De
acordo com a consultoria global Russell Reynolds Associates, tema se
tornou um dos mais importantes diferenciais para o crescimento
estratégico de grandes empresas
A
Sustentabilidade empresarial é um dos temas mais debatidos dentro das
organizações. Com as mudanças provocadas pela pandemia do novo
coronavírus e o atual cenário econômico do país, essa discussão se
intensificou. Dessa forma, fatores ambientais, sociais e de governança
(ESG) passaram a ser ainda mais frequentes nas discussões dos conselhos
de empresas, tornando-se quesitos indispensáveis para assegurar a
credibilidade, a competividade e geração de valor dos negócios.
Segundo
a pesquisa realizada, em 2020, pela Latin American Quality Institute,
com executivos de 19 países, 67% consideram necessária uma estratégia de
sustentabilidade para serem competitivos, neste momento, enquanto
outros 22% acham que será no futuro. Segundo Mariane Montana,
sócia-consultora e líder da prática de sustentabilidade da Russell
Reynolds Associates - consultoria global e uma das cinco maiores do
mundo em pesquisa e seleção de executivos C-levels -, “é preciso a
adoção de novas práticas para seguir a condução das equipes e dos
negócios, contando com mais conhecimentos em torno de gestão de risco e
sobre o impacto social e ambiental das organizações. Além disso, faz-se
necessária a criação de uma cultura corporativa baseada no
comprometimento da alta liderança com a mentalidade voltada à sustentabilidade e de novos indicadores para a remuneração desses executivos”, afirma.
Desta
forma, líderes de todos os setores são cada vez mais cobrados para
adotarem políticas mais responsáveis e que utilizem o mínimo de recursos
naturais. Assim, surge a necessidade de um novo perfil de CEOs e
Conselhos Administrativos mais conscientes do seu papel socioeconômico,
proativos e com habilidades e competências diversas para conduzir uma
estratégia corporativa sustentável.
De
acordo com o estudo elaborado pelo Pacto Global das Nações Unidas em
parceria com a Russell Reynolds Associates, realizado junto a 55 CEOs e
integrantes de Conselhos de Administração de diversos países, os líderes
sustentáveis precisam possuir quatro atributos básicos: conhecimento sistêmico em múltiplos níveis; Inclusão de stakeholders no processo de transformação; inovação disruptiva; e pensamento de longo prazo.
Segundo
a análise, essas atribuições deveriam ser requisitadas no processo de
contratação de lideranças, mas isso ainda não é feito na proporção
adequada. O estudo analisou 4.000 especificações de perfil profissional
para seleção em diversos ramos de atividade ao redor do mundo, e
descobriu que, em 2019, apenas 15% faziam referência à sustentabilidade.
E apenas 4% estabeleciam a experiência em sustentabilidade ou a posse
dessa mentalidade como um requisito.
“Os
líderes passaram pelo maior desafio de suas vidas, no âmbito pessoal e
profissional. Eles precisaram se equilibrar emocionalmente para dar
conta dos desafios da organização e orquestrar as demandas da casa e da
família, que antes eram terceirizadas. Precisaram ampliar suas
capacidades de comunicação e articulação de forma autêntica e
transparente para legitimar o propósito de sua empresa com relação às
questões de diversidade, inclusão e ESG”, finaliza Mariane.
Por
fim, a sustentabilidade passou a ter um papel estratégico dentro das
organizações e as empresas mais diversificadas superam as que são menos,
assim como no futuro será fácil comprovar que as companhias com
princípios corporativos mais sustentáveis terão, a longo prazo,
desempenho financeiro superior, reduzirão as incertezas do mercado e
aumentarão os seus lucros.
Sobre Russell Reynolds Associates
A
Russell Reynolds Associates é uma empresa global de advisory e search
de alta liderança. Há mais de 50 anos, nossos consultores atuam
estrategicamente para ajudar os clientes a criar equipes de líderes
transformadores, os quais possam enfrentar os desafios de hoje e, ainda,
antecipar as tendências digitais, econômicas e políticas que estão
remodelando o ambiente de negócios global. A missão e propósito da RRA
são melhorar a maneira como o mundo é liderado.
Dessa
forma, sua atuação contempla desde apoiar os Conselhos de Administração
em sua estrutura, cultura e efetividade até identificar, avaliar e
definir a melhor liderança para as organizações em todos os 46
escritórios com os mais de 470 consultores ao redor do mundo.
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