BOLA DE CAPOTÃO

 

A MEMÓRIA DA BOLA PRESENTE NO FUTURO DO FUTEBOL

Por: Armindo Maia

ENTRANDO EM CAMPO

A partir desta edição vamos ‘entrar em campo’ aqui no JORNAL INTERAÇÃO, motivado e com fôlego juvenil, para compartilhar com nossos fanáticos leitores de todas as torcidas; as histórias, curiosidades, mazelas e segredos dos bastidores do futebol de Araxá, guardadas com zelo especial, em 30 anos de carreira. Como jornalista e ex- atleta, que se apaixonou pelo futebol, ao ser apresentado ainda criança à uma velha “BOLA DE CAPOTÃO”.

ABRINDO O BAÚ DO ESPORTE

Para começar em grande estilo nossa ‘resenha’, vamos colocar em campo, para debate das duas maiores torcidas de Minas Gerais, os melhores times de Cruzeiro e Atlético Mineiro de todos os tempos, apontados pela crônica esportiva mineira e nacional e através de pesquisas nas redes sociais por parte dos torcedores de Galo e Raposa. Você concorda? De acordo com os critérios acima, o melhor time do Cruzeiro de todos os tempos é o esquadrão do ano de 1966, que foi tetracampeão mineiro (65 a 68) e Taça Brasil(Campeonato Brasileiro) em 1966, em cima do super time do Santos de Pelé com vitórias incríveis e uma viradas espetacular em plena Vila Belmiro. O timaço da Raposa em 1966, alinhava; Raul; Pedro Paulo, Willian, Procópio e Neco; Wilson Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.

Também de acordo com os mesmos critérios acima citados o melhor time do Atlético Mineiro de todos os tempos escolhido, foi o esquadrão campeão da Libertadores de 2013, que alinhava; Vitor, Michel, Leonardo Silva, Réver e Júnior César, Pierre, Josué, Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli, Bernard e Jô; técnico Cuca.

EU ESTAVA LÁ!

O ano era 1990, um domingo de sol ( dia 10 de setembro), dia de festa e de decisão no Campeonato Mineiro da Segunda Divisão ( hoje Módulo Dois). Depois de mais de 5 meses de disputas acirradas entre 14 equipes, o estádio Fausto Alvim, botava gente pelo ladrão, para a grande final da competição entre Ganso e Clube Atlético Patrocinense. Foi uma partida amarrada e sem criatividade e sem jogadas de perigo, até os 35 minutos da etapa final, quando saiu do banco o atacante Ricardo’ Coração de Leão’, que num chute de fora da área, no gol que dá para o centro da cidade, acertou o ângulo do goleiro Zé Luis do CAP, explodindo o estádio e alegria. O gol deu o título ao Araxá Esporte que votou à elite do futebol estadual depois de 13 anos depois. O elenco campeão do Ganso ( foto), que era comandado pelo técnico Morais, era formado por Betão, Wilson, Carlão, Willians e Bolão, Mauro, Eurico e Celso, Calvéx, João Paulo e Geraldo Touro ( Ricardo). Foi num domingo de sol, dia 10 de setembro de 1990 e eu estava lá!

A BOLA PESADA

Araxá sempre foi celeiro de grandes atletas do futsal. Nas décadas de 70 e 80 do século passado a cidade viveu o auge do futebol da bola pesada, com competições e disputas espetaculares e o talento de craques que fizeram história no salonismo local. Os acirrados torneios de futebol de salão, eram realizados no ATC, Ginásio Dino Baroni, Clube União e no Sesc. O apogeu do futsal araxanese, foi nos anos 80 e uma das grandes equipes que mais se destacaram em Araxá e região, foi o time do Supermercado dos Colchões, que tinha no comando o interminável e destemido Bastião Verçosa. Na foto clicada no final dos anos 1980, o time vermelho dos ‘Colchões’, disputava um torneio de férias no Dino Baroni e tinha os seguintes pupilos: Em pé da esquerda para a direita: Marcelinho Salomão, Bulalzinho, Paulinho, Danilo, Zitão e Zezé. Agachados e na mesma ordem: Giovani Piolho, Bastião Verçosa, Serginho, Carlinhos, Eduardinho e Jairzinho.

A HISTÓRIO DO MINUTO DE SILÊNCIO

Essa é verídica e aconteceu mesmo! Mineirão, domingo, dia 28 de setembro de 1980. Araxá e Atlético Mineiro, pela elite do futebol profissional das Alterosas. Era o primeiro jogo do meu saudoso amigo Ronan, de 18 anos, ponta direita do Ganso. Além de estrear no Mineirão, ainda tinha pela frente o Galo de João Leite, Reinado, Cerezo, Eder e Luisinho. Ele me contou que, estava tão nervoso e focado na estréia, que quando o juiz apitou, ele disparou como um raio pela ponta para executar uma jogada ensaiada onde Zé Rosa toca a bola para João Sérgio que o lançava na extrema. Só que naquele jogo de Mineirão lotado, o primeiro apito do juiz foi para o tradicional minuto de silêncio em respeito ao falecimento de um conselheiro do Galo. Mas, Ronan, como um raio assim que o escutou o apito sonoro, correu como um foguete e acabou levando uma vai de mais de 40 mil atleticanos que estavam no estádio. Depois desse mico gigantesco, o esforçado ponta do Ganso, só pegou na bola uma vez durante toda partida e o Araxá, levou uma tunda de 5 a 0.

VOCÊ SABIA?

Que o professor de tênis de Araxá, Humberto Quintino (foto), que ensinou os segredos e as técnicas do esporte da raquete e da bolinha para grandes tenistas de Araxá, bateu bola nos anos 80 com Carlos Alberto Kirmayr, do argentino Guilermo Vilas, e aos 16 anos treinou no time de juniores do Atlético Mineiro, no final dos anos 1960, ao lado de Reinaldo, Toninho Cerezo, Marcelo Oliveira, Heleno, Getúlio e Paulo Isidoro? Quintino, me contou que antes de abraçar o tênis, era um habilidoso atacante do time amador do Estância, do Barreiro.

O TIME DO CORAÇÃO DOS FAMOSOS

Nesta primeira edição nossa coluna ‘ Bola de Capotão’, vai revelar o time (clube do coração) de alguns famosos do Brasil:

Senador Aécio Neves, torce para o Cruzeiro
Apresentadora Ana Maria Braga, torce para o Palmeiras
Cantor Chico Buarque, torce para o Fluminense
Presidente Dilma Rousseff, torce para o Atlético Mineiro
Empresário Eike Batista, torce para o Botafogo
Padre Fábio de Melo, torce para o Cruzeiro
Apresentador Faustão, torce para o Santos
Apresentador Jô Soares, torce para o Fluminense
Ator Lima Duarte, torce para o São Paulo
Ex-piloto Nelson Piquet, torce para o Vasco
Ator Rodrigo Santoro, torce para o Vasco
Cantor Samuel Rosa, torce para o Cruzeiro
Jornalista Willian Bonner, torce para o São Paulo
Apresentadora Xuxa, torce para o Flamengo
Na próxima edição tem mais!