Logo no
início da avenida Vereador João Sena, em um espaço de 1.163 m², uma construção
da década de 50 de arquitetura com traços que remetem ao Grande Hotel do
Barreiro. A imponente casa histórica agora abriga o Museu Calmon Barreto e o
Memorial de Araxá.
A
inauguração do novo espaço cultural foi feita pelo prefeito Robson Magela, pelo
vice-prefeito Mauro Chaves, pela presidente da Fundação Cultural Calmon Barreto
(FCCB), Cynthia Verçosa e pelo deputado estadual Bosco, no último sábado (18).
De acordo
com Mauro, o novo local que abriga um recorte da história e cultura da cidade
foi escolhido visando principalmente a economia financeira. "Com o término
do contrato dos antigos imóveis que abrigavam o museu e o memorial, havia a
previsão de reajuste do aluguel. A Cynthia trouxe essa proposta de reunir os
dois acervos em um só lugar, em um imóvel em que a locação é em um valor
inferior", explica.
Cynthia
explica que foram pesquisados vários imóveis na cidade. O intuito, diz ela, era
encontrar um espaço que proporcionasse uma experiência não só com o acervo
exposto como também com o próprio espaço. "Foram 10 meses de trabalho que
envolveu a pesquisa da casa, tirar o acervo de todos os ambientes onde estavam,
armazenar, catalogar, transportar e pensar em cada detalhe na escolha de onde
seria exposto", explica.
Em cada
cômodo, um monitor enriquece a experiência do visitante com um pouco da
história de um quadro ou escultura de Calmon Barreto, principal artista
araxaense. Como o quadro acima da lareira da sala principal: em baixo-relevo em
gesso patinado, “Batalha dos Guararapes”, que foi premiado em 1939 com Medalha
de Ouro no Salão Nacional de Belas Artes. Também, em posição de destaque na
antiga residência da família Abreu e Aguiar, o quadro Dona Beja retrata Anna
Jacintha de São José, outra figura importante à frente dos padrões da mulher da
sociedade de sua época.
Também é
possível encontrar objetos pessoais de personalidades ilustres que fizeram
parte da cidade e que hoje são conhecidas nos principais logradouros de Araxá:
O estetoscópio de Dr. Edmar Cunha, a batina do Padre Alaor, seringas do Dr.
Pedro Pezzuti, entre tantos outros.
Na parte
externa, no quintal da casa, um imenso jardim com Palmito Jussara, Palmeira
Areca, Palmeira Imperial e paredes encobertas por jiboias e outras plantas
trepadeiras.
"O
jardim ficará aberto para apresentações de música, dança e exposições ao ar
livre. No ano que vem vamos abrir um chamamento público para concessão do
direito de explorar o espaço onde funciona a garagem. A ideia é ter aqui um
café, onde as pessoas podem se reunir depois de um tour cultural", explica
Cynthia.
O prefeito
Robson Magela destaca a honra de a primeira inauguração da gestão ser de um
equipamento cultural, na véspera do aniversário da cidade. "Como eu sempre
digo, a nossa gestão é voltada às pessoas, aos araxaenses. Valorizar as pessoas
também inclui valorizar nosso passado. E esse novo espaço cumpre muito bem esse
papel. O espaço reúne um pouco da nossa história que nos enche de orgulho e
ainda oferecemos uma experiência única aos visitantes e turistas que passam
pelo imóvel histórico", ressalta.
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