Quase 60 empresas e instituições se reuniram,
ao longo de cinco dias de eventos virtuais, com representantes de quatro países
em busca de novos mercados para os produtos lácteos de Minas Gerais. A série de
encontros chegou ao fim nessa quarta-feira (4/8), com o último dia do seminário
on-line “Oportunidades comerciais internacionais para a indústria láctea de
Minas Gerais”, promovido pelo Governo de Minas, por meio das secretarias de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Desenvolvimento Econômico (Sede).
O evento contou com a parceria da Federação
das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e do Sindicato da Indústria de
Laticínios de Minas Gerais (Silemg). Foram apresentados representantes de
indústrias, cooperativas e agroindústrias do setor aos adidos agrícolas e aos
setores de promoção comercial das embaixadas brasileiras no Chile, Egito,
México e Peru, além de funcionários do setor importador destes países.
“Conseguimos explicar para o setor todos os
trâmites e caminhos do processo de exportação, quais instituições procurar,
além de apresentarmos um pouco desses novos mercados que estão abertos para os
nossos produtos e já possuem protocolos estabelecidos e acordos assinados pelo
governo federal”, avalia o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária
da Seapa, Carlos Eduardo Oliveira Bovo.
Liderança
Minas lidera a produção nacional de leite e
derivados com reconhecida qualidade, mas ainda exporta pouco. Para se ter
ideia, em 2020 as vendas externas do setor alcançaram US$ 16,15 milhões,
representando apenas 0,2% do valor total exportado pelo agronegócio do estado.
Entre os quatro países que participaram do workshop, Minas já comercializa
lácteos apenas com o Chile, que importou US$ 922 mil em queijos no ano passado.
O diretor de Promoção de Exportações da Sede,
Marcello Vinícius de Oliveira Faria de Araújo, detalha os próximos
desdobramentos do projeto. “Faremos uma seleção das empresas interessadas em
cada um dos mercados que foram apresentados e avaliaremos como podemos
alavancar esses processos, se elas precisam de adequações fitossanitárias, se
precisam de acesso a informações qualificadas e estratégicas para contato com
importadores. Esperamos concretizar essas oportunidades de exportações,
incrementando as vendas do estado para esses países”, comentou.
Empresas aprovaram o resultado
A série de eventos, que teve início no dia
20/6, com a abertura oficial, contou ainda com quatro painéis, com
representantes do México (22/7), do Peru (27/7), do Chile (3/8) e do Egito (4/8).
Os vídeos dos eventos estão disponíveis no canal da Seapa no YouTube.
“Percebemos que houve grande interesse do
setor, já que as empresas que participaram do primeiro dia, da abertura,
permaneceram até o final. E eram empresas de portes diferentes, desde as
grandes, como a Cemil, Tirolez e Vigor, como outras especializadas, como a
Rocca, que é uma produtora de doce-de-leite de Pouso Alegre, e até empresas de
pão de queijo, por exemplo”, destaca o superintendente da Seapa, Carlos Bovo.
Para o executivo da Tirolez, Paulo Hegg, o
seminário foi prático, objetivo e abrangente. “Tivemos oportunidade também de
conversar, tirar dúvidas, de comentar, achei que foi muito bom. Espero que ele
dê resultados a curto prazo, pois já estou em contato com vários importadores
chilenos em função de tudo que ouvi no evento”, conta.
Guilherme Carvalho, gerente da Rocca, quer transformar o aprendizado em novos negócios. “A gente pôde conhecer um pouco sobre os mercados disponíveis, foram painéis muito ricos e tenho certeza que tudo será muito proveitoso. Achei muito legal o evento não ser voltado apenas para empresas que já exportam, já que a Rocca ainda não está no mercado internacional. Não tenho dúvida de que, quando formos iniciar a exportação, já chegaremos com muita informação na mão e contatos”, observa.
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