sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Minério de ferro apresenta resultados surpreendentes e fecha 2020 com uma valorização de 74%

 


O minério de ferro encerrou o ano de 2020 a US$ 160 a tonelada, valor mais alto dos últimos oito anos. Impulsionada pela grande demanda chinesa, a alta de 74% no preço da commodity do produto, também foi estimulada pelas incertezas na oferta por parte dos produtores, que tiveram que reduzir a velocidade de trabalho durante o período de pandemia.

De acordo com o superintendente do Grupo MBL, Jerri Alves, a demanda chinesa é responsável por cerca de 70% a 75% do consumo da commodity do produto e isso contribuiu para a elevação dos preços. “No último dia do ano passado, o valor do minério com uma taxa de 62% de ferro aumentou 0,4% no porto da cidade chinesa Qingdao. Assim, o ganho acumulado chegou a 22% em dezembro”, explica.

Para o ano passado, especialistas previram que as siderúrgicas chinesas atingiriam 1,05 bilhão de toneladas. “No entanto, se espera que a capacidade de uso das usinas do país asiático caia para 90% em 2021. Isso pode desacelerar um pouco o ritmo por lá, mas a produção se manterá em pé de igualdade com à de 2020. Dessa forma, o valor médio do minério deve ficar em torno dos US$ 110 a tonelada, sendo mais alto nos primeiros três meses deste ano”, comenta.

As inseguranças quanto a oferta do produto, intensificadas pelas mudanças nas estimativas da mineradora Vale, já fizeram com que o valor da tonelada de minério de ferro chegasse aos US$ 180. “A empresa previu uma produção entre 300 milhões e 305 milhões de toneladas para 2020, abaixo das 310 milhões a 330 milhões anunciadas anteriormente. Para este ano, a mineradora diminuiu em 60 milhões a previsão, que girará em torno de 315 milhões a 335 milhões de toneladas. Ainda existe mais um fator complicador, os ciclones nos portos australianos. Eles podem prejudicar os embarques até o mês de março”, destaca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário