O presidente Sérgio Santos Rodrigues e o executivo de futebol do Cruzeiro, Rodrigo Pastana, já definiram que Mozart será o próximo técnico do clube. Se nenhuma influência mudar o rumo da decisão, o profissional, que já chegou a Belo Horizonte, será anunciado como substituto de Felipe Conceição nas próximas horas. A escolha, porém, aprofundará a crise interna do Cruzeiro, que ganhou novos contornos nas últimas semanas. A iminente ruptura com o empresário Pedro Lourenço não é o primeiro fato novo nos bastidores da política do clube. À Rádio 91,7FM, nesta quinta-feira, ele chegou a afirmar que nem mais atenderá aos telefonemas do presidente Sérgio Rodrigues.
O Superesportes apurou que Pedrinho, como é conhecido o dono do Supermercados BH, queria a contratação de um treinador experiente para a vaga de Conceição - Mozart tem trabalhos como técnico apenas em CSA e Chapecoense. O preferido de Lourenço era Vanderlei Luxemburgo, sem clube desde fevereiro, quando não teve o vínculo renovado pelo Vasco. Pedro já havia divergido de outras decisões da gestão atual do Cruzeiro, mas só agora externou publicamente a sua insatisfação a ponto de falar em ruptura.
Antes da manifestação do empresário nesta quinta-feira, Sérgio já sofria com baixas importantes em seu grupo de apoio no Cruzeiro. Politicamente, o presidente vem ficando isolado. A família Perrella, principal entusiasta da eleição no ano passado, se afastou nos últimos meses. Nos bastidores, já há um consenso de que o grupo estará de outro lado nos próximos pleitos.
Oficialmente, o ex-presidente Alvimar de Oliveira Costa, irmão de Zezé Perrella, desconversou sobre o rompimento, mas reforçou a tese de afastamento. "Apoiamos a candidatura dele, mas a gente não dá qualquer tipo de palpite. Cada um tem a sua maneira de administrar. Eu nunca fui chamado para dar nenhum palpite, nunca me consultaram sobre nada, então é isso", disse Alvimar, que administrou o clube entre 2003 e 2008.
Oficialmente, o ex-presidente Alvimar de Oliveira Costa, irmão de Zezé Perrella, desconversou sobre o rompimento, mas reforçou a tese de afastamento. "Apoiamos a candidatura dele, mas a gente não dá qualquer tipo de palpite. Cada um tem a sua maneira de administrar. Eu nunca fui chamado para dar nenhum palpite, nunca me consultaram sobre nada, então é isso", disse Alvimar, que administrou o clube entre 2003 e 2008.
Vice-presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Maurício Silva elogiou o trabalho do presidente “em outras áreas que não o futebol”, mas, com a mesma crítica de Pedro Lourenço, cobrou flexibilização. “Ele precisa ouvir mais as pessoas. Ser mais flexível. Em relação ao técnico, por exemplo, tomou a decisão de um dia para o outro. Não há consenso sobre o nome escolhido”, disse à reportagem.
“Ele poderia esperar alguns dias. É uma escolha importante, não poderá mudar mais tarde, em função da regra da CBF. Não há apoio da maioria, não há base para apoiar essa escolha. Reconheço que ele tem muitas dificuldades pelo momento que entrou no Cruzeiro, teve coragem para assumir, mas acho que falta a ele essa flexibilização”, completou.
Renúncia ou afastamento?
Apesar de discordar das decisões de Sérgio no futebol, o vice-presidente do Conselho não acredita que trocar de presidente seja, neste momento, o melhor caminho para seguir.
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