A construção civil foi o setor que mais gerou empregos em 2020. Segundo
informações do Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), os
empreendimentos imobiliários foram responsáveis por abrir 157.881 novos
postos de trabalho formais entre janeiro e novembro do ano passado.
Mesmo em meio à pandemia, o número foi 34,6% maior em relação ao mesmo
período de 2019.
E a boa notícia é que a curva de crescimento
deve se manter em 2021. O otimismo ampara-se no próprio aquecimento do
mercado imobiliário, que continua registrando altas em sequência. As
taxas e juros que vêm sendo aplicados pelos bancos para os
financiamentos imobiliários, na casa dos 6% a 8% ao ano, vêm aumentando a
fila de consumidores.
"É um círculo virtuoso. Juros baixos
atraem mais compradores. Mais compradores aumentam a demanda,
estimulando a construção. Isso faz com que as construtoras necessitem de
mais mão-de-obra. Daí a explicação para um mercado com tamanha
empregabilidade", esclarece Renato Las Casas, diretor comercial da
empresa de revestimentos sustentáveis Ecogranito.
A Câmara
Brasileira da Construção Civil (Cbic) aposta em um crescimento de 4% no
PIB do setor em 2021, o que significa a geração de 200 mil novos
empregos. Essa expectativa acompanha a projeção de alta dos lançamentos
imobiliários entre 15% e 20% em comparação com 2020.
Para Las
Casas, o cenário só não está ainda melhor por causa de alguns insumos.
"Houve escassez de matérias-primas da construção civil em 2020, e isso
elevou os preços de alguns produtos em mais de 70%. Nem mesmo o
desabastecimento foi suficiente para emperrar a linha de crescimento,
mas entendo que a alta poderia estar mais acelerada se não fosse por
esse detalhe", opina.
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