Histórico e Cultural- Chico Géa CARMELA PEZZUTI

 

‘Carmela Pezzuti – Uma Mulher de Fibra’

Francisco José Géa

Apresentação:

                      Carmela Pezzuti, é o  nome desta araxaense, que entrou para a história local, como uma mulher de muita fibra, uma incansável lutadora, pelos direitos humanos e pelos seus ideiais, uma lutadora, que jamais desistiu, sempre sonhando com a liberdade e que ao lado de seus dois filhos, lutou contra o regime militar da ditadura, foi parar no exílio, refugiou-se em diversos países, perdeu a sua liberdade, sofreu as argruras de uma prisão, foi banida do país, tortutada e perseguida, sofreu muito. Atuou na guerrilha, sempre ao lado de seus dois filhos, Ângelo e Murilo, participou com eles em diversas escaranuças, foi exilada, e após a anistia de volta ao Brasil em 1979, por amor aos seus filhos e por um ideal arrebatador, ainda foi parar nas longuras do Mato Grosso, nas cidades de Nova Brasilândia e Pontes e Lacerda, para criar a AACCM – Associação de Apoio às Comunidades Carentes do Mato Grosso, gente que lutava emprol das suas terras, enfim, era uma Associação de Sem Terra.

                                                                       Resolução

Se agiu certo ou errado, o fato é que Carmela Pezzuti, era uma idealista ao extremo, que lutou muito e sofreu bastante, principalmente após assistir a morte de seus dois filhos, as suas principais jóias e que foram as suas fontes de inspiração e que a levaram a abondonar tudo para ingressar naqueles grupos políticos de radicais contra o governo que estabeleceu no país. 

                                                                       Família

Descendente de tradicional família araxaense, era filha de Pedro Pezzuti, competente médico da Santa Casa de Misericordia de Araxá, e que hoje empresta seu nome a um populoso bairro da cidade e de dona Tiburcia de Ávila Pezzuti, eram seus irmãos Ângela, Suzana e Ítalo Pezzuti, contraiu matrimônio com o comerciante local, senhor Throfredo, com o qual tiveram os seus dois filhos que se chamavam Ângelo Pezzuti Silva e Murilo Pinto da Silva, teve quatro netos cujos nomes eram Juarez, Mayra, Jerônimo e Ináh. Esposa, mãe, avó, Carmela Pezzuti foi uma mulher lindíssima, muito bonita mesmo, até na prisão, ou no exílio, nas horas de grande tormenta, como foi a morte de seus filhos, foi uma mulher de muita fibra e que jamais abandonou os seus ideiais e as suas convicções políticas. Valeu Carmela!

                                                           Fim