Pouco
conhecida entre pacientes que se queixam de dores no quadril e nas
articulações, a síndrome do grande trocanter, também conhecida como
bursite de quadril, está ganhando cada vez mais destaque e abordagens na
área da saúde. De acordo com estudos publicados sobre a doença, a
síndrome se dá por conta de um desequilíbrio biomecânico da musculatura,
onde um músculo atua mais do que outro, gerando o enfraquecimento do
glúteo médio e o processo inflamatório, que causa as dores locais.
De
acordo com o médico ortopedista e traumatologista William Dani, membro
da Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ), a síndrome do grande trocanter
interfere em atividades diárias dos seres humanos, causando dores para
dormir de lado, dificuldades para subir e descer escadas e nos afazeres
domésticos. “Essas queixas são comuns em pacientes já diagnosticados com
a doença”, afirma. “Ela se destaca em pacientes com maior idade, acima
dos 40 anos, que são os mais suscetíveis”, destaca o especialista.
Um
estudo realizado pela SBQ com 900 pacientes com bursite de quadril
mostra que a média de idade das pessoas que desenvolveram a doença está
em 55 anos. O especialista William Dani destaca que, além da idade,
existem outros fatores envolvidos no desenvolvimento da síndrome. “A
bursite no quadril também pode ser desenvolvida quando o paciente tem
algum trauma no local, como pequenas batidas”, explica.
Para
completar, William Dani conta que existe tratamento para a síndrome do
grande trocanter. “Para o alívio dos sintomas e do processo
inflamatório, realizamos um tratamento por meio de medicamentos”,
comenta o médico. “Em seguida, há o encaminhamento do paciente para a
realização de atividades físicas, que passam por alongamentos e reforço
muscular”, complementa. O especialista alerta ainda que há a
possibilidade do retorno da síndrome em pacientes com idades bem
avançadas. “É preciso ter um cuidado extra com idosos, tanto no
tratamento quanto no retorno da doença por conta da baixa estabilidade
da musculatura”, completa William Dani.
Nenhum comentário:
Postar um comentário