Ano de pandemia registra maior
retração econômica desde o confisco do Governo Collor |
Não apenas os setores mencionados,
mas também toda a cadeia produtiva que organiza uma das maiores festas
culturais do Brasil foi prejudicada. O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira o número do total acumulado do
Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. Segundo os dados registrados, o PIB,
que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no paí
teve uma queda de 4,1% apesar da melhoria de 3,2% na economia durante o
último trimestre de 2020, o que representa a maior retração desde 1990, ano
no qual houve o confisco do governo Collor. O encolhimento da economia também
representa a interrupção do crescimento econômico registrado durante três
anos consecutivos, de 2017 a 2019, período no qual o PIB acumulou alta de
4,6%. De acordo com o IBGE, o PIB per
capita (ou por habitante) também foi impactado em 2020, com uma retração de
4,8% em comparação com 2019. Em valores correntes, o PIB totalizou R$7,4
trilhões no ano passado. “Os dados divulgados refletem os
impactos da pandemia de covid-19 no país no último ano, já que muitas
atividades econômicas foram totalmente ou parcialmente interrompidas para
evitar a contaminação”, avalia Thomas Carlsen, co-fundador e COO da mywork, startup
especializada em controle de ponto
online e gestão de Departamento Pessoal para pequenas e
médias empresas. “A instabilidade de funcionamento de
diversos setores infelizmente trouxe essas consequências para a economia do
país. Por conta de nosso sistema de ponto, vimos muitas empresas parando suas
atividades, reduzindo as jornadas
de trabalho e até mesmo demitindo funcionários”, comenta o executivo. Entre os principais setores da
pesquisa, apenas a Agropecuária registrou alta (2%), enquanto os Serviços e a
Indústria apresentaram queda de 4,5% e 3,5% respectivamente. Também sofreram
quedas os setores de investimentos (-0,8%), exportação (-1,8%), importação
(-10%) e construção civil (-7%). Quando analisada a demanda, o consumo das
famílias também despencou, com uma retração de 5,5%. “A redução do consumo das famílias
também é uma consequência direta de fatores sociais e econômicos gerados pela
pandemia. Com o aumento da taxa de desemprego ao longo do ano e a redução da
renda de milhares de trabalhadores, a consequência direta é a redução do
consumo. Mas muitos brasileiros também deixaram de consumir também durante os
períodos de flexibilização do isolamento social, justamente pelo receio da
contaminação pelo vírus”, acrescenta Thomas. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário