sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Sono deficitário, falta de rotina e respiração bucal podem prejudicar crianças e adolescentes em volta às aulas

 


Paulatinamente, as escolas públicas e privadas estão retornando às suas atividades. A parada foi longa e, com isso, é preciso atentar para uma série de problemas decorrentes da falta de rotina escolar. Entre os entraves está o sono das crianças e adolescentes, tão prejudicado nestes tempos de pandemia.

O especialista em doenças do sono, Prof. Plácido Menezes, adverte para a ligação entre o sono de boa qualidade e a volta à normalidade. Segundo ele, um sono insuficiente é capaz de causar problemas como déficit de atenção, além de dificuldades no aprendizado e na concentração. “Nesse momento de retorno às aulas, sejam presenciais, ou ainda de forma remota ou híbrida, os pais devem se atentar ao sono e à rotina dos seus filhos, que foi muito prejudicada em vários sentidos”, alerta ele.

Menezes destaca sobre a importância de se criar uma rotina do sono de qualidade às crianças e adolescentes e, para isso, é necessária uma mudança de comportamento em casa para que não haja consequências drásticas no aprendizado pós pandemia. “É preciso manter os horários regulares de dormir e acordar para que as crianças voltem à rotina mais facilmente. Uma boa alimentação e a prática de atividades físicas também são determinantes”, pondera.

O expert em sono indica duas sugestões importantes para que as crianças tenham um sono melhor: manter, de preferência, o quarto sempre escuro para estimular a produção de melatonina; e diminuir o tempo de uso de celulares, computadores e TV antes de dormir.

Para os pais, o recado é ficarem atentos à respiração oral ou mista durante o sono, uma vez que os pacientes que respiram pela boca têm predisposição a déficits imunológicos, o que favorece muito a entrada de enfermidades no organismo, incluindo a Covid-19.

O professor também faz um alerta sobre as crianças respiradoras bucais e a fase profunda do sono, “quem respira pela boca durante o sono, permanece pouco tempo na fase profunda. É neste momento que são produzidos hormônios importantes ao organismo. Os seus micro despertares neurológicos, por conta da diminuição do nível de oxigênio cerebral, podem estancar a produção de hormônios e provocar uma série de problemas. Com isso, é possível que haja irritabilidade e sonolência diurna”.

De acordo com Menezes, quanto mais estável a rotina de sono for mantida, mais fácil será a readaptação ao período de volta às aulas e, consequentemente, um melhor aprendizado e desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Prof. Plácido Menezes

Além de cirurgião-dentista, o Prof. Plácido Menezes é expert em distúrbios do sono e ortodontia.

Mestrando em Farmacologia pela Faculdade de Medicina da Unicamp (SP), é membro integrante da Associação Brasileira do Sono (ABS) e da Associação Brasileira da Odontologia do Sono (ABROS), além de atuar como professor da Uniface Academy, além de ter ministrado aulas em faculdades como a Unoeste, de Presidente Prudente, interior de São Paulo e Uninga, de Campo Grande (MS).

Atualmente, Prof. Plácido Menezes é dono da Clínica ASF Odontologia, situada em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

Mais Informações:

Maurício Santini

Equipe Agência Contato Comunicação 

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