Coleta de lixo marinho se transforma em objetos como bancos de praça, brinquedos e quilhas de pranchas de surf
A
ECO Local Brasil é uma instituição que tem como objetivo mitigar os
impactos causados pelo descarte indevido dos resíduos plásticos no meio
ambiente. Desde 2002, a organização não governamental (ONG) é
responsável por ativações ambientais de limpeza de praia, principalmente
no litoral Sul e Sudeste do Brasil.
Até
agora, a ECO Local Brasil já transformou mais de 70 toneladas de
plástico por meio de logística reversa, realizando centenas de ações,
entre coleta de resíduos nas praias, visitas a escolas para
conscientização dos alunos e doação de objetos feitos com a
matéria-prima reciclada - como quilhas de surf e brinquedos. Para isso, a
organização também conta com uma rede de projetos parceiros em todo o
litoral Sul e Sudeste. Eles enviam os resíduos para a instituição, que
os devolve em forma de matéria-prima transformada. “O que nós
entendemos, como ONG, é que não basta ficar apontando para o problema. É
preciso também chegar com a solução. Por isso a gente encabeçou essa
responsabilidade.” conta o fundador da ONG, Filipe Oliveira. “Nós
entendemos que seria importante também sermos responsáveis pelo
transporte e por dar um destino final àquilo que a gente coleta”.
Após
16 anos de atuação, em 2018, seus participantes entenderam que não
bastava recolher, era preciso também tratar. Então, a ONG se reorganizou
e criou também uma empresa na área de prestação de serviços para fazer o
gerenciamento do material por categorias. O plástico retirado das
ações ambientais é transformado em pellets (grânulos)
sustentáveis, com os quais as indústrias fabricam novos produtos
plásticos, também conhecidas como indústrias de 3ª geração, as
transformadoras. A empresa também produz seus próprios objetos, que vão
desde bancos de praça e lixeiras até quilhas para pranchas de surf. É a
única instituição na América Latina que transforma plástico dos oceanos
em matéria-prima sustentável, segundo Oliveira.
Reciclagem em números
Em
2019, o Brasil reciclou 838 mil toneladas de plástico, um aumento de
10% em relação a 2018, segundo dados da pesquisa da reciclagem do
Plástico, realizada anualmente pelo PICPlast. O estudo também mostra
diminuição de 15,1% nas perdas do processo de reciclagem. Ainda que o
país tenha avançado quando o assunto é reciclagem, há muito a ser feito.
O
Movimento Plástico Transforma, que tem como objetivo reforçar conceitos
como consumo consciente, destinação correta dos resíduos, reciclagem de
plásticos pós-consumo e transformação em novos produtos, avalia que é
necessária uma adaptação da indústria e dos consumidores à nova
realidade. Segundo a instituição, a pesquisa demonstra que os principais
motivos de perda no processo da reciclagem são de contaminação da
sucata por descuido no descarte e, também, por triagem desqualificada.
Cerca de 45% dos materiais coletados são PET, material reciclável.
Sobre o Movimento Plástico Transforma (MPT)
Criado em 2016, o Movimento Plástico Transforma visa ressaltar a utilização do plástico, de forma criativa e responsável, em soluções que podem transformar o nosso dia a dia e o futuro. A primeira iniciativa voltada para a comunicação com a sociedade, assinada pelo Movimento Plástico Transforma, foi a instalação interativa PlastCoLab. A ação impactou mais de 37 mil pessoas e contou com quatro edições, realizadas nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Brasília. Outro projeto relevante é a Estação Plástico Transforma, atividade instalada no parque KidZania, em São Paulo, que visa demonstrar - de forma lúdica e educativa - as principais etapas do processo de reciclagem do plástico e já impactou mais de 18 mil pessoas. No site www.plasticotransforma.com.br e nas redes sociais do projeto é possível encontrar conceitos importantes sobre economia circular e iniciativas inovadoras de uso, reuso, descarte correto e reciclagem do plástico. Acompanhe no Facebook e no Instagram.
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