Empresário de carreira e em
primeiro mandato como agente político, Zema foi eleito chefe do Executivo
mineiro em 2018 e afirmou que vai precisar de “mais tempo” para deixar um
“trabalho completo” no estado. Porém, não descarta ser o escolhido pelo Novo
para disputar a Presidência da República.
“Eu pretendo ser candidato ao
governo de Minas. Depois de dois anos e meio à frente do governo, eu já percebi
claramente que, devido à velocidade do setor público, como algumas
privatizações que nós já fizemos algumas, mas outras precisam ser feitas,
subsidiárias da Cemig, eu vou precisar de mais tempo. As coisas no setor
público são mais morosas, é muita burocracia, é muito questionamento. Então, eu
quero deixar meu trabalho completo em Minas Gerais, eu quero deixar o estado
bem estruturado, um estado muito melhor do que aquele que eu peguei. Já
avançamos muito, mas temos muito o que avançar”, afirmou Zema, em entrevista
ao Programa Pânico, da Rádio Jovem Pan.
Zema ainda
não se coloca definitivamente como candidato ao governo de Minas em 2022. Junto
de João Amoêdo, candidato à Presidência da República em 2018
pelo Novo, o mineiro é um dos cotados como nome da legenda para o Palácio do
Planalto no ano que vem.
Zema afirma que o relacionamento com Amoêdo é bom, apesar de alguns desentendimentos a respeito de
certos posicionamentos políticos.
“Meu
relacionamento com o Amoêdo é muito bom. Respeito-o, estivemos
juntos na campanha dele para presidente, minha para governador, e vai caber ao
partido decidir o nome. Boa relação, o que já saiu de alguma coisa é mais
intriga do que propriamente verdade”, disse o governador na mesma entrevista.
Na sequência, Zema disse que, caso dispute o posto de governador, irá apoiar o
nome do Novo para a o Planalto, apesar de, segundo ele, admirar o atual
presidente da República e provável nome à reeleição, Jair Bolsonaro (sem
partido).
O governador
também traçou diferenças sobre o último pleito, quando foi azarão e
superou Antonio Anastasia (PSD), hoje senador e vencido em
segundo turno, e Fernando Pimentel (PT), candidato à reeleição e derrotado
ainda no primeiro.
“Minha
provável reeleição vai ser uma situação muito diferente da minha eleição. Vamos
ter coligações, porque na última eleição fiquei fora do radar até três dias
antes da eleição. Fui fazendo trabalho no interior do estado, onde tenho
penetração maior, e até três dias antes o meu nome estava descartado”, afirmou.
Um dos
cotados como rival de Zema em 2022 para o governo de Minas é Alexandre Kalil
(PSD), prefeito de Belo Horizonte e reeleito nas eleições municipais de 2020. O
governador, que entrou em rota de colisão com Kalil especialmente a partir do ano passado por conta da
gestão durante a pandemia, considera normal algumas discordâncias e não chegou
a comentar uma possível disputa com o belo-horizontino.
“São 853
prefeitos, trato todos igualmente bem. Todos os 853 prefeitos, na última
gestão, deixaram de receber R$ 7,2 bilhões. Estou devolvendo aquilo que era
responsabilidade do último governo para todos. Meu relacionamento com os
prefeitos é o melhor possível. Agora, eventualmente, vejo que há alguma
agressão por parte de alguns prefeitos, que inclusive pode ser do prefeito de
Belo Horizonte, mas considero isso normal no mundo político. Você não agrada a
todos, estou lá para fazer o trabalho que está dando certo”, concluiu Zema,
durante participação no Programa Pânico.
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