Ação, lançada pelo governo na sexta-feira (19/2), reconhece a culinária de Minas Gerais como patrimônio cultural do estado
As
palavras acolhimento, sabor e desenvolvimento cabem em uma só frase
quando o assunto é a
culinária mineira. Para promover esse patrimônio cultural do estado,
que atrai turistas e gera milhares de empregos, o governo de Minas
Gerais lançou o
Plano
Estadual de Desenvolvimento da Cozinha Mineira. O projeto, anunciado na
última sexta-feira (19/2) pelo governador Romeu Zema, foi elaborado com
a participação do Sistema
Fecomércio MG, Sesc e Senac.
O
‘Plano Cozinha Mineira’ faz parte do Programa Estadual de
Desenvolvimento da Gastronomia Mineira (PEGM) e propõe
a implantação de políticas públicas e privadas voltadas para o
crescimento dessas atividades econômicas no estado. A iniciativa
contempla 72 ações, com o valor total estimado em R$ 163 milhões, a
serem executadas no quadriênio 2021-2024.
Entre
os destaques do plano está a criação de uma linha de financiamento por
meio do Banco de Desenvolvimento de
Minas Gerais (BDMG). A proposta deve contemplar condições e recortes
específicos para micros e pequenas empresas do setor de gastronomia. O
programa também inclui a produção de um atlas da gastronomia mineira e o
reconhecimento da Cozinha Mineira como Patrimônio
Cultural pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
(Iepha-MG).
Construção coletiva
Resultado
de um intenso debate e troca de informações ao longo do ano de 2020, o
‘Plano Cozinha Mineira’ envolveu
20 entidades públicas e privadas do estado. Essas instituições, que
formaram o grupo gestor do projeto, reuniram-se para revisar a primeira
versão do PEGM, que compreende o período de 2018 a 2021, e elaborar o
documento final do programa.
Nesta
fase de revisão, o governo estadual criou cinco grupos de trabalho,
divididos entre os seguintes temas: Plano
Estadual de Desenvolvimento da Gastronomia; Fortalecimento
Institucional da Cadeia Produtiva; Inovação e Pesquisa; Gastronomia
Social e Cultura Alimentar; Promoção, Divulgação e Internacionalização
da Gastronomia Mineira.
Entre
os envolvidos nestes grupos estão: as secretarias estaduais de Cultura e
Turismo; de Agricultura, Pecuária
e Abastecimento; e de Desenvolvimento Econômico; além do Sistema
Fecomércio MG, Sesc e Senac; Iepha-MG; Fundação João Pinheiro; BDMG;
Codemge; IMA; Epamig; Fapemig; Servas; Emater-MG; Frente Mineira da
Gastronomia; Fiemg; Sebrae-MG; Abrasel-MG e Faemg.
Valorizando o turismo
A
analista de turismo da Fecomércio MG, Milena Soares, enaltece a
construção do plano. “Em janeiro, Minas Gerais
foi escolhido um dos dez destinos mais hospitaleiros do mundo, segundo
ranking da Booking.com. Por sua diversidade e experiência inigualável, a
cozinha mineira certamente colaborou para essa e tantas outras
conquistas. Por isso, ver nossa gastronomia reconhecida
como patrimônio cultural só fortalece ainda mais as atividades
turísticas em Minas.”
Além da expertise do Núcleo de Negócios Turísticos da Federação, o Sistema possui um projeto de valorização da gastronomia mineira: o ‘Primórdios da Cozinha Mineira’. O programa educacional, elaborado pelo Senac em Minas, foi criado para resgatar e dar novos usos a hábitos, técnicas e produtos alimentares dos primeiros habitantes de Minas Gerais. A iniciativa também desvenda a cultura culinária do Estado, gera renda e valor para o produto local e seus produtores.
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