6 tendências da saúde digital para o futuro
Modalidade
se beneficia da mescla de tecnologias, como análise de dados e
inteligência artificial, dando subsídios para os médicos serem cada vez
mais assertivos no diagnóstico, e melhor eficiência para os sistemas
públicos ou privados de saúde
CURITIBA, /02/2021 - A telemedicina é, por ora, uma consulta realizada por algum software ou aplicativo para casos de baixa complexidade.
O uso de tecnologia para esse propósito, por si só, já é um avanço, com
a conquista da confiança dos pacientes. No entanto, assim como em
outros segmentos, a telemedicina tem um longo caminho a seguir em sua
evolução, mesclando diferentes tecnologias em seu uso, como a análise de
dados, a inteligência artificial e a realidade virtual.
Com
determinadas informações, a inteligência artificial é capaz de escrever
artigos e publicá-los, substituindo ou auxiliando no trabalho dos
jornalistas. Da mesma forma, a tecnologia pode auxiliar os médicos a
fecharem diagnósticos, fazendo interações entre sintomas que nem sempre
são percebidos de imediato e que uma análise de dados e de sintomas
feita por máquinas pode perceber. Por se tratar de aspectos de saúde, a
inteligência artificial precisará ser monitorada por um médico, mas a
soma dos esforços entre o cérebro humano e a capacidade analítica dos
equipamentos pode dar mais segurança ao paciente. A coleta e análise de
dados obtidos pelas companhias que atuam na telemedicina podem indicar
caminhos para a prevenção de saúde pública de forma mais global.
“A
telemedicina está acontecendo diante dos nossos olhos. Temos buscado
oferecer cuidado à vida de forma humanizada aliada à inteligência
tecnológica, de forma que o serviço guie melhor o paciente dentro da sua
jornada no sistema de saúde. Se em 2015, em nossa fundação, a ideia foi
resgatar o conforto, praticidade e qualidade do atendimento com o
médico em casa, facilitado pelo meio digital, hoje sabemos que podemos
fazer ainda mais via teleconsulta. Essas oportunidades vão se ampliar
daqui para frente”, diz Fábio Tiepolo, CEO da Docway, empresa brasileira referência em soluções de saúde digital para empresas e operadoras de saúde.
Confira 6 tendências de telemedicina para os próximos anos, listadas pelo especialista:
1. Telemedicina vai ganhar tração com o passar do tempo
Muitas
das transformações necessárias dependem de um pontapé inicial. Se a
telemedicina era vista com desconfiança até março de 2020, o isolamento
social obrigatório causado pela pandemia, que deixou os consultórios
vazios, fez com que muitos adotassem esta modalidade. Muitas companhias e
operadoras de saúde também enxergaram facilidades de implementação sem
grandes investimentos em software e hardware como uma possibilidade para
ofertar saúde a seus colaboradores e beneficiários. Em última análise, a
telemedicina ganhou tração, pois os pacientes a enxergaram como opção
segura, confortável e eficiente.
2. Realidade virtual deve transformar a telemedicina
Somente
na América do Norte, o mercado de realidade virtual deve saltar de US$
1.8 bilhão em 2018 para atingir US$ 30,4 bilhões em 2026, segundo
relatório da Forbes. Este faturamento inclui as possibilidades de uso na
telemedicina, o que vai incluir maneiras de aliviar a dor e tratar
certas doenças psicológicas, entre outras diversas possibilidades.
3. O uso da inteligência artificial
A
inteligência artificial deve ganhar corpo na telemedicina, em uma
interação com os profissionais de saúde. É possível pensar em
aplicativos e softwares capazes de avaliar se uma pessoa precisa de uma
consulta, apenas observação ou ir a uma emergência apenas respondendo a
um questionário. É possível conciliar essa entrevista para que o médico
conclua o diagnóstico – incluindo as considerações da inteligência
artificial.
4. Mais dados, mais prevenção
As
anamneses e entrevistas feitas pelos profissionais dão uma série de
subsídios e insights para os profissionais, que podem indicar cuidados
para melhorar a condição de saúde não necessariamente relacionada àquela
queixa. Aspectos como hábitos do dia a dia e histórico familiar dão
indicações de problemas que podem surgir no futuro e podem ser
monitorados previamente com mais facilidade pela telemedicina. Além
disso, é possível cruzar dados para identificar tendências e cuidados,
que podem ser usados de forma preventiva – respeitando a privacidade dos
usuários, mas fazendo uma análise de um grupo populacional.
5. Atendimento digital e saúde pública
Os
silos de informação gerados por empresas especializadas em telemedicina
podem ser aplicados pela saúde pública para desenvolver programas de
prevenção à saúde de doenças. Essa universalização de dados –
respeitando as regras da Lei Geral de Proteção de Dados – é capaz de
indicar caminhos importantes para o sistema de saúde, inclusive na
projeção de possíveis doenças decorrentes de hábitos de vida, histórico
de saúde, entre outros. Já existem esforços internacionais para o
compartilhamento de dados entre países, especialmente na Europa, com o
propósito de suportar os sistemas de saúde locais, fomentar pesquisas e
desenvolver políticas públicas.
6. Checagem de sintomas
Alguns países adotaram aplicativos, chatbots ou tecnologias vinculadas à inteligência artificial capazes de identificar a situação de um paciente contaminado pela Covid-19. Com checagens constantes, esses países conseguiram
monitorar a situação das pessoas e, ao mesmo tempo, reduzir os custos
de atendimentos desnecessários em hospitais – assim como evitar uma
pessoa que testou positivo de circular pela cidade, ampliando o risco de
exposição.
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