Moradores de São Paulo, do Rio e de outras quatro capitais protestaram na noite desta quarta-feira (3) contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no dia em que o país bateu recorde de mortos pela Covid-19.
Aos gritos de "Fora, genocida" e "Fora, Bolsonaro", os moradores protestaram em suas janelas. No bairro dos Jardins, em São Paulo, foi possível ouvir também fogos de artifício.
Foram registrados panelaços na Água Branca, Bela Vista, Paraíso, Jardins, Butantã, Pinheiros e Perdizes.
Houve também atos no Rio, em Belo Horizonte, em Recife, em Salvador e em Porto Alegre. O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quarta-feira (3). O país registrou 1.840 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas - novamente um recorde desde o início da pandemia - chegando ao total de 259.402 óbitos desde seu começo. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 1.332. A variação foi de 29% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
Já são 42 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil, 7 dias acima de 1,1 mil, e pelo quarto dia a marca aparece acima de 1,2 mil. Foram cinco recordes seguidos de sábado até aqui. Veja a sequência da última semana na média móvel:
- Quinta-feira (25): 1.150 (recorde)
- Sexta-feira (26): 1.148
- Sábado (27): 1.180 (recorde)
- Domingo (28): 1.208 (recorde)
- Segunda-feira (1º): 1.223 (recorde)
- Terça-feira (2): 1.274 (recorde)
- Quarta-feira (3): 1.332 (recorde)
Em São Paulo, o recorde de internados levou o governo do estado a regredir todo o estado para a fase vermelha, a mais restritiva da quarentena.
A medida entra em vigor na primeira hora deste sábado (6) e deve permanecer até 19 de março.
A fase vermelha autoriza apenas o funcionamento de setores da saúde, transporte, imprensa, estabelecimentos como padarias, mercados, farmácias e postos de combustíveis, além de escolas e atividades religiosas, que foram incluídas na lista de serviços essenciais por meio de decretos estaduais.
Shoppings, academias, restaurantes, bares e comércios não podem funcionar.
FONTE G1
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