O governo federal publicou na 3ª feira (22.jun.2021), por
meio do Ministério de Minas e Energia, uma lista com os minérios estratégicos
para o futuro do país. A ação faz parte da Política Pró-Minerais Estratégicos,
instituída no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
O objetivo do programa é garantir o suprimento dos bens minerais
necessários para o crescimento econômico do país e ampliar a produção nacional
por meio da seleção de projetos de mineração.
A lista apresenta os minérios em três categorias. Confira:
Bens minerais dos quais o País depende
de importação em alto percentual para o suprimento de setores vitais da
economia:
- Enxofre;
- Fosfato;
- Potássio;
- Molibdênio
Bens minerais que detêm vantagens
comparativas e que são essenciais para a economia pela geração de superávit da
balança comercial do País:
- Alumínio;
- Cobre;
- Ferro;
- Grafita;
- Ouro;
- Manganês;
- Nióbio;
- Urânio
Além disso, o governo também publicou uma lista com minérios essenciais
para o uso em produtos e serviços de alta tecnologia. A lista inclui os
minérios de cobalto, cobre, estanho, lítio, nióbio, entre outros.
O nióbio, por exemplo, é um dos minérios defendidos pelo presidente Jair
Bolsonaro (sem partido). No lançamento do programa de
mineração e desenvolvimento, em 2020, o presidente afirmou que o mineral e o
grafeno podem “produzir maravilhas” para o mundo, em todos os setores.
“A superbateria de grafeno e o nióbio revolucionará a indústria
automobilística no mundo e nós temos isso em abundância”,
disse Bolsonaro no evento.
COMITÊ
O governo também definiu o
funcionamento do CTAPME (Comitê Interministerial de Análise de Projetos
de Minerais Estratégicos), que tem como objetivo analisar e habilitar os
projetos de mineração de acordo com a lista de prioridade do governo.
As reuniões acontecerão a cada dois meses. A coordenação será realizada
pelo Ministério de Minas e Energia.
O comitê também terá a participação do PPI, do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI) e da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da
Presidência da República, além do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações.
O comitê não poderá opinar sobre o
licenciamento ambiental dos projetos apresentados, mas somente identificar
quais são os projetos prioritários que deverão receber, posteriormente, apoio
do PPI.
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