 anos”, Este documentário mostra a influência do governo dos
Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil em 1964. A ação militar que deu
início a ditadura contou com a ativa participação de agências como CIA e a
própria Casa Branca. Com documentos secretos e gravações originais da época, o
filme mostra como os presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson se
organizaram para tirar o presidente João Goulart do poder e apoiar o governo do
marechal Humberto Castelo Branco. ‘Quando papai saiu em viagem de negócios’,
Iugoslávia, 1948. Garoto vive drama com o desaparecimento de seu pai, que
se encontra preso, e enfrenta problemas familiares sem compreender o que
realmente está acontecendo à sua volta. ‘Infância clandestina’, Argentina,
1979. Da mesma forma que seu pai (César Troncoso), sua mãe (Natalia Oreiro) e
seu querido tio Beto (Ernesto Alterio), Juan (Teo Gutiérrez Romero) leva uma
vida clandestina. Fora do berço familiar ele é conhecido por um outro nome,
Ernesto, e precisa manter as aparências pelo bem da família, que luta contra a
ditadura militar que governa o país. Tudo corre bem, até ele se apaixonar por
Maria, uma colega de escola. Sonhando com voos mais altos ao seu lado, ele
passa por cima das rígidas regras familiares para poder ficar mais tempo com
ela. ‘ Os falsários’, 1944, após
ser preso e levado a um campo de concentração, Salomon Sorowitsch (Karl
Markovics) concorda em ajudar os nazistas em uma operação de falsificação
criada para financiar os esforços de guerra. Neste processo mais de 130 milhões
de libras esterlinas foram impressas. Como o Reich sabia que o fim da guerra
estava próximo, ordenou que fossem impressas notas na moeda dos inimigos da
Alemanha. A intenção era que esta atitude minasse a economia dos países e, ao
mesmo tempo, ajudasse os cofres alemães. Tratava-se da Operação Bernhard, que
contou com a participação de prisioneiros de diversos campos de concentração.
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