Diversidade
é uma das palavras que se destacam no vocabulário da doutoranda da
Universidade Federal de Goiás (UFG), Indiara Nunes Mesquita Ferreira, ao
comentar as descobertas feitas durante sua pesquisa sobre a flora do
Cerrado. No mês em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade
(22/05), Indiara tem um motivo a mais para celebrar a data, já que ela
consolida um passo importante de um estudo inédito para a sua tese de
doutorado em Produção Vegetal: o inventário florístico de comunidades de
árvores nativas da região de Niquelândia, no Norte de Goiás.
Formada
em Economia e Biologia, com mestrado em Biodiversidade Vegetal (também
pela UFG), a pesquisadora comprova, por meio de sua pesquisa, altos
índices de biodiversidade da flora contidos no Legado Verdes do Cerrado,
Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável (RPDS), de
propriedade da CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, ao qual ela teve
acesso para a realização do mapeamento. No local, coletou amostras de
mais de 900 árvores, distribuídas em 154 espécies, números que chamam
atenção pela diversidade identificada, que caracteriza alto grau de
conservação do bioma, e reflete a extensão de áreas com florestas
conservadas na reserva, aspectos que Indiara considera incomuns de serem
encontrados no Cerrado nos dias atuais.
“Aquilo
que vemos nos livros sobre o Cerrado, eu pude visualizar ao longo da
pesquisa no Legado Verdes do Cerrado. Nem na minha época de infância,
andando pela região do Orizona, em Goiás, eu vi um Cerrado tão bonito e
tão diverso. Geralmente, o que encontramos são ‘fragmentos’ de vegetação
em pequenas áreas, mas no Legado é diferente, há vários tipos de
vegetação do bioma, incluídos em formações florestais, savânicas e
campestres espalhados pela reserva. Ali, eu pude constatar quanta
riqueza o Cerrado possui”, enfatiza a doutoranda da UFG. Relevância acadêmica e ambiental –
As visitas de campo ao Legado Verdes do Cerrado foram autorizadas no
fim do ano de 2017, quando foi firmado o acordo para a realização do
estudo entre o Inventário Florestal Nacional (IFN), a Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Serviço Brasileiro
Nacional (SFB), a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Companhia
Brasileira de Alumínio (CBA).
As
amostras botânicas foram coletadas ao longo de 2018 e incorporadas aos
Herbários da UFG e da Embrapa Cenargen (Centro Nacional de Recursos
Genéticos), locais que abrigam e conservam fragmentos vegetais derivados
de pesquisas científicas. As análises das amostras coletadas no Legado
foram levadas ao laboratório de Inventário Florestal da UFG.
Durante
o levantamento para o seu doutorado, com previsão de conclusão ainda em
2021, Indiara encontrou espécies vulneráveis e ameaçadas de extinção,
como a Garapa e o Cedro. Além dessas, foram identificadas árvores
protegidas pela legislação ambiental do Estado de Goiás, como o Baru, o
Pequi, a Aroeira, o Angico e o Gonçalo Alves, além de três espécies de
Ipês. O resultado detalhado da pesquisa, incluindo a lista das espécies
de árvores nativas identificadas no Legado, poderá ser conhecido, em
breve, em artigo que está sendo produzido para publicação científica da
Escola de Agronomia da UFG.
As
informações apuradas ajudarão a escrever um importante capítulo na
história da conservação do bioma para o Brasil. O acesso aos dados pode
estimular o desenvolvimento de ações ainda mais consistentes para a
valorização e conservação do Cerrado no norte de Goiás, que passa a
contar com uma lista inédita das espécies de árvores nativas do bioma
nessa região.
Para
Indiara, o estudo marca de forma significativa sua carreira na
pesquisa. “O maior presente de um trabalho como esse é saber que estou
trilhando um caminho muito importante da história do Cerrado, que possui
uma biodiversidade muito valorosa. Poder contribuir com a conservação
do bioma é algo que me realiza como pesquisadora”, finaliza a doutoranda
da UFG.
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Sobre o Legado Verdes do Cerrado
O
Legado Verdes do Cerrado, com aproximadamente 80% da área composta por
cerrado nativo, é uma área de 32 mil hectares da CBA - Companhia
Brasileira de Alumínio, uma das empresas investidas no portfólio da
Votorantim S.A. A cerca de três horas de Brasília, é composta por dois
núcleos. No núcleo Engenho, nascem três rios: Peixe, São Bento e
Traíras, de onde é captada toda a água para o abastecimento público de
Niquelândia/GO. Nele está a sede do Legado Verdes do Cerrado onde, em 23
mil hectares, são realizadas pesquisas científicas, ações de educação
ambiental e atividades da nova economia, como produção de plantas e
reflorestamento; enquanto 5 mil hectares são áreas dedicadas à pecuária,
produção de soja e silvicultura. O núcleo Santo Antônio Serra Negra,
com 5 mil hectares, mantém o cerrado nativo intocado e tem parte de sua
área margeada pelo Lago da Serra da Mesa.
Acompanhe o Legado Verdes do Cerrado no Facebook e Instagram: www.facebook.com/legadoverdesdocerrado
www.instagram.com/legadodocerrado
Sobre a CBA
Desde 1955, a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) produz alumínio de alta qualidade de forma integrada e sustentável.
Com
capacidade instalada para produzir 100% de energia vinda de
hidroelétricas próprias, a CBA minera a bauxita, transforma em alumínio
primário (lingotes, tarugos, vergalhões e placas) e produtos
transformados (chapas, bobinas, folhas e perfis). Em estreita parceria
com seus clientes, a CBA desenvolve soluções e serviços para os mercados
de embalagens e de transportes, conferindo mais leveza, durabilidade e
uma vida melhor.
A CBA está bem perto de você. Acesse: www.cba.com.br. |
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