Cotação
do dólar superou os R$ 4 esta semana é a mais alta em 21 anos do plano real
A cotação do dólar na manhã da
última terça-feira, dia 22 de setembro, alcançou
R$ 4 e é a mais alta, desde a criação do plano real, em 1994. Às 9h20, a
cotação estava em R$ 4,0264. Nessa segunda, apesar da intervenção do Banco
Central (BC), a moeda norte-americana fechou o dia com alta de 0,57%, vendido a
R$ 3,981. O recorde para o fechamento da moeda ocorreu em 10 outubro de 2002, quando o dólar fechou o dia cotado
em R$ 3,99. Ontem, além de vender dólares no mercado futuro, por meio da
rolagem (renovação) dos leilões de swap cambial, o Banco Central ofertou US$ 3
bilhões por meio de um leilão de venda com compromisso de recompra. Nessa
modalidade, o BC vende dólares das reservas internacionais, mas adquire a
divisa de volta algum tempo depois. Para hoje, embora o BC não tenha anunciado,
até o momento, novo leilão de venda com compromisso de recompra, a instituição
fará mais um leilão de rolagem de swap cambial. A cotação da moeda não tem
caído nos últimos dias, apesar de o Federal Reserve (Fed), o Banco Central
norte-americano, ter adiado o aumento da taxa básica de juros da maior economia
do planeta, na reunião do último dia 17 de setembro. Desde o fim de 2008, os
juros nos Estados Unidos estão entre 0% e 0,25% ao ano. Na época, o Fed cortou
a taxa para estimular a economia americana em meio à crise no crédito
imobiliário. A última elevação de juros nos EUA ocorreu em 2006. Juros mais
altos atraem capital para os títulos públicos americanos, considerados a
aplicação mais segura do mundo. Os investidores retiram recursos de países
emergentes, como o Brasil, pressionando a cotação do dólar.
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