quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Histórias da ‘Bola Pesada’ de Araxá – Xicão e o Centro Rio

 

Por Armindo Maia

 




A paixão e o encanto do araxaense  pelo futebol transcendem as quatro linhas dos campos de várzea, soçaite, do majestoso estádio Fausto Alvim e invadem também as quadras de futsal, ou para os mais antigos de futebol de salão. A partir dos idos anos de 1950, quando aparecem os primeiros registros da ascensão do futebol na cidade, com notoriedade para as agremiações do futebol amador do  Najá, Ipiranga, Operário, Araxá Esporte entre outros, o futebol da bola pesada, já ganhava espaço e atraia alguns atletas locais. O  Futsal chegou no Brasil em 1934 e foi  desenvolvido com destaque em 1940 pelo time da Associação Cristã de Moços de São Paulo, usando quadras de basquete e hóquei. Rio de Janeiro na década de 1950 criaram as duas primeiras ligas oficiais de futebol de salão do Brasil. O esporte que a partir do final dos anos 1978 se tornou profissional, ganhou a Confederação Brasileira de Futsal com sede no Rio de Janeiro. O Futsal é praticado pela maioria das crianças em várias regiões do Brasil e também em clubes e escolas. O futsal combina o jogo rápido e o talento individual, que é típico do futebol brasileiro. Muitos jogadores do futebol profissional do Brasil começaram jogando futsal. Os mais notáveis deles são; Ronaldo, Robinho, Neymar, Tostão, Manoel Tobias e Falcão. Em Araxá o futebol de salão começou a ser praticado também de forma improvisada em quadras de basquete e até nas ruas. E a partir dos anos 1960 para cá grandes esquadrões do futebol da bola pesada e craques inesquecíveis fizeram história no cenário esportivo da cidade e região. Muitos atletas de futebol de salão de Araxá  também desfilavam o fino da bola nos campos do futebol amador da cidade e até no Araxá Esporte. Na primeira série sobre ‘Histórias da ‘Bola Pesada’ vamos destacar hoje, o implacável e surpreendente esquadrão do Centro Rio que marcou história no futsal de Araxá e região entre os anos 1980 e 1990. Durante uma década a equipe do Centro Rio chancelada e muito bem comandada pelo valoroso e ousado Francisco Santos o Xicão da Papelaria Rio foi um grande  celeiro de atletas da bola pesada revelando muitos craques na cidade. Numa época onde se destacavam no salonismo araxaense as boas equipes do Juventude, Fosfértil, Arafértil, Clube, União, Veiacos, Cascavel, Mequinha, Blitz, Supermercado dos Colchões e times dos bancos Mercantil, Itaú e Caixa Federal, o time do Centro Rio,  o até então desconhecido e desacreditado time de futebol de salão, erguido graças ao amor e empenho do Xicão com respaldo do Centro Rio do Zé Maria, Roberto e equipe, conseguiu dar um colorido e uma dimensão toda especiais ás principais competições e certames de futebol de salão de Araxá e região. Com muita simplicidade, respeito aos adversários, o esquadrão do Centro Rio, conseguiu de  forma implacável disputar de igual para igual todas as competições de destaque da cidade e região com muita qualidade e alto nível técnico, logrando êxito em grande parte das contendas. Segundo Xicão que fundou o time e ainda acumulava as funções de presidente, técnico, roupeiro, massagista, empresário, conselheiro e atleta; “ foi um tempo mágico que a gente tem muita saudade. Durante 10 anos fazer do Centro Rio um time simples. Objetivo e vencedor. Sem inventar e nem gastar dinheiro, nós conseguimos de forma amistosa, leal, sincera e verdadeira muito mais que uma boa e competitiva equipe de futebol de salão;  nós construímos uma grande e especial família de atletas e amigos, onde imperava o amor e amizade em torno da bola pesada”. No auge do time do Centro, também tinham outras grandes equipes de futsal na cidade. Vale a pena destacar que entre os grandes atletas e componentes do saudoso e lendário time de futebol de salão do Centro Rio, Cezinha, Realino, Silbinho, Klenio, Galinha, Armindo, Dede do Araxá Esporte, Willian, Candinho, Walney, Leo, Janinho, Selminho, Ratão, Ratinho, Peba, Jean, Renato, Bozo, Júnior, Rogério, Clerinho, Zé Carlos, Deusbrama,  Clayton, Batatinha, Fofão, Foguinho, Jerry, Bodó, Nilson, Franco, Amarildo, Chico Chorão, Lilico, Juninho David, Vitor Hugo, Clovinho, Bico entre outros. Além do comandante Xicão ( PAPELARIA BRASIL), também lembramos dos diretores e incentivadores; Zé Triângulo ( José Maria Santos), os saudosos Roberto Santos e Laerte ( Jorginho ), Paulo Tipó, Pedrinho Santos ( Rei dos Cartuchos) entre outros.  Na próxima edição vamos destacar a história da equipe de futsal do Juventude.

 Revista Araxá


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