Nas
últimas semanas, algumas regiões do Brasil, como Sul e Sudeste,
registraram o frio mais intenso dos últimos 20 anos, com temperaturas
negativas e, até mesmo, neve em algumas cidades. Santa Catarina, por
exemplo, registrou a menor temperatura do país no final de julho de
2021, chegando a -8,6°C. Para enfrentar a temperatura baixa, é comum a
utilização de aquecedores a gás e lareiras. Entretanto, esses
equipamentos requerem alguns cuidados, pois a queima de compostos de
carbono, como gás, óleo, madeira ou carvão, libera o monóxido de
carbono, um gás incolor e inodoro que, ao ser inalado, pode causar uma
grave intoxicação, inclusive levando a morte. Essa intoxicação é mais
comum do que se imagina e a maioria desses acidentes acontecem por falta
informação sobre o assunto.
Alguns
casos trágicos de intoxicação por monóxido de carbono tiveram grande
repercussão e servem de alerta, como a morte do casal no Leblon, no
final de junho deste ano, ou da família brasileira que estava de férias
no Chile, em 2019. Ambos os casos têm em comum o uso de aquecedores a
gás. De acordo com a Thaisa Almeida Nichelle, biomédica e assessora
científica do DB Diagnósticos,
único laboratório exclusivamente de apoio no mercado brasileiro, a
intoxicação acidental por monóxido de carbono é evitável. "Quando este
gás, sem cheio e sem cor, é constantemente inalado, o indivíduo
apresenta quadros de náusea e tontura, podendo evoluir a casos fatais.
Porém, ações preventivas podem evitar grandes tragédias”.
Quando
inalado, o monóxido de carbono se une à hemoglobina, o que impede o
transporte de oxigênio para o cérebro, ocasionando consequências
fatais. Um quadro mais grave pode gerar lesões permanentes no cérebro,
como dificuldade de concentração, alterações no humor e perda da
coordenação.
Confira 5 dicas para prevenir a intoxicação:
1. Instalar detectores químicos domésticos. Existem
detectores e alarmes que identificam o monóxido de carbono e são
ativados quando há a sua presença no ar. Eles salvam vidas.
2. Manter aparelhos de aquecimento no exterior de casa. Se
possível, coloque os aparelhos de aquecimento no exterior de casa,
especialmente os que funcionam à base de gás, madeira ou óleo. Desta
maneira, caso ocorra vazamento por monóxido de carbono, o gás não ficará
concentrado dentro de casa, evitando a intoxicação.
3. Ter uma ventilação adequada dentro de casa. Caso
tenha aquecedores a gás ou por combustão em casa, é fundamental ter um
mecanismo que permita a ventilação nos ambientes. Uma janela aberta, por
exemplo, permite a ventilação do ambiente, impedindo a concentração de
monóxido de carbono.
4. Abrir sempre a porta da garagem antes de ligar o carro. A
intoxicação também pode ocorrer pela ventilação indevida próxima aos
automóveis. Quando o cano de escapamento de um carro em funcionamento é
bloqueado por algum objeto, os níveis de monóxido de carbono aumentam
rapidamente.
5. Saber reconhecer os sintomas da intoxicação de monóxido de carbono e procurar ajuda. Os
sintomas da intoxicação leve podem ser: dor de cabeça, enjoos, tontura,
dificuldade de concentração, vômitos, sonolência e falta de
coordenação. Numa exposição mais grave, a intoxicação pode ter sintomas
como: confusão mental, inconsciência, convulsões, dor no peito, falta de
ar, pressão arterial baixa e coma. No primeiro caso, a maior parte dos
indivíduos podem se recuperar quando expostos ao ar fresco. Deitar-se
com as pernas para o alto, acima do nível do coração, também ajuda, pois
facilita a circulação sanguínea. No segundo, a vítima pode ficar
incapaz de se mover e deve ser atendida por uma equipe médica o mais
rápido possível. Se houver suspeita de intoxicação, vá ao hospital mais
próximo.
Sobre o Diagnósticos do Brasil
Fundado
em 2011, o DB Diagnósticos é o único laboratório exclusivamente de
apoio no mercado brasileiro. O DB conta com três unidades especializadas
(DB Toxicológico, o DB Molecular e o DB Patologia) e três unidades de
análises clínicas descentralizadas (São José dos Pinhais, Recife e
Sorocaba), além das unidades regionais de apoio (URAs) distribuídas por
todo o Brasil. Ao longo dos 10 anos de atuação, se tornou líder no
mercado de apoio laboratorial, levando exames de alta complexidade para
regiões mais distantes e democratizando o acesso à saúde. Em 2020, o
laboratório apresentou um crescimento de 27%, tendo atingido o índice de
500 mil exames realizados e analisados em um único dia.
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