As
exportações do agronegócio mineiro somaram US$ 9,5 bilhões no acumulado de
janeiro a novembro deste ano. A expectativa é de que as vendas internacionais
do setor encerrem o ano ultrapassando a marca de US$ 10 bilhões, superando o
recorde histórico de US$ 9,7 bilhões, registrado em 2011.
“Se
registrarmos em dezembro o valor médio do ano alcançado nas exportações, em
torno de US$ 800 milhões, vamos fechar 2021 com valor histórico de US$ 10,3
bilhões. O acumulado até novembro já é o segundo melhor resultado da série
histórica, iniciada em 2005, mesmo contabilizando o registro total dos meses
(janeiro a dezembro) dos anos anteriores”, aponta a secretária de Estado
de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini.
O
agronegócio respondeu por 26,1% das exportações totais do estado, com
crescimento de 19,2% em relação ao período de janeiro a novembro de 2020. Ainda
assim, houve queda de 2,2% no volume exportado, de 11,6 bilhões de toneladas. A
diferença se justifica pelo aumento do valor médio pago pelas commodities no
mercado internacional, que alcançou cerca de US$ 816,32 a tonelada.
Principais
mercados
Os
principais destinos do agronegócio mineiro no período foram a China (US$ 2,6
bilhões), os Estados Unidos (US$ 990 milhões), a Alemanha (US$ 839 milhões), a
Itália (US$ 423 milhões) e o Japão (US$ 420 milhões). Os produtos agropecuários
mineiros alcançaram 176 países no total.
Principal
item da pauta de exportações do agronegócio mineiro, o café representou 40,8%
do total comercializado no período de janeiro a novembro. O volume exportado
foi de 24,9 milhões de sacas, que totalizaram US$ 3,9 bilhões.
As
exportações do complexo soja (grão, farelo e óleo) totalizaram US$ 2,3 bilhões,
com volume embarcado de 4,9 milhões de toneladas. O setor registrou crescimento
tanto no valor (+31,3%) quanto no volume (+2,3%).
O
setor sucroalcooleiro (açúcar de cana ou beterraba, álcool e demais açúcares)
obteve receita de US$ 1,1 bilhão com o embarque de 3,3 milhões de toneladas.
Carnes
As
carnes mantiveram boa performance com o registro de US$ 1,08 bilhão e 320 mil
toneladas embarcadas para 110 diferentes mercados no mundo. O setor tem se
mantido competitivo e, puxado pela alta do preço da commodity no mercado
externo, obteve valorização na receita em todos os seus segmentos (bovino,
frango, suíno e demais carnes/preparações).
Em
relação às exportações específicas de carne bovina, a China manteve a liderança
na comercialização e aumentou em 10% a receita das compras de carne bovina
mineira, alcançando US$ 480 milhões, na comparação com o período de janeiro a
novembro do ano anterior.
“As
compras aquecidas da China durante todo o ano ajudaram a manter o resultado do
acumulado com bons números, mesmo com o embargo da carne bovina nos meses de
setembro, outubro e novembro", analisa a secretária Ana Valentini. Hong
Kong seguiu no 2º lugar do ranking com US$ 75 milhões.
Ovos
As
vendas de ovos para o mercado externo somaram US$ 1,6 milhão, crescimento de
11%. Enquanto países latinos como Equador, México e Bolívia deixaram de
comprar, outros parceiros estrearam na pauta, como Serra Leoa, Libéria, Gâmbia
e Japão.
Produtos
apícolas
As
exportações de produtos apícolas foram de US$ 14,9 milhões e 5,9 mil toneladas,
crescimento de 150% e 105%, na receita e no volume, respectivamente. Os EUA
lideram as compras do segmento representando 67% da fatia. O país americano tem
sido o principal destino do mel mineiro. Malásia e Hong Kong foram países
estreantes neste ano.
Principais
produtos exportados (janeiro a novembro)
· Café:
Valor: US$ 3,9 bilhões / Volume: 24,9 milhões de sacas
· Complexo
Soja: Valor: US$ 2,3 bilhões / Volume: 4,9 milhões de toneladas
· Carnes:
Valor: US$ 1,1 bilhão / Volume: 320 mil de toneladas
· Complexo
sucroalcooleiro: Valor: 1,1 bilhão / Volume: 3,3 milhões de toneladas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário